Embaixadora norte-americana é declarada persona non grata e expulsa do Equador
O governo do Equador declarou “persona non grata” a embaixadora dos Estados Unidos no país, Heather Hudges , e pediu que ela deixe o território equatoriano no menor tempo possível, informou na terça o chanceler equatoriano, Ricardo Patino. A medida se deu logo após uma reunião ocorrida na segunda-feira(4) em que Hudges não deu informações esclarecedoras à chancelaria equatoriana sobre um telegrama enviado por ela à embaixada dos Estados Unidos em 2009, cujo teor foi revelado pelo site Wikileaks. No telegrama, a diplomata afirma que o presidente Rafael Correa teria nomeado membros da polícia mesmo sabendo que havia contra eles suspeitas de corrupção.
Em entrevista à Telesul, o chefe de Relações Exteriores manifestou sua indignação contra a postura da embaixadora, justificando que ela não fez nenhum esforço para desmentir as revelações do Wikileaks. “Não podemos admitir que uma representante informe dessa maneira a seu país”, disse. Segundo Patino, Hedges alegou que “não tinha nada a declarar”.
O chanceler equatoriano classificou de “falsa e absolutamente irresponsável” a informação vazada pelo site e reiterou que o presidente Correa tem atuado com “muita firmeza” para melhorar a polícia.
Por sua vez, o chefe de Estado equatoriano destacou que a relação entre os dois países vive um bom momento, “mas é lamentável que entre os bastidores se façam essas coisas, espie a nossa polícia, tratando de envolver o nome do presidente da República em casos de corrupção”.
Correa disse esperar que o episódio não prejudique as relações entre as duas nações, “mas se prejudicar, que pena, pois aqui vamos fazer respeitar a soberania do nosso país”, afirmou.
O governo equatoriano emitiu um comunicado na segunda em que cobra do governo norte-americano explicações sobre as afirmações “maliciosas e temerárias” de sua embaixada no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário