quarta-feira, 30 de março de 2011

Ato contra arrocho toma o centro de Londres


Centenas de milhares de ingleses lotaram o Hyde Park e depois Trafalgar Square na marcha convocada pela principal central inglesa o Trade Union Congress – TUC contra as medidas de arrocho baixadas por David Cameron.
 
O pacote prevê o corte de 50 mil empregos e de programas sociais, para econommizar 120 bilhões de dólares do orçamento, tudo para garantir o pagamento de dívidas aos bancos.
 
A manifestação, uma das maiores já assistidas pelos londrinos, foi reforçada pela presença de ingleses vindos de todo o país. O secretário-geral do TUC, Brendan Barber “Os milhares que chegaram a Londres falam por suas comunidades quando exigem que os desempregados voltem a trabalhar e que a economia seja revitalizada através do crescimento e impostos justos”.
 
Aos trabalhadores na indústria uniram-se estudantes, professores, aposentados, médicos e integrantes de muitos outros setores.
 
Entre os ameaçados está o sistema NHS – o Sistema de Saúde Nacional. “Vamos dizer a eles que não vamnos permitir que destruam aquilo que tomou gerações para ser construído”.
 
“Vão atacar serviços cruciais que aglutinam nossas comunidades e vão atingir mais duramente os mais pobres e os mais vulneráveis. O governo diz que não há alternativa, mas ela existe. Vamos manter as pessoas trabalhando e a nossa economia crescendo. Vamos taxar os bancos para nos pagarem pela bagunça que causaram”, afirmou o sindicalista.
 
Entre as medidas de “austeridade” o corte brutal nos recursos para universidades púlbicas que fez as anuidades das mesmas chegarem a até 9.000 libras (13.400 dólares) por ano.
 
O secretário de Educação, Michael Gove, logo após o ato disse “reconhecer que há preocupações públicas sobre os cortes planejados”. Mas insistiu que “o governo não vai mudar sua estratégia”.
 
Dave Prentis, secretário geral da central sindical Unison, dirigiu-se às enfermeiras presentes e afirmou: “Todas vocês sabem que já não há mais pessoal suficiente para o atendimento nos postos de saúde”.
 
“Foi lançada uma guerra contra os bombeiros e a demonstração de hoje é o começo da resposta em forma de luta. Eles acham que vamos ficar assistindo e sofrendo aumento de impostos, cortes de salários, desemprego, e devastação de nossas aposentadorias causadas por Cameron e Clegg. Devem esperar é a maior rebelião já vista”, afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Bombeiros.
 
O líder da central Unite, Len McCluskey, declarou que a marcha era a ponta do iceberg. “Milhões se opõem aos cortes. Existe uma ira crescente que vai se construer à medida que os cortes comecem a surtir efeito”.               
HP

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