quinta-feira, 30 de julho de 2015

VIVA O SOCIALISMO!




HOLOCAUSTO-IMAGENS RARAS E INÉDITAS EM CORES REAIS (DUBLADO).mp4





Para que a humanidade nunca mais possa permitir que o imperialismo capitalista faça isso. Urge o fim do capitalismo

Último discurso de Stalin - legendado

Discurso de Stalin entrando na II Guerra

Romário desmoraliza repórteres da 'Veja'


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O senador e eternamente marrento Romário tocou de lado para que seus eleitores chutassem.

Ontem, publicou no Facebook a pergunta “inocente”:

Alguém aí tem notícias dos repórteres da revista Veja Thiago Prado e Leslie Leitão, que assinaram a matéria afirmando que tenho R$ 7,5 milhões não declarados na Suíça? E do diretor de redação Eurípedes Alcântara? Dos redatores-chefes Lauro Jardim, Fábio Altman, Policarpo Junior e Thaís Oyama?

Gostaria que eles explicassem como conseguiram este documento falso.

E tascou os links para as páginas de Facebook dos indigitados, sem sugerir nada, porque era desnecessário.

Foi uma avalanche de críticas e ironias nas páginas cujos endereços eletrônicos foram fornecidos pelo “baixinho”.

As de Thiago Prado e Leslie Leitão saíram do ar. A página de Lauro Jardim, que ainda funcionava hoje de manhã, tinha centenas de comentários que o ridicularizavam.

Certo que alguns exageradamente agressivos, mas a maioria indignados e irônicos:

E sobre o Romário Faria não vai falar nada ou vai desativar o Facebook também?
Amigo, explica como arranjaram o documento falso do Romário por gentileza? Abraço!
Quem foi o estelionatário que falsificou o documento da sua matéria contra o Romário ? Algum parceiro seu? Peixe!
É sobre o documento do Romário Faria? Sendo falso pode citar a fonte, ou será que é falsa a noticia?

E um dos mais engraçados:
Tem um vizinho meu aqui que tá me incomodando muito, já tivemos até algumas rusgas. Gostaria de saber quanto a Veja cobra para publicar uma matéria dizendo que ele tá enriquecendo urânio na casa dele?

A revista mantém o mais sepulcral silêncio desde que Romário contestou a informação publicada.

Nada, nem uma palavra ou explicação.

Se a revista confia no trabalho dos seus repórteres e na autenticidade do que publica, é obvio que teria respondido.

Eles próprios deveriam exigi-lo. A redação inteira, aliás.

Se não descambar para a agressão, o método “cobrança direta” estimulado por Romário talvez seja uma boa lição.

Somos responsáveis pelo que escrevemos e, se erramos, temos de reconhecer que erramos e porque o fizemos.

Disse ontem aqui que não há “sigilo de fonte” quando se trata de uma falsificação para atingir a honra alheia.

E mais: se temos o direito e o dever de em nome da apuração jornalística publicar o que temos segurança de que é verdadeiro, também temos o dever de suportar as consequências disso.

Romário tem o direito de reagir e um argumento irrespondível para os que vierem com “punhos de renda” politicamente corretos contra sua iniciativa de publicar os endereços onde seus detratores tem de ler o que se leu acima.

Afinal, eles tem um império de comunicação para responder e, 24 horas depois de apontada a farsa, não o fizeram.

Globo 1989-2015: 26 anos de campanhas sujas contra Lula

reprodução












Um promotor com folha de serviços judiciais que destacam 245 advertências por desempenho negligente protocolou uma acusação contra Lula em tempo recorde

Brasília - Pastas vazias. Em dezembro de 1989, as intenções de voto do candidato Luiz Inácio Lula da Silva cresciam em ritmo constante, enquanto o favorito Fernando Collor de Melo ficava estacionado, e para que esse quadro se revertesse e Collor pudesse finalmente ser eleito presidente, seria necessária uma importante ajuda da Rede Globo de Televisão. Era preciso desconstruir a imagem de Lula, ou melhor, a sua legitimidade, através de notícias negativas e da famosa montagem no debate final, em um estúdio de televisão, quando Collor chegou com uma volumosa pasta, na que assegurava conter provas irrefutáveis dos ilícitos cometidos por seu rival. Vinte anos depois, um ex-diretor da Globo, José Bonifacio Sobrino, o Boni, admitiu ter planejado o espetáculo de Collor posando como justiceiro, diante das câmeras, com um portfólio cheio de papéis em branco.
 
Estudos posteriores demonstraram que essa fraude eletrônica, complementada pela reedição igualmente tendenciosa dos melhores momentos do debate entre os candidatos, reverteu a curva de aprovação ascendente de Lula. Três dias depois, no dia 17 de dezembro de 1989, o petista sofreria sua primeira derrota presidencial contra a Globo, a única força política que sobreviveu impune aos 21 anos de ditadura, que obstruiu a transição democrática (censurando as mobilizações massivas por eleições diretas), e vem prolongando seu status de partido hegemônico até hoje.
 
Há duas semanas, um fiscal substituto, com currículo acadêmico mediano e uma folha de serviços judiciais na que se destacam 245 advertências por desempenho negligente e/ou demorado, protocolou uma acusação contra o ex-presidente e líder histórico do PT em tempo recorde, segundo ele, porque suspeitava do delito de “tráfico de influências internacional”.
 
O funcionário suplente, conhecido na comarca judicial de Brasília (integrada por vários procuradores e juízes anti-lulistas) por sua velocidade de tartaruga, iniciou o procedimento investigativo atropelando o prazo previsto pela promotora titular, que expirava em setembro.
 
Fez isso baseado nos artigos publicados pelo grupo Globo, nos que se associavam as viagens de Lula ao exterior, entre 2011 e 2014 com supostas manobras dolosas a favor da construtora Odebrecht – que atua em vários países e se beneficia há décadas das gestões de governantes civis e militares.
 
Em artigo ilustrado com a imagem de Lula com um gesto intrigante, a revista Época, das Organizações Globo, o define como um “operador” das empresas construtoras, e associa, sem nexo documental nem testemunhal, sua agenda internacional com o tráfico de influências.
 
O semanário global mostra mensagens de fax que confirmam as viagens, o que é redundante, porque os eventos no qual participou foram públicos, e se insinua que o grosso desses encontros não se realizaram com a participação da Odebrecht. Para completar a desinformação, a nota evita explicar devidamente que várias dessas viagens internacionais foram para receber prêmios e títulos de doutorados honoris causa, na Espanha, Estados Unidos e México, ou para manter reuniões com ex-presidentes, como as duas que teve com Bill Clinton.
 
Quem leu os quase 20 mil caracteres da reportagem principal, publicada no dia 30 de abril – a que foi citada pelo promotor para fundamentar suas suspeitas – chegará à conclusão de que contém tantos indícios contra Lula como os que guardavam as pastas em branco que levaram Collor à presidência em 1989, com cumplicidade da mesma Globo.
 
O vazio informativo da Globo nessa e em outras matérias similares, se transformou em escândalo mundial em questão de horas: agências internacionais e cadeias televisivas do mundo inteiro replicaram a notícia de que Lula estaria envolvido numa trama suspeita. A bola de neve se tornou gigante com o passar das semanas, e aquela notícia oca conseguiu inspirar análises mal-intencionados, especialmente da imprensa anglo-saxônica, e mais ainda dos meios financeiros como o Financial Times, que escreveu na semana passada um editorial sobre o “filme de terror” de um Brasil que se afunda na corrupção, e que só se salvaria com um plano de ajuste exemplar. Seria, por acaso, um plano como o imposto à Grécia? Possivelmente sim.
 
Aliás, as teses extremamente neoliberais do Financial Times costumam ser tomadas como próprias pela Globo, para o que imagina ser um futuro próximo pós-Lula e pós-Dilma Rousseff – também a querem fora do Planalto, apesar das políticas ortodoxas de seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, um ex-funcionário do FMI e do banco privado Bradesco.
 
A urgência do grupo midiático mais concentrado da América Latina em virar a página da era “lulopetista” foi bem resumido na semana passada, num artigo de opinião cujo título – “Sem tempo” – não deixa lugar a dúvidas, trazendo argumentos a favor de uma saída antecipada de Dilma e a continuidade do ortodoxo ministro Levy numa gestão de transição, após um hipotético golpe institucional.
 
Como os nazistas
 
Poucos jornalistas conhecem a lógica política da Globo como Tereza Cruvinel, que trabalhou durante mais de uma década como colunista política para os meios da empresa, antes de seguir sua carreira em outros veículos. Cruvinel assegura que o plano editorial para acabar com o capital simbólico e político de Lula tem um capítulo crucial com sua chegada ao poder, em 2003.
 
"O enredo que vem sendo rabiscado desde 2003 agora começa a tomar forma. No epílogo desejado por seus autores, o ex-presidente Lula sai da História, do lugar assegurado por sua trajetória e por oito anos de governo que mudaram o Brasil, tomba como réu em um processo desonroso, torna-se inelegível e o povo brasileiro não repete a ousadia de colocar na Presidência alguém saído de onde ele saiu: da pobreza, do Nordeste, da classe operária, do compromisso com os mais pobres e com um Brasil de todos", analisa Cruvinel.
 
De sua parte, Lula respondeu aos ataques nesta sexta-feira (24/7): “tenho a impressão de que o que vemos na televisão se parece com o que os nazistas faziam, criminalizando o povo judeu, ou o que os romanos faziam, criminalizando os cristãos. Estou cansado de ver esse tipo de criminalização contra as esquerdas”.
 
Em encontro com sindicalistas da região industrial de São Paulo, o ex-presidente reforçou sua indignação enaltecendo a honestidade de Dilma, caluniada diariamente com insinuações sem provas. Vestido com o velho macacão de militante, o ex-presidente viaja pelo Brasil denunciando a tentativa de golpe branco contra Dilma, reivindicando a política econômica distribucionista dos governos petistas, assim como da continuidade da política externa voltada à América Latina.
 
Apesar das campanhas negativas contra si, Lula mantém uma agenda de encontros internacionais que, nos últimos meses, incluiu eventos com os presidentes Evo Morales e Cristina Fernández, o secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, e o presidente do Parlamento venezuelano Diosdado Cabello, encontro que ocorreu pouco antes da missão de senadores opositores brasileiros, que viajaram à Venezuela para se encontrar com os referentes golpistas.
 
Lula é o único sobrevivente da troica sul-americana formada por ele, Néstor Kirchner e Hugo Chávez – a que, em 2005, acabou com o projeto de “anexação” da ALCA, na cara de George Walker Bush, que foi àquela Cúpula das Américas de Mar del Plata com a certeza de que ninguém se atreveria. Tinha como aliado o corpulento presidente mexicano Vicente Fox, que mostrou ser um anão político de incapacidade diplomática singular.
 
O eventual retorno do líder petista nas eleições de 2018 é uma hipótese contra a qual a família Marinho, dona da Rede Globo, trabalha determinada, junto com seus sócios políticos locais. Esse bloco contrário ao regresso de Lula conta, possivelmente, com o aval dos grupos de interesse estrangeiros, “provavelmente norte-americanos”, comprometidos com a restauração de um projeto de livre mercado hemisférico, comentou a este diário o chefe do bloco de deputados do PT, Sibá Machado.
 
Tradução: Victor Farinelli


http://cartamaior.com.br/

A falsidade é amiga fiel da traição

 (Leônia Teixeira).  

Publicado por Adilson Gomes - 11 horas atrás  
SE VOC TEM UMA AMANTE E DIZ QUE NO CASADO OU RICO CUIDADO VOC EST COMETENDO UM CRIME E NEM SABIA
Você que tem um amante, seja homem ou mulher, dizendo-lhe que não é casado, ou ainda que é rico, você pode não saber, mas você está cometendo um crime no qual a pena varia de 2 (dois) a 6 (seis) anos de reclusão! (Deus me ajude quando sair na rua após escrever esse artigo rsrs)
O crime de violação sexual mediante fraude está qualificado no código penal, no art. 215, que diz:
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vitima:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
O art. 215 do código penal, ao longo dos anos vem sofrendo várias alterações. Inicialmente, previa o tipo penal a conduta de terconjunção carnal com mulher honesta, mediante fraude. Basicamente, a partir da década de 1980, acirraram-se as criticas no que diz respeito à expressão mulher honesta, pois se tratando de uma época de evolução social, não poderia a mulher ter uma taxação, sendo declarado como uma forma de discriminação da mulher. Era um evidente preconceito, que tinha que ser suprimido da nossa legislação.
Com a edição da redação do artigo, alterado pela lei 12.015, de 7 de agosto de 2009, modificou-se a redação do tipo penal caracterizado no artigo. Agora, não somente os elementos do tipo penal foram modificados, mas também a própria rubrica foi alterada, passando a ser chamado como CRIME DE VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE.
Assim, de acordo com a nova redação legal, constante no caput do mencionado Art. 215, podemos destacar os seguintes elementos:
a) A conduta de ter conjunção carnal
b) Ou praticar outro ato libidinoso com alguém
c) Mediante fraude ou outro meio
d) Ou meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vitima.
O verbo ter, utilizado pelo art. 215 do código penal, pode ser entendido, agora, no sentido de que tanto o homem como a mulher podem praticar o delito em estudo quando a finalidade for conjunção carnal, desde que estejamos diante de uma relação heterossexual. Assim, por exemplo, uma mulher poder valer-se do emprego de fraude para ter conjunção carnal com um homem, ou seja, fazer com que ocorra a penetração vaginal, da mesma forma que um homem pode usar do mesmo artifício para ter conjunção carnal com a mulher. Em suma, a conjunção carnal pressupõe, sempre, uma relação heterossexual.
No que diz ao exame da conduta de praticar outro ato libidinoso, vale dizer, que qualquer que seja os atos capaz de aflorar a libido, que não seja a conjunção carnal, a exemplo do que ocorre com a penetração anal, o sexo oral e vaginal, masturbação etc.
Para que sejam levadas a efeito as condutas previstas no tipo, isto é, para que o agente tenha conjunção carnal ou pratique outro ato libidinoso co alguém, deverá se valer da fraude ou outro meio que impeça ou dificulte manifestação de vontade da vitima.
A fraude, portanto, é um dos meios utilizados pelo agente para que tenha sucesso na pratica da conjunção carnal ou de outro ato libidinoso. É o chamado estelionato sexual.
A fraude faz com que o consentimento da vitima seja viciado, pois que se tivesse conhecimento, efetivamente, da realidade não cederia aos apelos do agente. Por meio da fraude, o agente induz ou mantém a vitima em erro, fazendo com que tenha um conhecimento equivocado da realidade.
Conforme explica Hungria:
“fraude é a maliciosa provocação ou aproveitamento do erro ou engano de outrem, para consecução de um fim ilícito.”
E continua o grande penalista, dizendo:
“ A fraude (tal como acontece no estelionato) tanto se apresenta quando o agente tem a iniciativa de provocação do erro, com quando se aproveita de erro provocado por terceiro ou de erro espontâneo da vitima”
Além da fraude, o agente pode valer-se de outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vitima. Que pode se manifestar por vários modos: consistir em palavras, gestos ou atos; ser ostensivo ou tácito; explicito ou implícito; e exteriorizar-se em ação ou omissão.
Assim, imagina-se a hipótese em que o agente se faça passar por um famoso estilista, que estaria recrutando modelos para desfilarem nas passarelas mais importantes do Brasil e no exterior. Como é do conhecimento de todos, em alguns desses eventos, as modelos podem desfilar seminuas, com os seios de fora etc. A fim de levar a efeito sua intenção criminosa, o agente, ao receber as modelos, solicita-lhes que retirem suas roupas e fiquem somente com a langerie inferior. Ato contínuo, simulando estar analisando o corpo de cada uma delas, começa a tocá-las, passando lhes as mãos nos seios, nas nádegas, nos pelos pubianos etc. Nesse caso em estudo, vale dizer que houve violação sexual mediante fraude.
Já no verbo impedir é utilizado no texto como a ideia de que foi impossibilitada a livre manifestação de vontade da vitima, que se encontrava completamente viciada em virtude da fraude ou outro meio utilizado pelo agente.
Dificultar, a seu turno, dá a ideia de que a vontade da vitima, embora viciada, não estava completamente anulada pela fraude ou outro meio utilizado pelo agente. Nesse ultimo caso, embora ludibriada, a vitima poderia, nas circunstâncias em que se encontrava, ter descoberto o plano criminoso, mas, ainda assim, foi envolvida pelo agente.
É importante frisar, que, dada a gravidade da pena prevista para essa infração penal, somente aqueles atos que importem em atentados graves contra a liberdade sexual é que poderão ser reconhecidos como características do tipo penal em estudo. Assim, por exemplo, utilizar-se de fraude para beijar a vitima, mesmo que seja um beijo prolongado, não se configura no delito em questão, devendo o fato ser considerado atípico, ou seja, não tendo necessidade de tomar-se como crime.
Vale levar a cabo também, que não incorre como o tipo penal previsto, quando:
1- A mulher percebe o erro durante o ato sexual
2- Fraude grosseira
3- Prostituta que tem relações sexuais com alguém que prometeu pagá-las após o ato
Cumpre ressaltar, neste ultimo item, que se o agente mantém relações sexuais com uma prostituta, prometendo-lhe, dolosa e enganosamente, paga-la após a pratica do ato, caso não cumpra com o pactuado poderá ser responsabilizado pelo delito de violação sexual mediante fraude, uma vez que a promessa falsa de pagamento foi o que motivou a garota de programa a ele se entregar sexualmente.
Pode ocorrer também a hipótese onde o agente, por exemplo, “especialista em cantadas” (o chamado: “bom de papo”), convença a vitima a ter com ele qualquer tipo de relação sexual. Para tanto, se utiliza de todos os “artifícios possíveis”, simulando ser uma pessoa bem sucedida financeiramente, e que essa condição proporcionará a ela, no futuro, um conforto extraordinário.
A vitima, seduzida pelas promessas do agente, cede e com ele mantém relação sexual. Nesse caso, poderia o agente ser responsabilizado pelo delito tipificado no art. 215 do código penal? A resposta só pode ser negativa. A ganância da vitima, na verdade, é que fez com que se entregasse ao agente.
Aqui o agente “vitima” queriam obter vantagens, tendo prevalecido o mais “esperto”, não se podendo cogitar de qualquer tipo de infração penal.
Então pessoal... Cuidado ao tentar enganar qualquer pessoa, fazendo promessas e enganando ou ludibriando a verdade, querendo assim, obter uma vantagem sexual perante outrem. Como pra terminar como um jargão de para-choque de caminhão: “se for casado, não chifre, mas se for chifrar, não minta para a sua amante".

Almirante Othon peitou os EUA!

O Putin deixava prender o Almirante Othon, Dilma ?

Almirante peitou os EUA. Agora deram um jeito de enfiá-lo na Lava Jato e vazam seletivamente. Fica cada vez mais evidente que não é a corrupção, mas sim as importantes empresas nacionais e nossas riquezas que são o alvo da Lava Jato.
Almirante peitou os EUA. Agora deram um jeito de enfiá-lo na Lava Jato e vazam seletivamente. Fica cada vez mais evidente que não é a corrupção, mas sim as importantes empresas nacionais e nossas riquezas que são o alvo da Lava Jato.
Do Conversa Afiada
​O incansável Stanley Burburinho:​
O Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear, que foi preso hoje pela Lava Jato é antigo desafeto dos EUA. Veja o que ele disse em 2004:
“Almirante [presidente da Eletronuclear e preso hoje pela Lava Jato] denuncia: EUA enchem Brasil de espiões”
Rio – O almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, considerado o pai do programa nuclear paralelo do Brasil, alertou esta semana que o Brasil precisa tomar muito cuidado com a pressão dos Estados Unidos sobre as suas pesquisas nucleares. Primeiro, alerta, O Brasil é um país infestado de espiões americanos, atentos a todos os movimentos que o País faz para ser mais independente. Segundo, os EUA não têm o menor interesse em que o Brasil seja autônomo em termos de defesa.
Para o almirante Othon Pinheiro, a razão dos americanos para barrar o domínio brasileiro e de outros países do ciclo do urânio está ligada a interesses estratégicos. Para um país agressivo, como os EUA, explicou o almirante, é muito mais difícil invadir um país capaz de desenvolver um artefato nuclear de pequeno porte. Por esta razão, um país que não tenha esta tecnologia -uma tecnologia que os americanos dominam amplamente -se torna muito mais fácil de subjugar.
Hoje na reserva, o almirante Othon Pinheiro afirma que é contra a assinatura de um protocolo adicional que aumente o controle sobre o programa nuclear brasileiro. Ele diz que, em tempos de democracia e transparência, é impossível esconder dos inspetores uma instalação nuclear. Segundo ele, as instalações nucleares brasileiras são inspecionadas regularmente, até com visitas-surpresa.
“O protocolo surgiu porque um dos países do Tratado de Não-Proliferação, Coréia ou Irã, tinha uma instalação nuclear não-declarada. Ele permite que se inspecione tudo a qualquer momento, até o banheiro das nossas casas. É desnecessário num país como o Brasil, democrático, com imprensa livre e com uma plantação de arapongas americanos. É impossível fazer uma instalação nuclear disfarçada aqui. Por isso, o protocolo é inaceitável”, diz ele.
O programa paralelo só ficou conhecido publicamente em 1987, quando o governo brasileiro anunciou o domínio do processo de enriquecimento de urânio. O programa custou cerca de US$ 1 bilhão. Para a Marinha conclui-lo, conseguir fazer o reator nuclear para seu submarino, seriam necessários mais US$ 200 milhões. No ritmo atual dos recursos, o programa só seria concluído em cem anos.
Durante 15 anos, Othon dirigiu a Coordenadoria para Projetos Especiais da Marinha (Copesp), responsável por um dos lugares mais secretos do País: o Centro Experimental de Aramar, em Iperó, onde foi desenvolvida a tecnologia nacional de enriquecimento de urânio por ultracentrifugação, que agora a Marinha fornece às Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

luizmullerpt.wordpress.com

Moro não é o juiz natural. É o juiz sobrenatural, o Rei do Brasil “republicano”

Por Fernando Brito no Tijolaço

O sistema judicial brasileiro vai adquirindo ares sui-generis.
Há uma nova instância judicial instalada: o Supremo Tribunal do Moro, que deixou de ser uma vara judicial entre as cerca de 800 existentes no país e passou a ser o responsável por todas as investigações sejam aonde forem.
Moro
Agora, chega à Eletronuclear. Depois, quem sabe a Belo Monte. A seguir, que tal  às obras do Porto de Pecém, no Ceará ou à transposição do Rio São Francisco ou às estradas de rodagem do Centro-Oeste ou ainda, talvez, aos trilhos da Ferrovia Norte Sul.
Ou a qualquer lugar onde houver uma obra tocada por uma das muitas empreiteiras envolvidas na Lava-Jato, que se tornou um polvo infinito, que estende seus tentáculos punitivos por todo o território nacional, quiçá pelo mundo, porque não demora a irem ver como andam os contratos da Andrade Gutierrez no México ou da Odebrecht no Oriente Médio.
Obvio que isso não quer dizer que não possam existir irregularidades em outras obras, em outros lugares. Possivelmente haverá, porque, como diz a piada, não há empreiteiro nos campos celestiais.
Ou nas administrações tucanas, claro, porque as mesmas empreiteiras realizaram obras nos governos do PSDB – Aécio, Serra, Richa e Alckmin. Mas lá, é claro, não se deu um tostão para político ou funcionário algum e, se aconteceu, “isso não vem ao caso”.
Mas quer dizer, sim, que há uma escandalosa violação do princípio do juiz natural, um dos fundamentos do equilíbrio judicial.
Não se alegue que, ao investigar uma situação surgem indícios comprometedores em outra: neste caso, o normal seria a remessa aos juízos e ao MP dos lugares onde tais delitos teriam ocorrido, em lugar de englobarem-se todos eles num leque de inquéritos sob o mesmo comando e o mesmo controle (ou descontrole) judicial.
Segundo o Estadão, ao todo, foram instaurados 789 procedimentos no âmbito da Lava Jato, entre eles 156 inquéritos em andamento, 53 processos de cooperação internacional além de 5 ações de improbidade e 81 ações cautelares patrimoniais. São 119 réus em ações complexas, que envolvem exames em contratos, perícia financeira, milhares de horas de escutas telefônicas e muito mais.
Tudo isso à conta de uma única vara, de um único juiz.
Se ainda não fosse pela violação do princípio do juiz natural – que é a garantia constitucional contra tribunais de exceção -, é uma evidência de que, mais do que a eficiência apuratória, perde-se a independência e a capacidade de exame sereno dos fatos.
E assim, sob o aplauso dos moralistas, criou-se de fato o temido tribunal de exceção que se queria evitar, sob a covardia do Supremo Tribunal Federal, que legitimou o crescente adonar-se do Brasil pelo Doutor Sérgio Moro.
É o monarca judicial, incontestável, onipotente, onipresente e onisciente, algo de que devem se lembrar aqueles que fizeram aulas de catecismo quando crianças.
E , em nome da moralidade, fazer do Brasil terra arrasada.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Corrupção e soberania nacional



Ontem, em mais um episódio relacionado à Operação Lava Jato, foi decretada, pelo juiz Sérgio Moro, a prisão do vice-almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva, pois, segundo um delator, ele teria se beneficiado pelo recebimento de propina. Esta prisão, ao contrário da maioria das anteriores, acende uma "luz amarela" que parece alertar que pode haver muito mais interesses envolvidos nessa mega-operação da Polícia Federal do que aqueles que supomos.
Em primeiro lugar, e para que eu não seja mal interpretado, que fique bem claro: todo e qualquer cidadão comprovadamente envolvido em corrupção deve ser penalizado conforme determina a lei – seja ele agente político (e não importa a qual partido pertença ou a qual partido esteja vinculado: devem cumprir pena, caso condenados, os políticos do PT, bem como seus homens de confiança, assim como políticos e agentes de qualquer outro partido) ou particular interessado. Não é possível compactuar com a corrupção ou relativizar seus efeitos. A luta contra a corrupção deve ser contínua.
O motivo, porém, que faz acender a tal "luz amarela": o vice-almirante preso ontem foi o responsável pelo início e pela continuidade do desenvolvimento da tecnologia nuclear brasileira. A questão, aparentemente, começa a extrapolar o universo da corrupção e, ao que tudo indica, já esbarra na própria soberania nacional.
O programa nuclear brasileiro (e isso não é sabido pela maioria dos cidadãos) é de excelência ímpar, e já há muito tempo despertou o interesse de potências estrangeiras. As ultracentrífugas para enriquecimento de urânio desenvolvidas no Brasil pelo programa conduzido pelo Vice-Almirante Othon são muito mais eficientes, em termos energéticos, do que as mais modernas centrífugas em utilização na Europa ou nos EUA. Segundo o almirante Alan Arthou, diretor do Centro Tecnológico da Marinha, o Brasil foi o único país a desenvolver ultracentrífugas por levitação magnética, tecnologia que proporciona esse desempenho energético significativamente maior. Quem conhece efetivamente o ramo assegura que as centrífugas brasileiras só encontram concorrência naquelas desenvolvidas no Irã (o que, se confirmado, explicaria muita coisa que ocorreu nos últimos anos). É de se ressaltar que, além do aspecto estratégico do tema e de sua evidente vinculação ao futuro da soberania nacional, o mercado do enriquecimento de urânio, segundo estimativas, movimenta cerca de 20 bilhões de dólares por ano. Além disso, sob a batuta do Vice-Almirante está sendo desenvolvido o primeiro submarino nacional movido a energia nuclear, fundamental se considerados os aparentemente intermináveis campos de petróleo do Pré-Sal localizados em mar aberto na costa brasileira. Segundo a agência de notícias Defesanet, especializada em defesa, estratégia e inteligência e segurança, a prisão do Vice-Almirante Othon pode incentivar o ataque ao único projeto estratégico brasileiro que realmente eleva a nação a um patamar vários níveis acima. Nas entrelinhas: não seria o Vice-Almirante o alvo, e sim a Eletronuclear e toda a estratégia nuclear brasileira.
Abstraídos o prejuízo causado pelas ações da Lava Jato no desenvolvimento da infraestrutura nacional e seus efeitos negativos no próprio crescimento do PIB, e mais uma vez deixando claro que ninguém em sã consciência pode ser contrário ao combate à corrupção e respectiva penalização de seja lá quem for (almirante, político, bilionário, governador ou presidente), é necessária muito mais cautela na análise dos desdobramentos (e, especialmente, da motivação) das ações da Polícia Federal e das decisões do juiz Sérgio Moro. É possível, em última análise, que não se trate apenas da corrupção, e que interesses geopolíticos, industriais e comerciais estejam atuando nos bastidores. É possível que o nosso futuro esteja sendo desconstruído sem que tenhamos consciência disso.
http://www.brasil247.com/

Moro tem mira certa: Petrobras e programa nuclear!

É isso o que a penca de traidores quer entregar: a base de submarinos em Itaguaí


O Moro vai chamar o embaixador americano para assistir à “delação” do Almirante Othon?

Um juizeco de primeira instância, meia dúzia de policiais valentões de uma PF sediciosa e uns procuradores exibicionistas que ainda não fizeram a primeira comunhão decidiram entrar no âmago do Estado brasileiro e de seus mecanismos estratégicos centrais – e destrui-lo, em nome de uma suposta MORAL.

Pra isso, resolveram destruir a Petrobras.

E agora o programa nuclear brasileiro.

O Almirante Othon Silva não um brasileirinho qualquer. 

Não é o ladrazinho baiano de meia tigela, mancumunado com o Cunha.

O Almirante Othon não pode ser grampeado no mictório!

Não pode ser vitima de um tri-delator ou de ladrões confessos.

Não pode ser moralmente torturado até confessar !

Confessar como funciona o sistema brasileiro de enriquecimento de urânio!

Othon Silva não é como, diz o Globo – traidor supremo – responsável pelo programa nuclear “paralelo”.

Othon Silva é responsável por um dos mais importantes – e abertos, transparentes – programas de beneficiamento de urânio do mundo!

Submetido à AIEA, agência da ONU para energia nuclear !

Em Israel, o Almirante Othon seria um herói !

Nos Estados Unidos, na França, na Inglaterra, no Paquistão, no Irã.

Aqui, é tratado como um punguista !

É porque o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem urânio e sabe enriquecê-lo.

E isso não interessa a essa penca de traidores que está aí com a bandeira da ÉTICA na mão !

Othon Silva foi quem desenvolveu o programa nacional de beneficiamento de urânio, DEPOIS de, aluno bolsista no MIT, fazer a critica do programa nuclear alemão, o do Geisel.

Portanto, ao contrario do que dizem os trairas do Globo, ele não fez o programa “paralelo”. 

Othon desmontou o que pudesse existir de paralelo.

Othon é um herói da Independência do Brasil !

Para prende-lo ou coloca-lo sob suspeita nesse tribunal de Nuremberg que se instalou no PiG, é preciso tomar muito cuidado.

Tem que ficar muito bem provado.

Com provas.

E delação não é prova !

Não se pode submete-lo a uma delação qualquer, sob o chicote desses esbirros da Vara de Guantanamo.

Muito cuidado com o Almirante Othon, Moro !

Essa Vara está muito perto da fogueira.

Só no Brasil, Moro, você faria essa violência com um programa nuclear !

E deve ser por isso que o Moro vaza para o PiG os segredos empresariais da Odebrecht.

Porque a Odebcrecht é a empresa privada BRASILEIRA mais ligada ao programa nuclear BRASILEIRO.

A Odebrecht tem cinco mil homens em Itaguai, para construir o submarino a propulsão nuclear, o que só é possível porque o Almirante Othon soube desenvolver um sistema made in Brazil.

O Juiz Moro e esses coroinhas de Guatanamo vão fazer o que mais queria a Quarta Esquadra americana, estacionada em cima do pré-sal.

Quebrar a Petrobras, entrega-la à Chevron do Cerra  – e, de troco, fechar Itaguaí !

O PiG e essa Vara de Curitiba não sossegam enquanto nao desmontarem o Estado.

E o Estado brasileiro, no momento, está entregue a agentes inanimados, desvertebrados, impotentes por decisão própria, que contemplam essa desmontagem como fosse uma etapa indispensável à purificação dos costumes !

O Estado brasileiro está sendo desconstruído nas barbas dos brasileiros.

Por meia dúzia de irresponsáveis.

Os que estão fora do Estado – e dentro !

O Moro não sabia quem é o Almirante Othon ?

Vai querer obriga-lo a uma confissão ?

Vai chamar o embaixador americano, como se fazia no DOPS, em São Paulo, nos bons tempos do Dr Boilensen ?

Quando o cônsul americano assistia às atividades da “pianola” ?

Vai abrir os e-mails do Almirante Othon com o Estado Maior da Armada ?

This is an esculhambation !

Paulo Henrique Amorim

http://www.conversaafiada.com.br/

Quem mira no Almirante,

  Nílson Lage

29 de julho de 2015 | 09:42 Autor: Nilson Lage, colaboração para o Tijolaço
alm
A farsa se ergue contra um homem que é uma lenda.
Soube dele – e dos projetos tecnológicos da Marinha -na década de 1970.
Eu editava política e nacional no Globo e recebi ordem da direção para não publicar uma entrevista sobre o assunto com um oficial da Armada. Disseram-me que era ordem da censura.
No entanto, quem recebia comunicados da censura – pelo telefone ou em tiras de papel fino – era eu. Desconfiei da história.
Quando o censor de verdade me telefonou – era frequentemente a fonte das notícias “que eu não podia publicar” – fiz-me de desentendido:
– Quem recebe sempre instruções de vocês sou eu. Por que diabos resolveram proibir por via da direção do jornal a publicação da matéria tal, sobre pesquisa nuclear da Marinha?
– Não mandamos. Há um erro.
Dois dias depois, a matéria saiu, ocupando quase a página toda, com uma estranha foto em três colunas do entrevistado – tratamento digno dos mais nobres “recomendados do nosso companheiro” (Roberto Marinho).
Voltei a ter contato com o assunto, anos depois, já no ocaso do regime militar, quando me encomendaram – eu trabalhava na Universidade Federal do Rio de Janeiro – um estudo sobre a implantação de uma rede nacional de televisão regionalizada mais inspirada no modelo da antiga Rádio Nacional, que operava comercialmente.
Meu interlocutor na Subsecretaria de Assuntos Estratégicos do Conselho de Segurança Nacional era um doutor em Física, oficial de Marinha.
Finalmente, no início da década de 2000, na última etapa de minha vida profissional, dirigindo um órgão público, tive a honra de conviver com cientistas da Marinha brasileira, responsáveis pelo desenvolvimento das pesquisas nucleares desde que Álvaro Alberto – que atingiu o almirantado por decisão do Congresso Nacional – trouxe ao Brasil, no segundo governo Getúlio Vargas, as primeiras instalações nucleares.
A conspiração atinge a mais alta patente da carreira científica naval, exatamente no núcleo pensante que mais compromissos tem com a Pátria e que se empenha, no momento, em construir as bases para a defesa da Amazônia Azul, onde mora a esperança de um futuro independente para o Brasil.
Obviamente, não é um juiz de primeira instância do Norte do Paraná, um procurador movido pela ira do deus enfezado dos evangélicos radicais ou meia dúzia de covers do FBI que têm tal motivação e poder.
http://tijolaco.com.br/

The Lie We Live

Nióbio, o Mineral mais raro do mundo – O Caminho sem volta para a Terceira Guerra Mundial




O presidente da AEPET, Felipe Coutinho *, aponta neste artigo os riscos da venda de ativos da Petrobrás, proposta no novo Plano de Gestão e Negócios da companhia.
A Petrobrás apresentou recentemente a revisão do seu plano de negócios para o período  2015-20.  Das  revisões  se  destacam  a  redução dos  investimentos  em  37%,  a diminuição da projeção  da produção de petróleo em 2020 de 4,2 para 2,8 milhões de barris por dia e a venda de ativos na ordem de 57 bilhões de dólares, cerca de 20% do patrimônio  da  estatal,  até  2020.  O  foco  da  revisão  é  a  redução  do  endividamento,  da “alavancagem” no jargão financeiro. 

Este  artigo  trata  da  venda  de  ativos,  da  privatização  de  cerca  de  20%  da Petrobrás,  chamada  com  eufemismo  por  “desinvestimento”.  A  privatização  tem  sido justificada  pela  direção  da  companhia  e  por  “porta-vozes  do  mercado”  porque  a Petrobrás  teria  alcançado  limites  de  endividamento. Segundo  indicadores  que correlacionam a dívida com o fluxo de caixa e a dívida com o patrimônio, os interpretes do deus mercado teriam, de forma mediúnica, concluído que a companhia está no limite da “alavancagem”. 
No entanto, a realidade material revela fatos recentes que desmentem a suposta incapacidade ou limitação para o acesso a novos créditos. Em 2015, a Petrobrás captou 2,5  bilhões  de  dólares  em  títulos  de  100  anos,  operação  onde  havia  disponível  13 bilhões.  Com o Banco  de  Desenvolvimento  da  China  obteve  contrato  de  5  bi.  No mercado doméstico, 4,5 bilhões de reais com o Banco do Brasil, 2 bi com a Caixa, 3 bi com o Bradesco. Seja no mercado financeiro internacional, na relação estratégica com países soberanos, ou no mercado doméstico, dados empíricos contradizem a hipótese do limite do endividamento. 

É atribuído ao físico Albert Einstein o argumento “Nem tudo que conta se pode contar. Nem tudo o que se pode contar, conta”. O alerta é pertinente para indicadores contábeis e financeiros que apresentam um retrato,  uma revelação instantânea e estreita da realidade, e caso não sejam relativizados podem ser mal interpretados e comprometer o  futuro  de  uma  companhia  produtiva  e  estratégica.  O  indicador  que  correlaciona  a dívida  com o  patrimônio,  por  exemplo,  não  considera os  ativos  do  pré-sal  a  serem desenvolvidos pela Petrobrás sob o regime de partilha. Trata-se de um critério contábil que deve ser ponderado em face ao potencial dessas reservas. 

A  privatização  é  inoportuna,  compromete  o  fluxo  de  caixa  futuro,  fragiliza  a integração  produtiva  submetendo  a  companhia  a  riscos  desnecessários,  e  expõe  o mercado interno aos seus competidores. A conjunturade queda dos preços do petróleo e de  recessão  da  economia  internacional  deprime  os  preços  dos  ativos  da  indústria  do petróleo. A situação é desfavorável para a alienação de ativos. 

A venda de ativos rentáveis prejudica a tendência dos indicadores contábeis ora utilizados para justificar a alienação. A receita operacional líquida da BR Distribuidora em 2014 foi de 98,5 bilhões de reais, enquanto o lucro líquido da Gaspetro alcançou 1,5 bi. As duas subsidiárias são citadas como possíveis ativos à venda. 

A  integração  produtiva  e  o  acesso  a  um  enorme  mercado,  com  potencial  de crescimento  e  praticamente  cativo,  são  vantagens  estratégicas  da  Petrobrás  que  são colocadas em risco pelo plano de privatização proposto. A integração reduz o risco às variações de preços relativos e o mercado brasileiro é um ativo não contabilizado pelos indicadores  financeiros.  Alienar  infraestrutura,  de gasodutos  por  exemplo,  é  entregar mercado e comprometer receita futura. 

A  Petrobrás  tem  potencial  de  crescimento,  descobriu as  maiores  reservas  de petróleo das últimas três décadas, possui tecnologia de ponta, tem acesso privilegiado a um mercado pujante. Além de ser uma empresa integrada, fator que minimiza os riscos. 





A companhia deve focar no crescimento, proporcional ao desenvolvimento e em apoio a economia nacional. Deve utilizar a renda petroleira para investir em infraestrutura para a  produção  de  renováveis,  vocação  do  Brasil,  país  tropical  e  continental,  e  assim  nos preparar para o futuro. Vender ativos para pagar dividendos no curto prazo e se acanhar diante  da  liderança  do  desenvolvimento  industrial  brasileiro  é  um  erro  grave,  com severas consequências para o futuro corporativo e nacional. 

O petróleo não é uma mercadoria comum, não é substituível, ponderadas as suas qualidades e quantidades. A Petrobrás não é uma empresa qualquer, vide seu peso na economia nacional e seu papel na garantia da segurança energética do país. O plano de negócios da companhia precisa estar subordinado, e  ser sustentado, por um projeto de desenvolvimento  nacional.  Privatizar  ativos  estratégicos  e  rentáveis  é  uma  ameaça  ao futuro da companhia e um entrave ao desenvolvimento econômico e social brasileiro. 

* Presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás (AEPET) 

http://www.aepet.org.br/
https://felipecoutinho21.wordpress.com/