sábado, 25 de abril de 2020

LUTAR POR UM BRASIL SOBERANO, POPULAR, DEMOCRÁTICO, POPULAR, UNIDO E FORTE.




Tive o privilégio de conhecer esse grande brasileiro, Bautista Vidal, quando militava na CGT
Fiquei refletindo sobre essas palavras que ele disse.
Tenho visto diariamente como o nosso povo está sendo super explorado, sacaneado.
Passo diariamente nas estações do metrô e trem. Vejo o sacrifício de dezenas de brasileiros e brasileiras, crianças, adolescentes, idosos, vendendo todo o tipo de bugigangas, alimentos em uma tentativa desesperada de sobrevivência.
E os trabalhadores e trabalhadoras que utilizam esses transportes com expressões de angústia e preocupações
Fico pensando. O que temos feito ou não feito para mudar essa realidade. Nós que temos "consciência política".
Muitos passaram a defender que a solução virá de Deus. Outros em "fuga" vão para o Espiritismo passivo, o catolicismo individualista, ou evangélicos egoístas. Parte da esquerda virou facebookiana. Outros se regozijam em frequentar os espaços espetaculares, anulando a cultura, que se afasta do povo
Jesus Cristo não nos ensinou a ser passivos, egoísta e covardes
Quando os apóstolos ficaram com medo, Ele fez com os mesmos saíssem e pregassem pelo mundo a verdade
E muitos deles foram mortos pelo império assassino romano
O quero dizer o que vem por aí é política de arrasa pátria nunca vista e de muita repressão. Esses canalhas não estão de brincadeira
Veremos a classe média sendo arrochada mais ainda, tenho amigos, trabalhando no Uber para manter o padrão de vida.
Os servidores públicos federais, estaduais, municipais serão arrochados e demitidos.
Desnacionalização acelerada da economia.
E para sustentar essa política vai haver um massacre ideológico para nos dividir e nos paralisar.
Estão começando com a Igreja Católica, não só porque a sua aproximação com os mais pobres , mas que essa defende a família.
Só há uma alternativa a luta e resgatarmos o sentimento nacional nos deixado por Getúlio Vargas
A vida não será fácil
Tenhamos a paciência revolucionária
A vitória será sempre nossa.



Obs. escrito em 12 de fevereiro de 2019

Aylton Mattos
Movimento Getulista

Senhor, eu sei que Tu me sondas... Sonda-me (Salmo 139)

PENSEMOS JUNTOS.

(ver matéria abaixo)
O demônio tenta juntar forças.
Mas a derrota já é eminente.
Boçalnaro não mais consegue esconder a sua face CANALHA, mentirosa, serviçal ao que existe de mais apodrecido na política brasileira.
Sérgio Moro, ladrão, quer sair do barco furado, o chuchuca, Paulo Guedes tenta emplacar sua política de destruição do Estado Nacional.
A pandemia mostrou quem são esses pandemônios.
Em uma Pátria rica como a nossa, milhões de brasileiros(as), na miséria absoluta, no Estado do RJ, são quatro milhões, basta andar de trem e verá famílias morando na beira da linha.
As empresas nacionais falindo aos milhares, ano passado, 2019, no governo Boçalnaro, fecharam mais de duas mil.
A pandemia mostrou o tremendo abandono que se encontra a saúde pública.
O "mercado", que tudo resolveria, nada resolveu.
Os canalhas continuam a roubar o Estado Nacional, mesmo com o Corona, ao liberar UM TRILHÃO E DUZENTOS BILHÕES DE REAIS do dinheiro público para os banqueiros.
E o sociopata insiste que temos que ir para ruas. Voltar ao "normal". Que "normal"? Com a saúde, educação, que esses criminosos cortaram as verbas e as universidades estão quase fechando. Fora a entrega da Embraer, Pré-Sal, sucateamento das refinarias. Desempregando milhões de brasileiros(as).
É muita maldade dessa bandidagem.
Penso que quem tem o coração egoísta, anti-cristão, de ódio a vida, doentes da alma é que tem a coragem de defender essa bandidagem, que por enquanto estão no poder.
Penso que como cristão tenho que defender a justiça, a vida e lutar até as últimas consequências. Combater o bom combate. E assim construiremos um mundo, Brasil fraterno, onde todos tenham vida e vida em abundância.
Espalhemos nossas inconformidades, contra a opressão, miséria. Não podemos temer.
Façamos como os Apóstolos andemos pelo mundo, pelo Brasil e divulguemos a boa nova.
E as injustiças praticadas sejam punidas conforme a lei. Não a lei deles, mas aquelas que foram utilizadas para punir os nazistas em Nuremberg.
E com Deus eles que prestem conta.
Cadeia é o que esse sociopata do Boçalnaro e a quadrilha dele merece.

terça-feira, 21 de abril de 2020

A GRANDE FARSA DO NACIONALISMO DE BOSOLNARO.





Bolsonaro é uma ofensa à memória de Tiradentes, herói nacional



Pensemos juntos.

Hoje dia 21 de abril dia de Tiradentes, (dia 21 de abril tornou-se feriado nacional em 9 de dezembro de 1965. Isso foi feito pelo presidente marechal Castelo Branco por meio da Lei N. 4.897. Tal lei também instituiu o título de “Patrono da Nação Brasileira” a Tiradentes.) o atual presidente da republica não fez nenhum pronunciamento sobre a importância desta data e do nosso herói nacional.(vejam o vídeo: (https://www.youtube.com/watch?v=pHIdQoeY41s), e se perceberem há pouquíssima  gente, doentia como ele em frente ao Palácio da Alvorada, inclusive os doentes de alma que lá estavam, gritam “Jesus é nosso rei”. Senhor Deus tenha misericórdia desta gente, diante de um fariseu, fariseu falam em seu nome. Querem enganar a quem?
EM MARÇODE 2020 FOI LIBERADO UM TRILHÃO E DUZENTOS BILHÕES PARA SALVAR OS BANQUEIROS.

Em nenhum momento o presidente isolado, como aparece no vídeo, fala de Tiradentes, ataca, governadores, prefeitos, o STF, o Congresso, enfim o povo brasileiro. O sociopata em nenhum momento diz como resolver o problema da pandemia, que está matando brasileiros. Em vez de anunciar a nação um plano de resolver o sucateamento em que se encontra a saúde publica no Brasil, faz pouco caso. Este sociopata, junto com seu tchuchuca, Ministro da fazenda Paulo Guedes, liberaram (UM TRILHÃO E DUZENTOS BILHÕES REAIS PARA OS BANQUEIROS). Outro que nada fala nada é o ministro da justiça, o MARRECO do Sergio Moro, herói dos Bolsonaristas, defensor da moral e bom costumes, o honestíssimo, leiam as noticias. (https://noticias.r7.com/hora-7/e-farsas/a-esposa-de-sergio-moro-esta-envolvida-em-corrupcao-na-apae-16062018)

 

Fora a questão do Banestado que foram desviados bilhões de dólares para exterior e estava na mão do Marreco. Vejam A história esquecida do Banestado onde o juiz Moro liberou todos os culpado tucanos  (https://www.youtube.com/watch?v=fZiE4AcJI5Y )


O feriado nacional foi instituído pelo general golpista Castelo Branco em 1965. O atual presidente da república volta e meia exalta a ditadura militar, mas no fundo ele é contra, e odeia o Exercito brasileiro. Ele como sociopata admira os torturadores daquele período, como o criminoso torturador do coronel Brilhante Ustra.(https://www.youtube.com/watch?v=xiAZn7bUC8A). Ele quer se utilizar das Forças Armadas para reprimir o povo brasileiro e coloca-la submissa aos interesses dos EUA.
BAIXAR AS CALÇAS.
Hoje dia 21 de abril, dia do nosso mártir, herói da independência, o presidente da Republica que se diz nacionalista não faz um pronunciamento a respeito. Ele está mais para Silveiro dos Reis do que para Tiradentes.
As atitudes antinacionais ficam claras vejamos: 1)em 2019 mais de duas mil empresas nacionais privadas foram fechadas só em SP. 2)Aqui no RJ em Itaguaí, foram paralisadas as obras de construção dos submarinos, desempregando seis mil trabalhadores especializados de imediato, estes submarinos estavam sendo construídos para a defesa principalmente do nosso Pré-Sal, e a Marinha brasileira permitiu. 3)Permitiu entrega da EMBRAER à falida Boeing americana, repassando nossos conhecimentos na área aeroespacial e desempregando mais brasileiros. 4)Esta entregando a nossa base de lançamento de foguetes construída pelos brasileiros, em Alcântara no Maranhão, par aos gringos. 5)Está sucateando nossas refinarias da Petrobras, que hoje operam com apenas sessenta por cento da sua capacidade e importando mais setenta por cento da gasolina, gás de cozinha, óleo diesel consumida no Brasil dos EUA.6) Sancionou e aprovou a “reforma” da previdência, que fará com que nunca mais um trabalhador se aposente, pois terá de contribuir durante quarenta anos ininterruptos. E entregou aos banqueiros o dinheiro das contribuições. 7) Quer instituir a Carteira de Trabalho “Verde Amarela”, com o lema da sua campanha, “desemprego com direitos trabalhistas ou emprego sem direitos trabalhistas”, ou seja morte de fome, aos trabalhadores, além de extinguir o Ministério do Trabalho, para acabar com a fiscalização das empresas que não cumprem as leis trabalhistas, que ele quer extinguir. Como fez com a Justiça do Trabalho dificultando as ações trabalhistas dos trabalhadores, que terão que pagar às custas judiciais. 8) Enfraqueceu os sindicatos com o fim do imposto sindical, na tentativa de extinguir os mesmos e paralisa-los na luta pelos direitos do trabalhadores e os mesmos não tem onde recorrer contra os abusos patronais, que com as leis vigentes já abusavam, imaginem sem lei e fiscalização.
Este governo que aí está, de sociopatas, traidores da pátria, criminosos, não tem um projeto para combater o desemprego, melhoria dos hospitais, da educação, da habitação, da segurança publica,” nadica de nada”, como dizia minha vó.
O psicopata e seus cupichas, junto com os doentes da alma, de forma farsante se dizem nacionalistas. O ódio a democracia e a subserviência, o baixar as calças para os EUA, envergonha a pátria de Tiradentes e Getúlio Vargas
 Boçalnaro trai e odeia a pátria. Verdade seja dita, uma continência que ele fez a bandeira americana, nunca se pareceu tanto baixar as calças. (https://www.youtube.com/watch?v=sIbJ9etApIY).
É uma grande farsa esse nacionalismo deste sociopata, assim como sua cristandade, seu amor e solidariedade ao próximo, que junto com alguns fariseus de igrejas ditas “evangélicas”, até católicos, são uns “sepulcros caiados”, enganadores, que se utilizam bíblia para enriquecerem o apoiam.
A pandemia do corona vírus, desnudou estes fariseus, farsantes, enganadores, mostrou que o que estão fazendo é nada, são defensores do modelo econômico do “Estado Mínimo “ para o povo e máximo para os sistema financeiro, os banqueiros e que vivem da especulação com dinheiro publico.  Todas as grandes dificuldades que estamos vivendo eles insistem em manter quando dizem que temos que voltar ao “normal”. O que de normal havia? Carca de quatro milhões de miseráveis que vivem no Estado do Rio de Janeiro, “morando”, por exemplo, beirando na linha do trem, nas favelas, sem saneamento. O “normal” de assassinar mais de sessenta cinco mil jovens, pobre, negro, filhos de trabalhadores nas periferias. “Normal” a morrer de milhares de brasileiros (as), crianças, idosos nos hospitais antes da pandemia, porque o Estado brasileiro, diz que está quebrado, mas paga de juros anuais, mais de um trilhão de reais aos banqueiros com dinheiro publico.
ANULAR TODOS OS ATOS PRATICADOS PELOS GOVERNOS QUE TENHAM PREJUDICADO OS INTERESSES NACIONAIS, TRABALHISTAS, PREVIDENCIARIOS E SOCIAIS.
Não queremos esse “normal”. Nós brasileiros, verdadeiros patriotas, vamos construir um NOVO BRASIL, sem essa gente no poder, um NOVO ESTADO, nacional, democrático, de maior participação e controle popular. Com soberania, justiça social, democracia.

Um NOVO ESTADO que defenda a economia nacional, as empresas nacionais privadas e publicas e as fortaleça, valorize os servidores públicos, principalmente os da educação, saúde, segurança pública. Que estado nacional fortaleça a cultura nacional, a nossa ciência. Os meios de comunicação sejam democratizados, acabando com o monopólio de cinco famílias que controlam as redes de comunicação. Estatizar o sistema financeiro, bancário no Brasil para que estejam a serviço de melhor atendimento a população. Democratização do judiciário, com eleições diretas para juízes em todas as instancias com mandato. O povo brasileiro não tem nenhum controle sobre o poder Judiciário, esse setor do Estado.
Reforma agraria, reforma urbana, valorização e preservação do meio ambiente, do nosso ecossistema, fortalecer o sindicatos.
Ou seja, um PROJETO NACIONAL de desenvolvimento soberano, democrático, com justiça social debatido com toda a sociedade. E construirmos um NOVO BRASIL.
Mas apara isso temos que urgentemente retirara do poder esses carcomidos, inescrupulosos que estão no poder, traidores da pátria.
Assim que terminar a PANDEMIA vamos as ruas construir um NOVO BRASIL, com a UNIÃO dos patriotas verdadeiros, que amam essa pátria.
UNIR O BRASIL do bem, contra os farsantes, os fariseus e construir uma NOVA HISTÓRIA.
Aylton Mattos
MOVIMENTO GETULISTA



domingo, 19 de abril de 2020

TANCREDO NEVES X GETÚLIO VARGAS

TANCREDO NEVES

Senhores:

Hoje, passado o tumulto das paixões e superada a luta pré-eleitoral dos interesses políticos, venho falar-vos de Getúlio Vargas e dos acontecimentos que mancharam os idos de agosto de traição, de sangue e de tragédia.

Não quero acrescentar mais um “depoimento pessoal” a tantos que já foram divulgados. Pretendo analisar as trágicas ocorrências que culminaram no sacrifício do glorioso Presidente, de maneira a ressaltar a verdade, escoimada do entulho de mentiras e de infâmias, com que foi propositadamente oculta pela imprensa facciosa e inimiga jurada de Getúlio Vargas e de seu programa de governo.

É preciso antes de mais nada procurar identificar as origens do sentimento anti-Vargas, para poder entender os objetivos da sanha implacável dos seus inimigos. Não se explica a desapiedada campanha movida contra o grande Estadista por motivações de simples ódio pessoal. Existe algo de mais concreto, de mais substancial.

A mobilização da imprensa e particularmente de certa imprensa do Rio de Janeiro contra Getúlio Vargas teve início antes mesmo do seu empossamento no governo. Inelegibilidade e maioria absoluta foram as duas primeiras batalhas que travou contra aqueles que se recusavam a aceitar o categórico pronunciamento das urnas em 1950, que o foi buscar na solidão dos pagos longínquos de São Borja, para trazê-lo nos seus braços até o Palácio do Catete. Inelegibilidade e maioria absoluta, duas teses absurdas, anticonstitucionais, espúrias, que não resistiram à sua própria fraqueza, ruindo em meio ao desaponto dos que se opunham desesperadamente ao cumprimento da vontade sacrossanta do povo, consubstanciada na sentença das urnas.

Mas não descansaram os seus adversários. Não se limitaram à ação legítima da oposição democrática. Enveredaram, desde o primeiro dia de sua investidura, pelo caminho da injúria e do insulto, detratando cada um de seus atos, condenando a priori todos os seus esforços para resolver os nossos graves problemas econômicos, financeiros e administrativos. Nessa campanha insidiosa e constante procuravam minar a autoridade do seu governo, enquanto aguardavam um pretexto suficiente para deflagrar um movimento de maiores proporções, suscetível de provocar o seu afastamento do governo.

O “caso” da correspondência com Perón, cavilosamente urdido e preparado para desencadear uma crise nacional, não obteve os efeitos esperados, pois a opinião pública não se deixou embair pela trama mentirosa e cerebrina destinada a apontar ao povo o Presidente da República como um traidor da Pátria. A exploração em torno da morte do repórter Nestor Moreira também não bastou para se erigir em motivo suficiente do movimento, visando ao afastamento do Presidente da República do poder, a que ascendera pela vontade exclusiva do povo.

Como último e desesperado recurso, promoveram os seus inimigos o processo constitucional do impeachment. Aí, no terreno seguro dos meios democráticos, Getúlio Vargas infligiu aos seus adversários calamitosa e desalentadora derrota, com os próprios deputados do partido oposicionista votando contra o descabelado processo de impeachment.

Justamente quando as forças oposicionistas amargavam essa derrota definitiva, quando lavrava nos seus arraiais a desunião, e quando os seus líderes se recriminavam mutuamente pelo revés sofrido, quando a figura do Presidente da República mais se agigantava no meio da sanha odienta de seus inimigos, eis que a fatalidade lhes oferece o esperado butim, consubstanciado no lamentável atentado em que pereceu um oficial das nossas Forças Armadas.

Agarraram-se os mentores da campanha contra Getúlio Vargas ao cadáver do major Vaz com a fúria desesperada do náufrago que depara com a derradeira tábua de salvação. Figuras corvinas de grandes líderes não deixaram um só minuto a alça do esquife mortuário do infortunado oficial, na sofreguidão mal contida do assalto ao poder.

Não é preciso lembrar aqui o que foram os vinte dias subsequentes ao atentado. Está na mente de todos nós a orgia histérica de certa imprensa, que mal escondia o seu júbilo, a sua alegria neurótica nas dobras do crepe funerário das lamentações.

“Afinal o grande pretexto”, era o que se lia nas entrelinhas das manchetes sensacionalistas. De nada valeu a serenidade do grande Presidente, que na segurança da mais completa inocência, concedeu todas as facilidades para a apuração do crime, entregou as investigações àqueles que mais se encarniçavam em inculpá-lo e abriu as próprias portas de sua residência oficial ao torvo Santo Ofício da conspiração.

Antes de entrar na análise desses inglórios acontecimentos é justo indagar: onde está a origem desse estranho rancor, desse ódio invencível, dessa incansável atividade contra o governo de Vargas, legitimamente constituído?

Dois objetivos supremos guiaram toda a vida pública de Getúlio Vargas: redenção das massas trabalhadoras e nacionalismo econômico. Esses dois termos não constituem postulados demagógicos e enganosos. A sinceridade do grande Presidente é atestada pelo acervo gigantesco de realizações empreendidas no sentido do cumprimento de seus dois propósitos supremos: toda a legislação trabalhista que emancipou o nosso operariado e todo o monumental edifício da previdência social estão aí para comprovar a constância dos esforços de Vargas em promover o bem-estar das classes menos favorecidas pela fortuna. São fatos concretos de que decorrem para os trabalhadores benefícios auferidos dia a dia, não são teses desenvolvidas teoricamente em conferências eruditas, com a assistência florida da nossa melhor elite dirigente. Volta Redonda, a espantosa industrialização de São Paulo, a Petrobrás, as colossais obras das usinas elétricas também testemunham a sua convicção nacionalista com argumentos mais concretos do que os meros enunciados de convicção pessoal.

Nacionalismo econômico e redenção das massas trabalhadoras, inspiração da vida de um grande estadista, constituíram também o motivo e a causa da sua morte. Interesses tentaculares viam contrariados os seus planos e em perigo as suas possibilidades de lucro. O Brasil autossuficiente significava a perda de um importante mercado, nesta hora em que os mercados escasseiam e os estoques se acumulam em proporções assustadoras. Os nossos progressos na siderurgia, a afirmação das espantosas qualidades técnicas do nosso operário, foram a advertência que pôs de sobreaviso os trustes interessados em nos manter no regime de feitoria de dinheiros alheios. A hidrelétrica de Paulo Afonso, em vias de conclusão, agravava as preocupações fundadas dos que temiam ver-nos alçados à categoria das nações economicamente independentes. A Petrobrás com todas as possibilidades de imediato funcionamento e de sucesso, graças às fontes seguras de recursos financeiros, lançou o pânico nos domínios da grande finança imperialista. Quando nos lançamos na elaboração do formidável plano nacional de eletrificação, consubstanciado na Eletrobrás, percebeu o truste que não era mais possível qualquer hesitação.

Lançou-se à luta, com todos os fabulosos recursos das suas arcas pejadas do dinheiro sorvido das nações subdesenvolvidas, para destruir no Brasil um governo que era responsável pela audácia nacional de querer livrar-se dos grilhões do capitalismo internacional. Toda a campanha se limitava no objetivo principal de liquidar Getúlio Vargas, porque ele simbolizava toda a resistência aos dinheiros poderosos de além-mar.

Por outro lado, encontraram os interesses financeiros internacionais um aliado vigoroso no nosso capitalismo desalmado, nos nossos homens de fortuna, que, não se contentando com os lucros assombrosos aqui auferidos, passaram a hostilizar o governo Getúlio Vargas em proporção correspondente às medidas que adotava para mitigar os sofrimentos do operariado e para dar-lhes condições de vida consentâneas com a condição humana. A fixação dos novos níveis de salários mínimos foi o elemento catalisador de toda a tempestade de ódio que se formava nos horizontes capitalistas, ameaçando o governo Vargas. Assinando o decreto de primeiro de maio, que veio assegurar ao nosso trabalhador apenas o indispensável para não morrer de fome, Getúlio Vargas assinou a sua sentença de morte.
Eis o panorama das forças sinistras que se conluiaram contra o grande Estadista. Vejamos agora os instrumentos de que se serviram.

Um partido oposicionista conservador e antitrabalhista, por duas vezes derrotado em eleições democráticas, em cujas fileiras – é preciso reconhecer – existem também verdadeiros patriotas iludidos na certeza de que servem aos seus ideais e não a interesses antinacionais – eis o elemento de fachada, a brigada de choque da grande conjura. Uma imprensa conservadora também, ligada aos interesses dos grandes capitalistas nacionais e, por conseguinte, amalgamada no ódio a Getúlio Vargas e ao seu programa de governo, eis a máquina de agitação da opinião pública e de infiltração no seio das Forças Armadas, através do ludíbrio das boas intenções de oficiais dignos e bem-intencionados, mas, ao mesmo tempo, suscetíveis a uma determinada espécie de propaganda, por isso mesmo que saídos das classes mais abastadas. Por detrás de tudo isso e acima de tudo isso, agia um grupo de notórios representantes do capital estrangeiro, de ricaços interessados em salvaguardar as suas gordas fontes de lucros em divisas. Por serem sabidamente ligados aos dinheiros estrangeiros, souberam manter-se no mais completo anonimato, arquitetando o plano cientificamente traçado de destruição do governo Vargas e velando pela sua execução, nos seus mínimos detalhes. Esses foram os verdadeiros autores da conspiração e os principais responsáveis pela morte de Vargas. Esses tristes inconfidentes da traição e da morte tinham nas mãos todos os cordões que movimentaram os títeres da implacável conspiração. É digno de nota que entre eles figuraram até mesmo antigos ministros de Vargas, pessoas que gozavam da sua maior confiança e que, ainda no mais aceso da crise, procuravam o glorioso Presidente para hipotecar-lhe solidariedade. Mas, os trinta dinheiros da traição, sobre os quais se lançaram sofregamente, identificaram perante a Nação os judas iscariotes da traição ao povo.

No que toca às Forças Armadas, cumpre ressaltar que o ato de indisciplina e deslealdade ao seu Chefe Supremo, a que foram levadas pela influência desagregadora de alguns líderes ambiciosos, é em grande parte devido à ação de um grupo de oficiais da Escola Superior de Guerra. Cônscios da sua qualidade de depositários da sagrada missão redentora, os árdegos oficiais não tardaram em descobrir o seu líder, um misto de Nagib e Salazar, fluente no manejo da palavra, senhor de uma erudição um tanto maçuda e indigesta, mas, por isso mesmo, mais fascinante para os que não estavam na medida de julgá-la nos seus verdadeiros méritos e, ainda por cima, com a tradição de uma antiga campanha revolucionária, onde teria patenteado virtudes de um condottieri militar. Não foi difícil aos maquiavélicos arquitetos da reação, aos políticos profissionais duas vezes fragorosamente repudiados nas urnas e aos jornais a serviço da conspirata, atrair para si o grupo dos salvadores nacionais e o seu belo Nagib de gabinete. Papel de relevância na trama desempenhou também outro chefe militar, candidato repetidamente derrotado pelos votos do povo, mas que nunca desistiu de dirigir esse mesmo povo que insistia em repudiá-lo.

Aí está toda a maquinaria da conjuração preparada e adestrada, que só aguardava um pretexto para se pôr em ação.


Apesar do interesse manifesto do Chefe do Governo em apurar e punir os autores do atentado da rua Tonelero, apesar da sua inocência de qualquer ato de corrupção administrativa, a sede de poder dos seus adversários não esperou sequer pelo desfecho do inquérito. Não esperou muito provavelmente por já saber, de antemão, que o inquérito não incriminaria o Presidente ou qualquer pessoa de sua família. O intelecto da conjura precisava de uma última fagulha para desencadear a crise. Elaborou-se então uma artimanha cerebrina e intrincada: a dupla renúncia.

O Sr. Café Filho deixou-se envolver na manobra. Ele, que foi amigo pessoal do glorioso Presidente, ele, que, mais do que ninguém, gozou da sua intimidade, ele, que era o companheiro alegre e constante das suas horas de lazer e frequentemente seu conselheiro em assuntos políticos, ele, o velho companheiro da jornada gloriosa de 1950, prestou-se a servir aos propósitos solertes dos conspiradores. Na véspera da madrugada triste de 24 de agosto, o Sr. Café Filho subiu à tribuna do Senado para pronunciar aquele estranho discurso. Como dupla renúncia? Podia o Sr. Café renunciar ao que não tinha? Podia ele abrir mão do que não era seu? Podia ele desistir daquilo que era apenas uma expectativa de cargo, de um projeto de mandato, de uma possibilidade de poder? O Sr. Café Filho não queria renunciar a coisa nenhuma. Não podia renunciar ao que não tinha. O único objetivo do discurso, verdadeiro beijo de judas na melancólica trama, era expor à Nação o Sr. Getúlio Vargas como um ser insensível e egoísta, como um político agarrado ao cargo, sem ouvidos para o clamor do povo e para os perigos que ameaçavam a nossa Pátria com uma autêntica guerra civil. De contrapartida, o discurso, laboriosamente arquitetado em todos os pormenores das suas frases bem pesadas, pintava à Nação o retrato de um Vice-Presidente modelo de abnegação e desprendimento. Pois bem, ainda depois de pronunciada essa estranha oração, tão grande era a estima e a confiança do Presidente Vargas no Sr. Café Filho, que, ao comentá-lo comigo, declarou-me que estava certo de que o Sr. Café procurara, daquela maneira, um recurso qualquer para defendê-lo. Não sabia então que o Sr. Café, apenas alçado ao Poder, apenas envergada a faixa presidencial ainda sangrando do seu nobre sacrifício, convidava para integrar o seu governo os mais tradicionais e virulentos inimigos do glorioso Presidente. Não sabia que, apenas elevado à Suprema Magistratura do País, o Sr. Café Filho se apressaria em atender aos interesses dos autores intelectuais da queda de Getúlio Vargas, dos agentes da finança internacional, quer dando imediata aprovação ao Plano Sakes & Klein, quer chamando para ocupar os postos-chave da administração os mais notórios advogados de dinheiros estrangeiros, quer acenando para os trustes com a revisão do esquema de aproveitamento do petróleo brasileiro em bases nacionalistas, quer promovendo a prisão em massa de operários sindicalizados de empresas estrangeiras, que reivindicavam os seus direitos numa greve passiva. Getúlio Vargas está morto, mas o povo, que é o herdeiro de sua causa, julgará por ele os vendilhões da Pátria e os falsos profetas da salvação nacional.

As eleições demonstraram que o povo repudiou o partido a serviço do reacionarismo que deseja nos conservar na dependência dos mercados estrangeiros. Ficou patente, hoje mais do que nunca, que as forças populistas, inspiradas pelos ideais de Vargas, reconquistarão o poder federal, esse poder que o povo, com os seus milhões de votos, colocou nas mãos de Getúlio Vargas e que os seus inimigos arrebataram pela força das armas.

Os atuais detentores do poder devem apressar-se na satisfação de seus desígnios. Não lhes restará muito tempo para contentar aos seus patrões de além-mar. Em outubro de 1955, o povo, com as suas próprias mãos, fará justiça aos atos que praticarem no desempenho dos cargos que lhes vieram às mãos, amaldiçoados pelo sangue do maior dos brasileiros.

Senhores:

Hoje, depois da estupenda demonstração de vigor que o povo deu nas eleições de 3 de outubro, considero ultrapassada a crise e conjurado o perigo do nagibismo-salazarista. Por isso vos falo nesses termos, ditados pela verdade e pela franqueza.
É preciso que todos conheçam a verdade para que possam escolher, em sã consciência, os que nos governarão na plenitude do mandato recebido das mãos sagradas do povo, quando for passado o período de mando daqueles que arrebataram o poder à força das espadas.

Na luta que agora encetamos, estou seguro de contar com o apoio de todos os patriotas que não acreditam ser a força das armas a instância suprema das decisões dos negócios políticos do nosso País.

Se vencermos, nos rincões da fronteira remota de São Borja, no seio da terra generosa que o viu nascer, Getúlio Vargas repousará em paz, na tranquilidade de não ter subido em vão os degraus das aras da Pátria para o supremo sacrifício. Em verdade, será a sua morte o marco da redenção de todo um grande povo.

HOMENAGEM DE TRANCREDO AO PRESIDENTE GETULIO VARGAS


Logo após as eleições de 3 de outubro de 1954 – para o Legislativo e o governo de 11 Estados – o deputado Tancredo Neves subiu à tribuna da Câmara para homenagear o presidente Getúlio Vargas.

Tancredo, na época com 44 anos, fora o ministro da Justiça de Getúlio. Na noite que precedeu ao martírio do presidente, durante a reunião ministerial, ele defendera a resistência ao golpe udeno-lacerdista. Uma testemunha relatou depois como, encerrada a reunião, Getúlio, já subindo as escadas do Palácio do Catete em direção ao quarto, voltou-se de repente e, entregando a Tancredo sua caneta Parker 21, disse: “para o amigo certo das horas incertas”. Era a despedida. Dali a algumas horas, os golpistas seriam marcados para toda a vida com a sua própria infâmia.

Nos meses seguintes, Tancredo manteve-se em silêncio. Foram meses em que Lacerda, enquanto se aproximava a data das eleições, gritava por um “regime de exceção” e o vice-presidente que assumira o governo, Café Filho, nomeava um ministério de golpistas - com uma notável exceção, que seria decisiva: o ministro da Guerra, general Henrique Batista Duffles Teixeira Lott.

Os golpistas sabiam que eram uma minoria entre a oficialidade, apesar do espalhafato, paralisante para a maioria, que promoveram nos meses anteriores. Por isso, depois da morte de Getúlio, quando tudo ficou mais claro, não se atreveram a colocar um dos seus à frente do Exército – e saíram derrotados das eleições de 1954, o que fez Lacerda berrar outra vez pelo golpe antes das eleições presidenciais, marcadas para 3 de outubro do ano seguinte.

Nessa situação, Tancredo decide falar sobre Getúlio Vargas.

Algumas coisas poderiam ser ditas sobre esse discurso, um dos mais memoráveis da história do país. Uma delas é que a Escola Superior de Guerra (ESG) de hoje não é a mesma daquela época. Mas, o julgamento severo que Tancredo faz de Távora e Eduardo Gomes (não dos revolucionários de 22, 24 e 30, mas do que eles se tornaram após 1945) já passou para a História.

Publicamos nesta página, por razões de espaço, uma condensação do discurso de Tancredo. O leitor poderá encontrar a íntegra no livro “Perfil Parlamentar: Tancredo Neves”, publicado pela Câmara dos Deputados em 2001, ou em www.tancredo-neves.org.br/discursos/243-homenagem-a-memoria-de-getulio-vargas.html.

CARTA A NAÇÃO BRASILEIRA



POR UM BRASIL SOBERANO, POPULAR, DEMOCRÁTICO, UNIDO E FORTE.
EMPREGO, SAÚDE, EDUCAÇÃO E SOBERANIA
O BRASIL ESTÁ DE PÉ!

Este País está entregue por enquanto a sanha dos predadores a serviço dos interesses mais escusos e do capital financeiro internacional, cometendo diariamente crimes de lesa pátria e lesa humanidade, por estes indivíduos instalados nas três esferas do poder, do Estado, com algumas exceções. 
Um poder  criminoso nos fere com o fim de nossos direitos trabalhistas, o desmonte da indústria nacional, a entrega das terras brasileiras, de nosso petróleo (o pré-sal), ouro, nióbio e das empresas nacionais estratégicas como a Petrobrás, Eletrobras e suas subsidiarias, Portos, Aeroportos, Casa da Moeda, da CEDAE, da Amazônia, dentre outras empresas, nos querendo fazer voltar a ser uma colônia exportadora de alimentos. Estes predadores, filhos de um golpe de Estado, entregam a quem lhes oferece mais pelas nossas riquezas, vendem o país com negociatas espúrias, com países e empresas transnacionais pelo lucro de nossa miséria, roubam o futuro com um presente despedaçado por seu esquartejamento de uma nação, o Brasil.                                                                                                                                          EM 2017 LANÇAMOS O MOVIMENTO GETULISTA  DIA, DO NASCIMENTO DE GETÚLIO VARGAS, 19 DE ABRIL EM FRENTE AO PALÁCIO DO CATETE https://www.youtube.com/watch?v=kO1VPKZBuOM                                                                  
Esta quadrilha tem um objetivo claro e preciso o fim de uma “Era”, “ERA VARGAS”.
O Brasil a partir da revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas, passou a afirmar cada vez mais sua soberania e socialmente mais justo.
Pode-se falar de todas as conquistas seja no campo social, trabalhistas: a criação da CTPS, férias, licença maternidade, salário mínimo, jornada de 08 horas, previdência social, fortalecimento dos sindicatos, justiça do trabalho, IAPIS, IAPETC, IAPAS, concursos públicos e etc.
No econômico, criação da PETROBRAS, VALE DO RIO DOCE, ALCALIS, FNM, CSN, ELETROBRÁS. A indústria privada nacional se fortaleceu.
Construíram milhares de quilômetros de estadas de ferro, ligando o Brasil de norte a sul, milhares de casas foram construídas, fortaleceu a indústria naval, construiu centenas de açudes no nordeste fortaleceu as Forças Armadas.
A “Era Vargas”, com seus avanços na direção da soberania e dignidade nacional, um governo que ousou implantar as mesmas Estatais que hoje são destroçadas capitaneadas por essa matilha que tem a frente o criminoso Temer e seus aliados do PSDB, , que levam aos extremos, o que não conseguiu o malfado presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), lacaio dos mesmos interesses e que não coincidentemente proclamava o fim da “Era Vargas”. Neste verdadeiro vale-tudo, quebram as empresas privadas nacionais, massacram-se trabalhadores, comunidades pobre, negra e indígena nos campos e nas cidades, aumenta-se a violência a níveis nunca vistos para justificar uma cruel repressão nos campos e nas cidades e em especial a todo e qualquer movimento social e brasileiro que se levante contra todas essas injustiças.
Vamos dizer apenas mais uma questão sobre este desgoverno hoje no Brasil. SÃO ANÕES MORAIS QUE ESTÃO NO PODER, HIENAS POLÍTICAS, ABUTRES DISPUTANDO AVIDAMENTE AS SOBRAS DO BANQUETE DO GRANDE CAPITAL INTERNACIONAL, SEUS VERDADEIROS PATRÕES.
Nós Do  Movimento Getulista de Libertação Nacional, conclamamos toda Nação Brasileira a resistir, nas ruas, nas fábricas, nos locais de trabalho, nas câmaras municipais e estaduais, ocupando estas ultimas com nossas reivindicações e em especial e em conjunto a Câmara Federal, o Senado hoje o verdadeiro antro de apoio (salvo raras exceções) a essa política de extermínio a qualquer possibilidade de soberania e desenvolvimento nacional.


Que tremam os vendidos, os traidores da pátria, pois o povo brasileiro não se curva, não se submeterá, não deixaremos que roubem nossa pátria e nos coloquem na miséria.

OS BRASILEIROS NÃO SE RENDERÃO AOS CANALHAS DE PLANTÃO

O Brasil de Getúlio Vargas não se renderá!
O Brasil dos heróis dos Guararapes não se renderá! 
O Brasil de Duque de Caxias não se renderá!
O Brasil de José Bonifácio Andrada não se renderá!
O Brasil de Tiradentes não se renderá!
O Brasil de Zumbi não se renderá! 
O Brasil de Tancredo Neves não se renderá! 
O Brasil de Ulysses Guimarães não se renderá!
O Brasil de Brizola não se renderá! 
Os brasileiros não se renderão!
“Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém”. Getúlio Vargas
POR UM BRASIL SOBERANO, POPULAR, DEMOCRÁTICO, UNIDO E FORTE.
EMPREGO, EDUCAÇÃO, SAÚDE E SOBERANIA.
CADEIA PARA OS TRAIDORES DA PÁTRIA.
MOVIMENTO GETULISTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL 
(DIREÇÃO NACIONAL)

“Getúlio Vargas político exemplar


Nestes tempos de aviltamento e descrédito dos políticos e das instituições, avulta a personalidade de Getúlio Vargas, que governou o Brasil por 19 anos e dedicou-se à política durante 37 anos (governador do Rio Grande do Sul, Ministro da Fazenda, deputado estadual e federal, senador), deixando exemplos de honorabilidade, virtudes republicanas e total consagração aos interesses do povo e da Nação.
Os 66 anos decorridos do suicídio do estadista - o mais trágico episódio da história nacional – revelaram de maneira inquestionável que os filhos de Dna. Darcy e de Getúlio (Lutero, médico e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro, Alzira, advogada, Jandira, do lar, Manoel, engenheiro agrônomo e ex-vice-prefeito de Porto Alegre) não acumularam bens materiais, como também seus irmãos Viriato, Protásio, Espártaco e Benjamim. Na verdade, Getúlio zelou com pulso firme pela integridade dos cofres públicos nos longos anos de poder, sendo quinze de regime autoritário, exceto na vigência da Constituição de 1934 até 10 de novembro de 1937, início do Estado Novo que perdurou até 29 de outubro de 1945, quando as Forças Armadas o depuseram.
 A revista O Cruzeiro, que fazia parte da rede de jornais e rádios denominada Diários Associados, quase quatro anos após a morte de Vargas, mandou à sua terra natal, São Borja, RS, um de seus melhores jornalistas, Arlindo Silva, para fazer reportagem (publicada dia 19.04.1958) sobre o inventário do ex-Presidente.
No derradeiro mandato getulista (1951 a 1954), os Diários Associados fizeram feroz e implacável oposição, com virulentos ataques pessoais ao Chefe da Nação, e certamente estavam ávidos de divulgar que Vargas juntara fortuna.
Quedaram-se frustrados, pois o inventário de Getúlio Vargas mostrava que ele possuía as mesmas propriedades de quando assumiu o poder, herança de seus pais, acrescidas de um apartamento no Morro da Viúva, Rio de Janeiro, adquirido com financiamento da Caixa Econômica Federal.
Em matéria de sete páginas, a revista O Cruzeiro esmiuçou os haveres de Vargas e reconheceu sua absoluta honestidade. Quando o corpo ensangüentado de Vargas com o coração dilacerado pelo tiro que ele mesmo disparou foi encontrado no Palácio do Catete, na manhã de 24 de agosto de 1954, todos puderam observar a extrema simplicidade dos seus aposentos, que até hoje podem ser vistos intactos no Museu da República, RJ.                             A única CPI no governo Vargas (arquivada por inconsistência) teve por motivo o jornal Última Hora, fundado por Samuel Wainer em 1951, com financiamento totalmente pago do Banco do Brasil, que revolucionou a imprensa, impresso em cores, paginação moderna, articulistas de renome, colunas com notícias de sindicatos, valorização da classe jornalística através de salários condizentes pagos em dia, e, naturalmente, defesa apaixonada da linha nacionalista de Vargas. O regime militar perseguiu e inviabilizou a continuidade do jornal Última Hora.
Lamentável que grande número de nossos livros didáticos de História, por puro preconceito de seus autores, não publiquem a Carta-Testamento de Getúlio Vargas, escrita com o próprio sangue do personagem que fincou os alicerces do Brasil moderno e do caminho para uma sociedade fraterna e igualitária. Alguns omitem até a existência da Carta-Testamento.                                                                                                                                                                     Lançamento na ALERJ em agosto de 2017                                                                                                        https://www.youtube.com/watch?v=PG-pJDZyQhQ.                                                                                                                                             

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Vargas não teve influências do fascismo: de novo retomando o “fio da história”





Quando escrevi o artigo “As raízes que originaram a criação da CLT: Uma tentativa de retomada do fio da história” o objetivo foi dar algum subsídio histórico contra a difamação que setores trotskistas e anarquistas faziam em perfis de redes sociais, há alguns meses, rotulando Getúlio Vargas como fascista. O que eu não esperava é que alguns integrantes do Nova Resistência viriam ao embate para reivindicar as tais influências fascistas em Vargas.
Que Vargas não era comunista os próprios trabalhistas confirmam isso e com muita veemência. Elementos até com muita consistência ainda confirmam que Vargas, após a intentona Comunista de 1935, tornar-se-ia um anti-comunista, muito mais por entender que o comunismo estava associado a uma ideologia estrangeira do que uma crítica ao comunismo em si, ou seja, à doutrina e à ideologia.
Agora, imputar a Vargas que o mesmo bebeu das fontes ideológicas do fascismo é revisionar a história brasileira. Então, vejamos, mais uma vez, e com outros elementos:
Teoricamente, e em parte na prática, o Estado Novo para Getúlio Vargas foi a expressão tentativa do modelo castilhista de Estado, da qual rejeitava o corporativismo e adotava a democracia do tipo direta. O corporativismo fascista foi, de fato, a influência do ministro da justiça de Vargas, Francisco Campos, mas ficaria circunscrito ao castilhismo varguista. Como a organização corporativista proposta por Francisco Campos implicava uma “medievalização” do país, uma vez que entrava em atrito com o capital estrangeiro e fechava a economia nacional na administração dos seus recursos naturais, Getúlio deixaria os planos corporativos do seu ministro relegados ao esquecimento e, mais tarde em 1942, romperia por completo com Campos.[1]
A proposta corporativista de Francisco Campos foi repelida por Getúlio. A idéia de Campos da qual “O Estado assiste e superintende [mediante o Conselho de Economia Nacional, de viés corporativo], só intervindo para assegurar os interesses da Nação, impedindo o predomínio de um determinado setor da produção, em detrimento dos demais”[2] implicava, no terreno econômico, perda de forças do Estado empresário e centralizador da tradição castilhista e da necessidade prática visto que o capitalista brasileiro, assentado no extrativismo e exportação agricultural, não se dispunha ao risco de investimento na revolução industrial, exigindo assim que o Estado fosse indutor, investidor e gestor industrial.
Para restar poucas dúvidas de que o modelo Estadonovista é fiel ao castilhismo e difere do corporativismo fascista, Francisco Martins de Sousa no Raízes Teóricas do Corporativismo Brasileiro explana nos seguintes termos:
“Em síntese, pode-se apontar a fidelidade de Vargas ao castilhismo nestes aspectos:
a) O governo é uma questão técnica, matéria de competência (o poder vem do saber e não de Deus ou da representação). A tarefa legislativa não pode ser delegada aos parlamentos, mas a órgãos técnicos. Preferiu estes ao arcabouço imaginado por Francisco Campos. Além disto, pode-se dizer que universalizou essa praxe de elaboração legislativa, mantendo-a no nível da Presidência e dos Ministérios e estendendo-a aos Estados.
b) O governo não é ditatorial [do ponto de vista getuliano] porque não legisla no vazio, mas consulta as partes interessadas. O princípio castilhista que se exercia mediante a publicação das leis e a resposta do governante às críticas, sob Vargas, no plano nacional, assume esta forma: os técnicos elaboram as normas legais; os interessados são convidados a opinar; e o governo intervém para exercer função mediadora e impor uma diretriz, um rumo. Em vários níveis essa modalidade achava-se institucionalizada em Conselhos Técnicos, com a participação dos especialistas, dos interessados e do Governo. Além disto, a parte orçamentária está submetida a controle idôneo (no castilhismo, da Assembléia, que só tinha essa função; sob Vargas, do Tribunal de Contas, prestigiado pela presença de notáveis).
c) Os esquemas corporativos (sindicatos profissionais, tutelados pelo Estado) foram adotados para a realização do lema comtiano da incorporação do proletariado à sociedade moderna. Mas acrescidos de dois intrumentos que lhes deram não só perenidade como eficácia: a Justiça do Trabalho e a Previdência Social. No terreno econômico, Vargas iria preferir a intervenção direta do Estado. A primeira usina siderúrgica não ficou nem em mãos do capital estrangeiro nem em poder de particulares, mas foi assumida diretamente pelo Estado. Essa intervenção, no regime castilhista, não deixava de ser mera retórica, a que Vargas daria efetividade.”
Outro ponto de grande divergência de Vargas com o fascismo está no campo cultural.

Na semana de arte moderna de 1922 haviam várias expressões culturais visando traduzir o Brasil. Os mais importantes deles eram os Movimentos Antropofágico e o Verde-Amarelismo.
O Verde-Amarelismo era composto por nomes como Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia, Cândido Mota Filho, Alfredo Élis e Plínio Salgado. O movimento foi criminosamente taxado como fascista por causa da participação deste último. A rotulação de fascismo é sem fundamento, já que Salgado nem tinha concebido a AIB ainda, e só o faria alguns anos depois de manter contato com o regime de Mussolini.
O rompimento de Plínio com os verde-amarelistas se dá exatamente por causa que Del Picchia e Ricardo divergem com ele sobre as influências fascistas no movimento. Após o rompimento, no início da década de 30, o verde-amarelismo se desdobra, mais tarde, em integralismo (em 1932) e bandeirismo (em 1935). Sobre as divergências, Cassiano Ricardo afirmaria que “[…] O integralismo é contra a liberdade individual, como acontece nos países de regime totalitário; a ‘Bandeira’ é pela valorização do brasileiro como indivíduo e como ser social; […] o integralismo é contra a democracia, porque é pela ditadura; a ‘Bandeira’ é pela democracia e mais propriamente por uma democracia social nacionalista.” [3]
Ao longo da década de 1940, Vargas se apropriaria da produção desta corrente do modernismo e, assim, Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia e Candido Mota Filho iriam tornar-se, em diferentes graus, ideólogos do Estado Novo, escrevendo artigos na imprensa diária em que defendiam as bases doutrinárias do regime.[4] Cassiano Ricardo assumiu a direção do jornal A Manhã, porta-voz do regime, e a chefia do departamento político-cultural da Rádio Nacional. Já Candido Mota Filho assumiu a direção do DEIP (Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda) de São Paulo. A trajetória desse grupo ao longo de três décadas revela os vínculos que existiram entre a ideologia do Estado Novo e a do modernismo materializado na corrente do movimento Bandeira.
O que concluímos, desde o artigo anterior, é que a doutrina do Estado Novo, calcada no castilhismo, foi extremamente original, uma construção autóctone brasileira de quem pensava o Brasil pelo Brasil fazendo a devida antropofagia das experiências externas sem colonização mental, com influências que abrangem do positivismo ao socialismo utópico, passando pela Doutrina Social da Igreja Católica e que remonta à raízes do período Pombalino. Logo, o fascismo não foi, nem de longe, alguma influência determinante sobre o pensamento getuliano.
Vargas, quando no exílio em São Borja, concede uma entrevista ao jornalista Décio Freitas onde diz: “Saint-Simon foi o meu filósofo. Na minha juventude eu o li muito, exaustivamente. Mandei vir da França uma edição completa das obras dos saint-simonianos, editadas em Paris, nos meados do século passado. Não li todos os volumes, mas li muitos. Quem me influenciou foi Saint-Simon, não Auguste Comte. Os que conhecem estes filósofos sabem das diferenças marcantes entre eles.”[5]
Por fim, em 10 de março de 1947, Getúlio discursa numa convenção do PTB onde define vários pontos do programa do partido. Em determinado tempo de sua fala ele diz: “Desejo apenas, antes de me afastar inteiramente da vida pública, deixar no Partido Trabalhista Brasileiro um componente novo, uma força de equilíbrio que atenda às aspirações dos trabalhadores e eleve a nossa cultura como a expressão doutrinária do socialismo brasileiro.”[6]
Por Léo Camargo
A Voz do Brasileirismo: Nacionalidade em Rebeldia