Requião: congelamento do salário mínimo é um erro
O senador Roberto Requião (PMDB/PR) reiterou em pronunciamento na tribuna, segunda-feira (28), que foi contra o projeto do governo federal que fixou o salário mínimo em R$ 545,00, preferindo votar na proposta que elevava o valor do piso nacional para R$ 560,00. “Eu votei R$ 560,00 e acho que esse congelamento do salário mínimo foi um erro”, afirmou.
Requião rechaçou a nota de um colunista do “Correio Braziliense”, segundo a qual ele estaria pressionando o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), por mais espaço na Casa e, para assegurar este espaço, teria até votado favoravelmente ao salário mínimo de R$ 545. “É uma canalhice do jornalista! Ou ele é absolutamente desinformado, ou a nota trata-se de ignorância córnea ou má-fé cínica”, disse. “Eu não negocio na política, eu não troco, eu não compro, e eu não vendo. E eu não votei a favor dos 545 reais”, frisou.
Em seu discurso, o ex-governador do Paraná lembrou que quando Lula assumiu a presidência em 2003 enfrentou dificuldades porque recebeu uma “herança maldita do governo Fernando Henrique”. Porém a atual política econômica encaminhada por Guido Mantega (Fazenda) não tem justificativas, pois Lula deixou o país em boa situação. “A herança do presidente Lula é uma herança de bonança”, enfatizou.
O senador disse também que considera “absurdo” o projeto que cria a Autoridade Pública Olímpica, aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada, pois ele propõe que seu presidente não poderá ser demitido nem pelo presidente da República, a não ser por um flagrante delito.
Roberto Requião observou ainda que, além de “inamovível”, essa autoridade terá poderes para prorrogar os contratos das concessões comerciais dos aeroportos do Rio de Janeiro, sem consultar a Lei de Licitação ou qualquer restrição jurídica, por prazo que se estenderá até o final dos jogos. “Espero que isso seja liminarmente liquidado no Senado da República”, afirmou.
HP
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