segunda-feira, 22 de agosto de 2011

“Modelo privatista é a causa da crise educacional no Chile”, afirma Camila
 
 
“A crise no sistema educacional chileno é conseqüência da introdução do modelo privatista de economia neoliberal no setor durante a ditadura de Pinochet”, afirmou na terça-feira a presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile - FEUCH, Camila Vallejo.
 
A líder estudantil acrescentou que “a educação em seu país deve deixar de ser um produto de mercado e retomar seu caráter social, para fortalecer a independência do país e a igualdade de acesso ao conhecimento”.
 
Vallejo enfatizou que “as imposições do mercado erradicaram os espaços de crítica, do estudo que aprofunda o conhecimento, dos debates, ou questionamentos nas universidades, ou seja elas foram transformadas em fábricas rasteiras de diplomas”.
 
A ditadura não só atacou as universidades públicas e reprimiu estudantes e acadêmicos, mas também as desmembrou e eliminou o seu financiamento, disse a presidente da FEUCH. Vallejo acrescentou que para que “o mercado possa cumprir seu ‘papel’ fomentou-se a criação de instituições com base no lucro privado”.
 
“Os estudantes almejam uma educação que responda ao investimento social de um Estado com projetos estratégicos de desenvolvimento, promovendo o bem-estar dos cidadãos.
 
Estudantes do ensino médio e superior em Santiago e nas regiões mais importantes do país iniciaram, em maio, um movimento de protesto que exige o financiamento da educação pelo Estado, o que vem sendo negado pelo atual presidente Sebastián Piñera.

Há uma tremenda segregação no acesso à educação no Chile, não apenas no ensino superior. O conhecimento que deve ser ensinado nas escola não pode mais seguir sujeito a um poder econômico externo”, disse Camila.

Nenhum comentário: