quinta-feira, 28 de abril de 2011

1º de Maio: Centrais vão às ruas por menos juro e mais emprego


No Dia do Trabalhador, terá manifestações no Vale do Anhangabaú e na Barra Funda 



No próximo domingo, 1º de Maio, Dia do Trabalhador, as centrais sindicais brasileiras voltam às ruas em defesa de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda. Entre as bandeiras unitárias levantadas pela CUT, Força Sindical, CGTB, CTB, NCST e UGT estão a valorização do salário mínimo, redução da taxa de juros, fortalecimento do mercado interno, defesa do pré-sal e da Petrobrás, fim do fator previdenciário, redução da jornada para 40 horas semanais e valorização das aposentadorias.

“O patamar de juros praticado no país é provavelmente a maior anomalia da economia brasileira”, afirmou o presidente da CUT, Artur Henrique, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República (ver matéria abaixo).

Neste ano, a CUT vai comemorar o 1º de Maio, em São Paulo, no Vale do Anhangabaú, trazendo uma homenagem ao continente africano. Com o tema “Brasil-África: fortalecendo a luta dos trabalhadores”, a festa contará com várias atividades que incluem um seminário internacional, oficinas culturais, exposições, exibição de filmes, apresentação de manifestações culturais afro-brasileiras, culminando com uma grande manifestação no centro da capital.

As demais centrais comemoram o Dia do Trabalhador na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, também defendendo a redução dos juros, redução da jornada, entre outros pontos.

O enfrentamento a essa “sangria” representada pelo gasto com os juros, na avaliação da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), é determinante para que o país continue se desenvolvendo com base na ampliação do mercado interno. “Temos feito várias ações no sentido de acabar de vez com essa história de aumento de juros por parte da equipe econômica.

O resultado deste aumento reflete na economia e nos investimentos básicos. Desta forma, o governo penaliza o setor produtivo e privilegia a especulação, atraindo recursos predatórios para o país, ressaltou Antonio Neto, presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores), durante manifestação das centrais contra o aumento dos juros.

De acordo com Paulo Sabóia, presidente da CGTB-SP, também é preciso combater a crescente desnacionalização da indústria. “São mais de 70 bilhões de dólares que estão indo para fora a título de remessa de lucro, a título de lucratividade de empresas que foram compradas por estrangeiros e que estão mandando o dinheiro para fora do país, dificultando o nosso crescimento”, alertou.

Outro ponto que merecerá destaque, lembrou Danilo Pereira, presidente da Força Sindical São Paulo, é a luta pelo Trabalho Decente, com o combate à precarização e às terceirizações que penalizam as condições de vida e trabalho do conjunto das categorias. “Teremos conferências estaduais neste ano e manter a unidade das centrais para lutar pelo trabalho decente é fundamental, assim como para garantir a redução da jornada para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário”, ressaltou.

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