sexta-feira, 26 de agosto de 2011

“Faxina” é pauta da mídia, diz presidenta 



A presidenta Dilma Rousseff afirmou, na quarta-feira (24), que não vai pautar seu governo por demissões e considerou inadequado o termo “faxina”, usado pela imprensa para se referir às demissões de funcionários públicos acusados de envolvimento em supostos casos de corrupção. “Faxina, no meu governo, é faxina contra a pobreza, o resto são ossos do ofício da Presidência, e isso não se interrompe”, disse.

“Não se demite nem se faz escala de demissão, nem sequer demissão todos os dias. Isso não é de fato Roma Antiga”, ressaltou, após o lançamento do programa de microcrédito Crescer, no Palácio do Planalto. Ela assinalou que “se combate o malfeito sem se fazer disso meta de governo”. “Tanto que a forma como colocam a política do meu governo contra malfeitos chamando-a de faxina, eu não concordo com isso, acho que é extremamente inadequado”, disse.

A presidenta frisou que, em qualquer atividade inadequada que for constatada, será mantida a presunção de inocência e serão tomadas providências. “O que eu não vou aceitar, em hipótese alguma, é que alguma pessoa do meu governo seja condenada sem respeitar os preceitos da Justiça moderna, respeito aos direitos individuais e liberdades. A lei é igual para todos. Não tem quem esteja acima da lei. É importantíssimo respeitar a dignidade das pessoas e não submetê-las a condições ultrajantes”, acrescentou Dilma.

O Crescer - Programa Nacional de Microcrédito, voltado ao fortalecimento do crédito a juros mais baixos para microempreendedores individuais e microempresas, tem como meta atender a 3,4 milhões de usuários até o fim de 2013. O programa terá juros de 8% ao ano – bem abaixo das atuais taxas oferecidas no mercado, de até 60% ao ano.
O governo subsidiará o programa com recursos de até R$ 500 milhões por ano do Tesouro Nacional. Para obter o financiamento, as empresas devem ter faturamento anual de até R$ 120 mil. O valor de cada operação poderá chegar a R$ 15 mil.

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