terça-feira, 30 de agosto de 2011

A confissão de fracasso do ex-presidente FHC e do senador Aécio Neves
 
 
 
Publicado em 30-Ago-2011
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FHC e Aécio Neves
Nada a ver essas entrevistas dadas em evento, em BH, na qual dois srs. tucanos, o ex-presidente FHC e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afirmam que se a presidenta Dilma Rousseff quiser a oposição poderá ajudá-la a fazer as reformas e a "faxina" no governo.
 
As duas entrevistas são a confissão do fracasso da tentativa dos tucanos e da oposição de desestabilizar o governo via denuncismo. O tiro saiu pela culatra. O PMDB se aproximou do PT; o PV abriu diálogo com o governo; e o PR, apesar de sair da base governista, não foi para a oposição. Além disso, a presidenta Dilma tomou as medidas necessárias frente a cada caso e o PT a apoiou com aprovação da maioria da sociedade. Ao declararem que podem apoiar o governo  para fazer as reformas e a chamada "faxina", o ex-presidente e o senador não dizem que reformas.  A política eles e o partido deles não querem; a tributária, também não.
 
 
As duas entrevistas são a confissão do fracasso da tentativa dos tucanos e da oposição de desestabilizar o governo via denuncismo. O tiro saiu pela culatra. O PMDB se aproximou do PT. Frente a crise internacional e em nome da governabilidade, o PV abriu diálogo com o governo. E o PR, apesar de sair da base governista, não foi para a oposição.

Além disso, a presidenta Dilma tomou as medidas necessárias frente a cada caso e o PT a apoiou com aprovação da maioria da sociedade. Ao declararem que podem apoiar o governo  para fazer as reformas e a chamada "faxina", o ex-presidente e o senador não dizem que reformas. Quais reformas falam em apoiar? A política eles e o partido deles não querem; a tributária, também não. Assim, ficamos sem saber que reformas e a quais mudanças se referem.

Não apóiam as reformas, mas simulam defendê-las
Sobre o factóide chamado "faxina", invocado por eles, todos sabem que são as reformas política e administrativa, e não uma operação de marketing com o nome de faxina que resolverá essas e outras grandes questões nacionais. E estas reformas não têm o apoio do ex-presidente FHC e do senador Aécio.

Pelo contrário, no caso da reforma administrativa do Estado, sempre combateram com a demagogia de que aumentava os gastos com pessoal e inchava a máquina pública; e no caso da política, pregam o voto distrital, não aceitam o financiamento público de campanhas eleitorais e querem por fim ao voto obrigatório e a reeleição. Esta última, aliás, só foi aprovada em 1997 para dar mais um mandato para FHC, mas o instituto foi bom, deu certo para o país.

O senador Aécio fala em governabilidade, mas a oposição não aprova as medidas do governo para enfrentar a crise. Como, lembrem-se, não aprovou em 2008-2009. Além do fato de o país não viver nenhuma crise de governabilidade. Pelo contrário, estamos enfrentando os efeitos da crise internacional e o governo tem uma ampla maioria no Congresso Nacional. Tanto que aprovou importantes projetos nas últimas duas semanas.

Tucanos reproduzem nos Estados coalizão política federal
Discurseira e jogo para a platéia à parte, o fato concreto é que os tucanos reproduzem nos Estados onde governam o mesmo sistema de nomeações, emendas e alianças. Seja em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, seja no Pará, Tocantins ou Goiás. É só conferir. Protestam, portanto, da boca para fora. Até porque, não querem acabar com o atual sistema de nomeações, nem fazer a reforma política.

Já  que falamos da oposição, vamos dar o exemplo concreto de como não trabalham pela governabilidade, e muito menos pelo Brasil. Agem exatamente ao contrário do que disse o senador Aécio, invocando o grande jurista e político do século passado, Rui Barbosa:"oposição ao governo contem comigo; ao Brasil jamais.”

Aliás, a propósito desse fracasso da oposição em rachar a base do governo e de sua "disposição" pró-reformas, eu gostaria que vocês lessem a reportagem Dirceu descarta racha na base governista , uma conferência que fiz em Brasília, publicada no Valor Econômico de hoje e na qual me estendo mais sobre o assunto.

Foto: site da JPSDB-SP.

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