quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mantega tenta pela segunda vez
frear investimento da Petrobrás


O Conselho de Administração da Petrobrás pediu, no dia 17, novos ajustes no Plano de Negócios 2011-2015. Pela segunda vez consecutiva a Petrobrás apresentou proposta de investimento superior a US$ 224 bilhões previstos no plano de 2010-2014.

A Petrobrás divulgou nota informando que o Conselho “solicitou à Diretoria estudos adicionais. A Companhia efetuará a plena divulgação do Plano assim que este for aprovado”.

O Conselho da Petrobrás é presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que desde a reunião anterior, realizada em 13 de maio, tem insistido para que os investimentos fiquem no mesmo patamar do plano atual.

A Petrobrás, cujo principal acionista é a União, utiliza recursos próprios para seus investimentos, mas o ministro Mantega não quer que a estatal eleve seus gastos para não atrapalhar sua política de desaceleração da economia.

No último balanço divulgado, a Petrobrás informou ter investido no primeiro trimestre de 2011 o total de R$ 15,9 bilhões, queda de 11% na comparação com o total investido no mesmo período de 2010, de R$ 17,7 bilhões. As atividades de exploração e produção (E&P) e de refino receberam R$ 13,2 bilhões nos três primeiros meses do ano, o equivalente a 83% do total.

Assim, ao contrário do período em que Dilma presidiu o Conselho de Administração – caracterizado pela ampliação dos investimentos da Petrobrás em exploração, refinarias, petroquímicas, gasodutos, petroleiros, biocombustíveis etc. – Mantega faz o caminho oposto, de redução dos investimentos, tudo em nome da retração econômica, para o povo brasileiro não ficar mal acostumado com uma expansão do PIB acima de 5%.

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