quinta-feira, 23 de junho de 2011

GUERRA FINANCEIRA CONTRA A DEMOCRACIA
(Carta Maior; 5º feira,23/06/ 2011)



"Instrumentalizada pelo setor financeiro, a ortodoxia considera natural canalizar ganhos de produtividade para as finanças e os monopólios ao invés de elevar salários e padrões de vida.

Lobistas neoliberais e seus  mascotes acadêmicos rejeitam a partilha dos ganhos de produtividade com o trabalho como sendo improdutivo e incompatível com a  "criação de riqueza" na acepção financeira.

Está em debate não só se dívidas à banca deveriam ser pagas com a sua transferência para o setor público em detrimento dos contribuintes, mas também se elas podem razoavelmente ser pagas.

Se não puderem, tentar pagá-las contrairá as economias ainda mais, tornando-as crescentemente inviáveis. Muitos países já ultrapassaram este limite financeiro.

O que está em questão agora é um passo político - trata-se de saber se há um limite para os credores sujeitarem a sociedade ao pagamento de juros (...) sem cortar drasticamente despesas públicas com educação, saúde e outros serviços básicos.  

É acerca disso a guerra financeira de hoje. E é isso que os gregos reunidos na Praça Sintagma estão dizendo" (Michael Hudson) 

Nenhum comentário: