quinta-feira, 30 de junho de 2011

União Africana exige que Otan pare agressão à Líbia
 
Em reunião do Comitê de Mediação da UA, Jacob Zuma, presidente sul-africano, declarou que ONU nunca autorizou tentativas de assassinar Kadafi
 
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, falando em nome do Comitê de Mediação da União Africana, rejeitou os bombardeios da OTAN e destacou que a Resolução da ONU nunca autorizou o assassinato de Kadafi ou qualquer tentativa de mudança de regime.
 
Zuma falou ao final da reunião realizada na cidade sul-africana de Pretória, dia 26, ladeado pelos Chefes de Estado Mohamed Ould Abdel Azic (Mauritânia), Denis Sassou Nguesso (Congo), Amadou Toumani Touré (Mali) e Yoweri Museveni (Uganda).
 
O dirigente anfitrião do encontro, cujos resultados se apresentarão na próxima cúpula da organização continental, prevista para os dias 30 de junho e 1º de julho, em Malabo, Guinê Equatorial, ao condenar os ataques sobre o território líbio perpetrados pela OTAN, afirmou que “os bombardeios da OTAN e seus aliados são uma preocupação” do organismo regional africano. Destacou o efeito desestabilizador para a região.
 
Rechaçando a ingerência externa, afirmou ainda que os Estados africanos têm condições de tratar o problema sem a interferência de forças estrangeiras.
Lembrou que em choque com essa realidade, a resolução aprovada pela ONU teve a justificativa de “proteger o povo líbio e facilitar esforços humanitários”.
 
A UA decidiu que insistirá em aplicar na Líbia, sob sua supervisão, medidas que permitam terminar com o conflito interno que essa nação vive há quatro meses.
Anteriormente, o organismo já havia apresentado uma proposta de solução pacífica, criticando os ataques da OTAN, mas foi rechaçada pelos grupos separatistas armados apadrinhados pelos invasores.
 
A União Africana, com 52 membros, foi fundada em 2002 e tem como objetivos a unidade e a solidariedade africana. Defende a eliminação do colonialismo, a soberania dos Estados africanos e a integração econômica, além da cooperação política e cultural no continente.

Os ataques da aliança militar, encabeçada pelos Estados Unidos, França e Reino Unido, até o momento deixaram na Líbia o saldo de mais de 700 civis mortos, inclusive mulheres e crianças.

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