Para Contec, “escalada de juros criará economia dos cemitérios”
“Quanto maiores os juros, mais atraem dólares baratos para serem ‘engordados’ aqui dentro e devolvidos para o Exterior. Tanto é que a esperada valorização do dólar em relação ao Real não ocorreu com a Selic a 11,25%”, afirmou Lourenço Prado, presidente da Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito), ao condenar a escalada dos juros promovida pelo Banco Central.
“O que não se fala é que os juros de 11,25% já praticados somados a prática de enxugamento de moeda circulante e as ameaças de corte no Orçamento Geral da União da ordem de R$ 50 bilhões, não funcionaram ainda como o esperado”.
“A demanda pelas matérias-primas e commodities brasileiras no exterior, obrigam a nós brasileiros a pagar no mercado interno os mesmos preços de exportação. Ou seja, o consumidor brasileiro se torna vítima da inflação que o próprio governo cria com a política desenfreada de juros altos. Política, feita sob medida para atrair especuladores que ajudam o governo a sustentar sua imensa dívida pública”, disse no artigo, publicado no site da entidade, “Escalada de juros criará a economia dos cemitérios”.
“O que a escalada de juros vai propiciar, acreditamos, é um estrangulamento da economia. Com suspensão dos investimentos produtivos, com aumento do desemprego e com estagnação das atividades geradoras de riqueza, que encontramos na indústria, na agricultura e no setor de serviços. Conseguiremos com esta escalada da taxa Selic criar a economia dos cemitérios. E isso não interessa nem ao governo Dilma e muito menos ao povo e aos trabalhadores brasileiros”.
HP
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