terça-feira, 30 de março de 2010

OBAMA: REFORMA DA FALHA DO SISTEMA DE SAÚDE...

O sistema de saúde mais caros, de forma mais desiguais do mundo, não pode ser reformada sem abordar os lucros excessivos da medicina privatizada, atribuído às seguradoras e laboratórios.

Obama conseguiu recolher em nome de um candidato da mudança do voto popular, particularmente em torno de sua proposta de sistema de saúde universal, e grande parte dos votos da burguesia americana. Duas forças sociais ainda mais contraditória do que a crise está aí eo abismo défice. Com a batalha pela reforma do sistema de saúde, seus excessos e suas questões, o momento da verdade chegou.

O sistema de saúde E.U. é o mais caro do mundo, porque é inteiramente nas mãos dos seguros privados, as empresas farmacêuticas que estabelecem preços livremente e médicos cujas taxas estão entre as mais altas do mundo. Resultado, ele engoliu 17, 5% do PIB, enquanto exclui 46 milhões de pessoas, 15% da população. Uma figura crise s'aggraveavec: perder o emprego, muitas vezes significa perder o seguro de saúde, negociado pela empresa. Barack Obama, antes de concordar para salvar a gigante General Motors, por outro lado exigia um ataque contra o grupo da Convenção de saúde, rasgado pelo poderoso sindicato United Auto Workers. Um dos princípios orientadores da sua reforma é também que a saúde é um negócio muito caro. Programas públicos como o Medicare para os idosos e Medicaid para o cuidado dos indigentes prestar apoio de forma muito parcial para os pacientes e principalmente despejar bilhões de assistência pública, nos casos de seguradoras e laboratórios, cujos custos têm foi diminuída ou negociados.

O cartão de crédito antes que o cartão tem vital enorme super-lucros em alguns setores do capitalismo americano? Capa melhor, enquanto reduz os custos para as empresas e garantir lucros super das seguradoras e laboratórios, é um desafio impossível, para o qual Hillary Clinton já quebrou os dentes. Diante de tantas questões financeiras, podemos entender melhor o efeito dos ataques, em pleno verão, vivamente conduzido pela direita republicana, companhias de seguros e da American Medical Association. Isto não impede que aqueles que comparam Obama a Hitler - querendo matar o doente e velho para reduzir os custos de cuidados de saúde - para negociar pacificamente a reforma no Senado, nos seus melhores interesses.

A "público do único-pagador", que iria baixar os preços da saúde, a medicação é a única opção, liderada pela esquerda radical, que foi claramente rejeitado por Obama. Qual é o cuidado de apresentar uma reforma específica, mas deixa para o Congresso para encontrar um compromisso entre as empresas e indústrias de saúde cachimbada em torno da questão: quem vai pagar E.U. $ 1.000 mil para reformar o sistema de saúde, 8 % de aumento nos gastos anuais com a saúde, a duplicação do déficit E.U.. A direita conservadora e os lobbies da saúde não têm dificuldade em dizer "Você, de 250 milhões de americanos que já têm problemas para pagar a sua saúde que vai pagar ainda mais, com cheques ainda mais importante para o acesso aos cuidados. E esse discurso funciona, por falta de alternativas. Para o acesso de todos aos cuidados de qualidade, não há necessidade 1.000 bilhões de dólares, reduzir o custo da saúde privatizados, abordando os lucros superiores aos do sector privado.

Franck Prouhet

domingo, 28 de março de 2010

ELEIÇÕES 2010 - A GUERRA COMEÇOU - MIDIA COLONIZADA QUER ELEGER SEU CANDIDATO SERRA/FHC

Começou a "Operação Tempestade no Cerrado"

O PT é um partido sem mídia...O PSDB é uma mídia com partido...- por Mauro Carrara, jornalista

“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.


A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.


Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.


A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.


As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque:

1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.


2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.


3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.


4) Elevar o tom de voz nos editoriais.


5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.


6) Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.


7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.


8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.


Quem está por trás


Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.


É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.


A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.


Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.


O conteúdo


As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.


Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.


Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.


Criam deturpações numéricas.


A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso.


Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.


O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.


Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.


A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.


A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.


Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.


É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.


Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.


É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.


Crimes anônimos na Internet


Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.


Três deles merecem destaque...


1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.


2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.


3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.


O que fazer


Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.


Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.


Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.


São cinco as tarefas imediatas...


1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.


2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.


3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor!

FIM MELANCÓLICO DE SERRA E JÁ VAI TARDE!

Para cumprir exigências legais, o governador Serra vai renunciar ao governo de São Paulo e preparar sua candidatura presidencial.

Contrariando seus correligionários, o tucano paulista retardou ao máximo essa definição.

Pagou um preço alto por isso: Aécio Neves pulou do barco no fim do ano passado e deixou Serra pendurado na brocha.

Nesse mesmo período, a pré-candidatura Dilma ganhou apoios e subiu bastante nas pesquisas, estando praticamente empatada com o provável candidado do PSDB.

Mas tragédia pouca é bobagem. O cronograma de conclusão das principais obras do governo paulista está bastante atrasado, sepultando boa parte das inaugurações com as quais Serra pretendia dar um grand finale ao seu mandato.

Não ficarão prontas, por exemplo, todas as novas estações do Metrô prometidas para este ano, o Rodoanel trecho Sul também estourou os prazos e a Marginal do Tietê continua um caos completo.

Tudo isso somado à greve dos professores, dos trabalhadores da saúde e a operação padrão dos delegados de polícia.


Essa quantidade imensa de más notícias só não provoca estragos maiores porque o governador tem uma poderosa aliada: a grande imprensa paulista.

Jornalões, revistas, emissoras de rádio e televisão, seja qual for o veículo, eles usam a “máxima Ricupero” de jogar debaixo do tapete as barbeiragens da administração paulista.

Nesse quadro, até a sucessão de Serra, antes considerada jogo de cartas marcadas, agora pode se tornar uma disputa acirrada.

 A oposição caminha para construir uma ampla unidade e até a prosaica definição de quem será o escolhido de Serra para tentar sucedê-lo ficou para a última hora.

Nivaldo Santana.

sábado, 27 de março de 2010

TUCANARAM A MARINA

Se a prática é mesmo o critério da verdade, como não constatar o óbvio: tucanaram a Marina. Nem bem a ex-senadora petista começou a desandar o caminho percorrido, se assomam oportunistas de plantão, com estiloso bico e bela plumagem, ávidos para colocá-la no figurino da reação. Para dizer o mínimo, é grotesca a caricatura.

Gente que pela ação ziguezague vai, coberta de títulos e de nariz empinado, da extrema esquerda à direita sem nenhum tipo de constrangimento, abraçando as teses centrais do neoliberalismo, mas com discurso e verniz de progressista. Uma pose ridícula e estéril, de quem ataca amigos para tornar-se palatável aos até então inimigos: a candidatura Serra e os setores mais retrógrados da mídia. Na prática, um arremedo de terceira via que camufla as intenções obtusas do auto-proclamado “liberalismo sustentável e da descarbonização”. Identificados como tucanos verdes, reagem verborragicamente, atribuindo o carimbo – óbvio por demais – à “satanização do debate”.

Buscando tangenciar o inadiável confronto de ideias, um dos expoentes do PV no Rio, Alfredo Sirkis diz que os “verdes” não estão à esquerda, mas à frente do governo Lula, pois seu partido estaria tentando “incorporar o que ele trouxe de bom e o que herdou de FHC”. E vai além: “Não houve herança maldita, e o Lula sabe disso”. Em poucas palavras a política neoliberal de Estado mínimo, privatização, desnacionalização, arrocho, desemprego e precarização de direitos foi obra do além. Fernando Henrique Cardoso era só o presidente na ocasião. Aliás, pelas palavras de Sirkis, ficamos sabendo que FHC inclusive deixou uma gorda herança, que o presidente Lula talvez não tenha aproveitado tão bem. Esse Lula...

Privatismo

Numa espécie de sub-legenda do PSDB, o novo PV, abraçado agora por figurinhas carimbadas da reação, como Eduardo Giannetti da Fonseca, declara apoio a Marina por esta, segundo ele, expressar compromisso com a “austeridade fiscal”, combatendo o Estado pesado e ineficaz. Qualquer semelhança com o elefante privatista não é mera coincidência.

Ao mesmo tempo, Giannetti volta a bater na surrada tecla de “enxugar gasto” diante dos riscos da “pressão inflacionária e do desequilíbrio nas contas externas”. Enquanto adverte que “não adianta aumentar o PIB de qualquer maneira”, o astuto pensador diz ter “muitas dúvidas técnicas sobre o pré-sal” – a quem acusa de “economia suja” – e reclama que, com as ações implementadas, some-se a elas o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), “o Brasil está querendo dar um passo maior que as pernas”.

Assim, enquanto o país é tema palpitante de eventos internacionais, com empresários, governos e movimentos sociais reconhecendo a destacada atuação e exemplo do governo brasileiro, da sua afirmação do papel indutor do Estado no combate à crise, da importância do fortalecimento das políticas públicas, da relevância do investimento na área social, os tucanos verdes surtam. E morrem pela boca. “Vamos ter de enxugar o gasto do governo. Vamos ter de aceitar algum sacrifício agora para melhorar o futuro”, diz Giannetti. Quem duvida da dimensão realmente espetacular das bobagens, pode conferir: está no panfleto dos Frias do último domingo.

ARTHUR HENRIQUE*
* é presidente nacional da CUT

SETORES DA MIDIA AGEM DE MÁ-FÉ.FIQUEM ATENTOS,ALERTA O PRESIDENTE LULA.

“Eles queriam que o país estivesse numa desgraça. Que tudo desse errado”, afirmou.


O presidente Lula criticou o comportamento faccioso de setores da mídia sobre os fatos que estão ocorrendo no Brasil atualmente. “Quando alguém quiser fazer uma pesquisa sobre a História do Brasil e sobre o governo Lula e tiver que ficar lendo determinados tablóides, esse estudante vai estudar uma grande mentira neste país”, denunciou o presidente. Ele salientou que a mídia “age de má-fé”. “E quando o cidadão quer ser de má-fé, não tem jeito”, acrescentou.

As afirmações foram feitas nesta quarta-feira (24), na solenidade “Territórios da Cidadania em Foco”, em Brasília. Na ocasião o presidente alertou para as manobras que parte da mídia vem fazendo para interferir no processo eleitoral deste ano. “Nós estamos vivendo um ano que vai começar a ficar delicado. Do ponto de vista político, é extraordinário, porque nós estamos consolidando a democracia no Brasil. Do ponto de vista administrativo, nós precisamos ficar muito atentos, porque é um ano que vai ter muitos embates”, alertou o presidente, lembrando que “tem gente que fica incomodado quando as coisas começam a dar certo”. “Eles queriam que o país estivesse numa desgraça. Que tudo desse errado”, afirmou.

Segundo Lula, na medida em que a imprensa brasileira “não aponta com exatidão o que vem sendo feito no País em termos de programas sociais, obras públicas e desenvolvimento, o governo tem que ficar provando todo dia o que está fazendo”. Ele denunciou que para tentar desgastar o governo, “eles têm predileção pela desgraça”. “Acabei de inaugurar 2.000 casas, não sai uma nota. Caiu um barraco, tem manchete”, disse. “É triste quando a pessoa tem dois olhos bons e não quer enxergar, quando a pessoa tem direito de escrever a coisa certa e escreve a coisa errada”, destacou.

MANOBRA

O comportamento tendencioso da mídia, denunciado por Lula, faz parte das manobras dos setores retrógrados do país com o objetivo claro de interferir no processo político brasileiro. Os donos de jornais vêm fazendo campanha a favor de José Serra desde há muito tempo, pelo menos desde 2002 quando ele perdeu para Lula. De lá para cá Serra nunca deixou de aparecer como candidato a presidente nas páginas dos principais jornais e nos canais de televisão. É sempre apontado como candidato presidencial dos institutos de pesquisa ligados a esses órgãos de imprensa. Usa uma estatal paulista para fazer propaganda em todo o país. Mas, para a mídia, quem está fazendo campanha não é o tucano, é a ministra Dilma Rousseff.

Alardeiam que a entrega das obras por parte da ministra é campanha antecipada. Dizem isso ao mesmo tempo que promovem abertamente as ações de José Serra. Reclamam cínica e repetidamente que a ministra da Casa Civil e o presidente da República estão inaugurando obras. Ora. Eles queriam o que? Que o governo não fizesse as obras e não tocasse os programas sociais? A justiça eleitoral, acionada por eles várias vezes com acusações de campanha antecipada, negou todas elas. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) considerou todas as ações da oposição como infundadas e afirmou que a ministra e o presidente não estão fazendo nada de errado. Ao contrário, segundo os juízes, Lula e Dilma estão cumprindo rigorosamente as suas obrigações constitucionais ao inaugurar obras.

A insistência da oposição tucana e de setores da mídia em acusar a ministra apesar de todas as decisões do TSE em contrário pode perfeitamente ser caracterizada como uma atitude de má-fé. O termo jurídico para isso é “litigância de má-fé”, ou seja, a utilização indevida e repetida de ações judiciais já negadas sobre o mesmo tema. Está mais do que claro que eles estão usando de má-fé ao entrar toda hora com ações deste tipo ao mesmo tempo que fazem campanha pró-Serra. E o Judiciário deve estar atento para evitar esse mecanismo antidemocrático, ilegal e oportunista da oposição tucana, estimulada pela mídia golpista.

TRABALHANDO

Na opinião do presidente, o governo não pode aceitar esse jogo da oposição. “Não podemos deixar que os embates deste ano eleitoral paralisem os programas sociais. Temos que ter muito cuidado”, disse. “É assim que determinados setores da imprensa se comportam para fazer a cobertura. É assim. Eles sabem o que está acontecendo no país. Se não quisessem saber pelos seus olhos, saberiam pelas pesquisas de opinião pública. Ainda assim, não querem saber. E nós vamos trabalhando, porque a única coisa para vencer isso é trabalhar. Nós não temos tempo de parar para resmungar”, completou.

É compreensível que as oposições estejam tão nervosas neste início de 2010. A campanha nem começou e o seu candidato, apesar de todo apoio que recebe da mídia, não para de cair nas pesquisas. Já a ministra Dilma, que deverá ser homologada em junho candidata do PT para as eleições presidenciais de 2010, ao conduzir com seriedade e competência suas funções à frente do ministério mais importante e espinhoso do governo Lula, vem recebendo apoio crescente da opinião pública. Mesmo trabalhando direto desde as primeiras horas do dia até altas horas da noite, a ministra, com sabedoria e habilidade, vem sendo cada vez mais reconhecida pela opinião pública. Ela é vista como a principal auxiliar do presidente Lula. E, por seu belo desempenho, mais e mais pessoas chegam à conclusão de que ela é a pessoa melhor capacitada para levar adiante os projetos do atual governo.

Ainda durante o evento em Brasília, o presidente Lula disse que não se deve ter receio dessa mídia. Ele lembrou o episódio de 2003 quando, no primeiro ano de governo, colocou um boné do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Lula disse que não se rendeu aos ataques da mídia. “A partir daquele instante, eu passei a colocar qualquer chapéu na cabeça. Nunca mais me cobraram. Eles vêm para cima, se você se acovarda, eles ganham. Você não tem por que temer. Não temos vergonha do que fizemos nesse país. Nós todos vamos ser medidos pelo que nós fizemos”, completou.

SÉRGIO CRUZ