terça-feira, 21 de junho de 2011

Emprego com carteira assinada resiste à alta de juro e segue intenso

Em maio, foram criados 252 mil novos empregos com carteira assinada, terceiro melhor resultado da história no mês, segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira (20/06). No ano, vagas novas somam 1,1 milhão, patamar inferior apenas a 2010. Segundo o ministro Carlos Lupi, investimentos estrangeiros estão sustentando ritmo do mercado de trabalho.

BRASÍLIA – O ritmo de criação de empregos com carteira assinada continua intenso, apesar das tentativas do governo, sobretudo com aumento de juros, de esfriar a economia para conter a inflação. Em maio, as empresas contrataram como nunca, e fizeram o segundo maior corte de vagas também, e o resultado foi um saldo final de 252 mil novos postos de trabalho.

Foi o terceiro melhor desempenho de um mês de maio dos 19 anos de vida do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), segundo informações divulgadas pelo ministério do Trabalho nesta segunda-feira (20/06). Só perdeu para maio de 2004 e de 2010.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, foi aberta 1,171 milhão de vagas com carteira assinada, patamar superado apenas pelo registrado no ano passado (1,383 milhão).

Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o ritmo de geração de empregos está sendo sustentado pelos investimentos estrangeiros. As oportunidades de lucro proporcionadas por um dos países que mais crescem no mundo, atualmente, atrairiam capitais que, investidos, compensariam um mercado interno menos intenso.

“O Brasil virou a meca dos investimentos”, afirmou Lupi, que disse ter sentido isso nas reuniões da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de que participou recentemente em Genebra. “Não tem desaceleração na geração de emprego, apenas acomodações setoriais”, declarou.

De abril para maio, a criação de vagas com carteira assinada foi 42 mil mais baixa. Desde 2002, foi a sétima vez que houve recuo na passagem entre estes dois meses.

Lupi mantém a aposta de que serão gerados 3 milhões de empregos em 2011. Para ele, a criação de vagas vai se acelerar por causa de investimentos públicos em habitação e nas obras da Copa de 2014, por exemplo. “O segundo semestre vai surpreender”, declarou.

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