quinta-feira, 14 de abril de 2011

China repudia ingerência dos EUA com uso da questão dos direitos humanos como pretexto



O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, em declaração à imprensa em Pequim, exigiu que “os EUA parem de interferir nos assuntos internos chineses usando a questão dos Direitos Humanos como pretexto. Estamos firmemente contra essa atitude dos EUA. China e EUA estão em desacordo nas questões do Direitos Humanos sobre o que estamos dispostos a dialogar em condições de igualdade e respeito mútuos. Mas não aceitamos interferência em nossos assuntos internos”.





A declaração do governo chinês à agência Xinhua aconteceu logo após os EUA publicarem um informe anual sobre Direitos Humanos em todo o mundo no qual critica a situação dos Direitos Humanos na China.

Hong Lei disse ainda que “o governo da China dá grande importância à proteção dos Direitos Humanos. Com um crescimento econômico contínuo melhoramos constantemente a democracia, o sistema legal, o desenvolvimento cultural e todos os grupos étnicos na China desfrutam de liberdade e amplos direitos”. Hong Lei sugeriu que “os EUA reflitam sobre sua própria situação em relação aos Direitos Humanos em vez de atuar como paladinos dos Direitos Humanos. Os EUA devem deixar de interferir nos assuntos internos dos outros países com seus informes de Direitos Humanos”, concluiu o porta voz do Ministério de Relações Exteriores da China.



O relatório anual dos EUA sobre Direitos Humanos é utilizado na Comissão dos Direitos Humanos da ONU para levar este organismo a pressionar inúmeros países no mundo de acordo com os interesses americanos. O Brasil também foi contemplado na “peça de acusação” dos EUA e Hillary Clinton criticou o Brasil sem levar em conta que a situação de seu país quanto ao assunto não lhe confere o menor direito de criticar o Brasil ou a qualquer ouro país.

Nem uma única vez essa Comissão da ONU mencionou os problemas que ocorrem dentro dos EUA quanto aos Direitos Humanos e muito menos em relação às violações de Direitos Humanos nas prisões de Abu Graib no Iraque, em Guantánamo ou no Afeganistão onde, há poucos dias, a revista alemã Der Spieguel publicou fotos denunciando as atrocidades contra civis cometidas por soldados das tropas de ocupação dos EUA naquele país.

Cabe à Comissão dos Direitos Humanos da ONU discutir com mais profundidade e isenção a questão e definir um Relator Especial da ONU para investigar os Direitos Humanos nos EUA.

                                                                                           
                                                                                    
ROSANITA CAMPOS

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