sábado, 23 de abril de 2011

Lula: “defendo um fundo público para financiar os partidos nas campanhas”



O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o financiamento público de campanha seja um dos pontos principais da reforma política atualmente em discussão no Congresso Nacional. No vídeo gravado para o site Mobilização BR, Lula afirmou que “para a gente acabar com a corrupção”, “eu defendo a proibição de dinheiro privado e a constituição de um fundo público como tem em outros países”.

O depoimento foi feito durante a reunião em que o ex-presidente discutiu com senadores, deputados e lideranças do partido a posição do PT sobre a reforma.

Lula defendeu que é preciso mostrar para a sociedade a importância de fortalecer os partidos políticos. “No fundo o que nós queremos é valorizar os partidos políticos.

Porque quando você faz uma negociação, tem que negociar com o partido. Não pode ser com um grupo dentro do partido. Não pode ser com pessoas dentro do partido. É com o partido. E você pode comunicar a sociedade: eu fiz um acordo com tal partido, ele vai ter um Ministério, ele vai trabalhar na campanha.

Isso fica muito claro, à luz do dia. Partido é coisa séria”, frisou. “Por isso é importante a fidelidade partidária”, destacou o ex-presidente.

Lula fez uma convocação para mobilizar a sociedade em defesa da reforma política. “Nós temos que conversar com os partidos de esquerda, com o PMDB, com os outros aliados, com o movimento sindical, com os estudantes.

Temos que conversar com as organizações da sociedade para saber que tipo de reforma a gente pode construir”.

E se dispôs a auxiliar nas conversações para que se chegue a uma reforma próxima do consenso. “Eu disse ao meu partido que estou disposto a participar das conversas com os partidos todos que eles quiserem. Que eu estou disposto a participar com o movimento social.

Estou disposto a fazer quantos atos forem necessários desde que a gente contribua para que o Brasil tenha uma reforma partidária que possa melhorar e muito a vida política do nosso país”, anunciou.

Mas afirmou que, “para eu participar disso tem que se construir um consenso com as forças políticas que estão dentro do Congresso Nacional, sobretudo aquelas que apoiam a minha presidenta”.
HP

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