quarta-feira, 23 de março de 2011

“Oh, doloroso fim dos patriotas desterrados!/ Oh, cansaço dos corações!/ Voltai o vosso olhar para esse dia e renovai-vos.// A vós, canalhas pagos para corromper o Povo, escutai!/ Apesar das inumeráveis agonias, crimes, cobiças,/ Apesar das formas vis de roubo das cortes, aproveitando a simplicidade do pobre para roubar o seu salário,// (…) // Entretanto jazem os cadáveres nas valas recém-abertas, os sangrentos cadáveres dos jovens// (...) Esses mártires suspensos das cordas, esses corações atravessados pelo sombrio chumbo,/ Frios e hirtos, parecem, mas algures perdura a sua incólume vitalidade.// (..) Não há um único morto pela liberdade em cujo túmulo não cresça uma semente de liberdade, dando sementes também,/ E os ventos levam-nas e elas voltam a germinar e alimentam-nas as chuvas e as neves”.

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