sábado, 23 de abril de 2011

União Africana renova em Washington o
repúdio aos bombardeios dos EUA/Otan

Enquanto Obama e Sarkozy se recusam a parar com os bombardeios à Líbia, a União Africana reafirmou sua oposição a uma intervenção militar na Líbia. “Nós nunca estivemos a favor de ações militares contra a Líbia. Desde os primeiros momentos consideramos que a situação na Líbia deveria ser resolvida por meios políticos”, afirmou à imprensa estrangeira no dia 20 Jean Ping, em nome da União Africana, em Washington.

“Nosso mapa de rota é suficientemente claro em relação à solução na Líbia. Desde que o Grupo de Contato para tratar das questões de Líbia se reuniu no Catar a União Africana observou que estamos tendo ações militares e devemos passar a buscar soluções políticas”.

“Os ataques aéreos da Otan/EUA à Líbia encobrem o sumiço da oposição líbia ao governo Kadafi”. Ela desapareceu, afirmou um jornalista na Agência de notícias Xinhua.

Na emergência de encontrar quem tenha as mínimas condições de disputar o poder com Kadafi os EUA/Otan anunciaram hoje que vão mandar tropas para Benghazi “para treinar as tropas oposicionistas”. O que significa invadir o território Líbio. Hillary Clinton afirmou que EUA vão contribuir com a “ajuda humanitária” de 25 milhões de dólares.

A Subsecretária Geral da Assuntos Humanitários da ONU e Coordenadora dos Serviços de Emergência do órgão, Valerie Amos, afirmou na quarta-feira (20) que a ONU é capaz de entrar na Líbia usando meios civis. “O provisionamento de ajuda humanitária pode entrar na Líbia por meios civis. Não chegamos ao ponto de que as provisões tenham que ser protegidas por tropas militares”, afirmou Valerie depois de visitar a Líbia no domingo (17).

O Emir do Catar visitou na segunda-feira (18) a Casa Branca para tratar “de assuntos de interesse dos dois governos”. No dia seguinte, deu entrevista em Washington anunciando que seu governo estaria disposto a dar armas aos rebeldes líbios. Interpelado por jornalistas americanos se isso já estaria acontecendo, ele respondeu: “Não tenho certeza, mas se estiver é apenas de dois dias para cá”.

                    
ROSANITA CAMPOS

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