Iêmen: governo de Saleh chacina 41 civis em 3 dias

As forças de repressão do governo do Iêmen mataram pelo menos 41 oposicionistas entre o sábado 28 e a segunda-feira 30, durante protestos pela queda do presidente Ali Abdullah Saleh e através de ataques aéreos contra líderes tribais.

No sábado, aviões da Força Aérea iemenita bombardearam a província de Naham, nas proximidades da capital, Sanna, matando cerca de 19 pessoas e ferindo a outras 45, segundo testemunhas.

O massacre aconteceu depois que opositores ao regime controlaram o acampamento da Guarda Republicana, temendo que mais soldados fossem deslocados para a capital e com isso engrossassem a escalada da violência, que já dura quatro meses.

Na segunda-feira, 22 manifestantes foram mortos a tiros pela polícia de Saleh durante protesto na Praça da Liberdade em Taiz, sul do Iêmen, informaram fontes médicas. Um médico disse à BBC que a polícia está removendo todos os vestígios dos protestos na Praça da Liberdade, onde os oposicionistas estão acampados há uma semana. “Eles atacaram, atiraram nas pessoas, queimaram suas barracas.

A praça tem um palco grande para peças, shows e discursos com alto-falantes. Eles mataram os manifestantes e às 3 h (horário local), trouxeram retroescavadeiras para destruir o local.Não há mais nada lá”, relatou Gunaid. Outro médico disse que alguns dos feridos tinham sido atropelados por retroescavadeiras.

Também na segunda, a Força Aérea voltou a bombardear, desta vez a cidade de Zinjibar, no sul, obrigando moradores a deixarem suas casas.

HP