quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fiesp condena aumento do IOF sobre
o consumo: tem que baixar os juros

Um dia após a extensão para dois anos a cobrança de IOF de 6% para empréstimos externos, o Ministério da Fazenda elevou o IOF de 1,5% para 3% sobre todas as operações de crédito de um ano ou mais para pessoa física, excluindo apenas os financiamentos de imóveis, para supostamente conter a alta da inflação. “As medidas adotadas recentemente visam moderar o nível de atividade. Não queremos uma queda abrupta da economia, mas sim evitar excessos a fim de conter pressões de alta da inflação. O que desejamos é crescimento sustentável com inflação sob controle”, frisou Mantega, em palestra em São Paulo. Mantega admite que o objetivo da medida é “moderar o crédito” e reduzir o “ímpeto da demanda”.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, a medida não é suficiente para conter a alta de inflação. “Está na hora de estimularmos a produção. Você controla preço é com a oferta, tem de ter consumo mesmo”, sublinhou. “É uma medida [a elevação do IOF] que acaba onerando para retrair o consumo. Nós temos de parar de ter medo de consumo, porque, sem consumo, não há investimento. E sem investimento, não há crescimento. E sem crescimento, não há empregos novos”.

Conforme Skaf, só a redução de juros pode fazer com que o país cresça, mantendo o controle dos preços. “Juros altos como única ferramenta de combate à inflação no Brasil já cansaram”, ponderou: “Precisamos de outras medidas, a começar pela redução da taxa de juros”, ressaltou o empresário.
HP

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