terça-feira, 12 de novembro de 2013

OSX de Eike dá calote na Caixa e no BNDES e pede recuperação judicial


A OSX, estaleiro do falido Eike Batista, entrou no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na segunda-feira (11), com pedido de recuperação judicial, com dívida acima de R$ 5 bilhões. O pedido também abrange as subsidiárias OSX Construção Naval S.A. e OSX Serviços Operacionais Ltda.
As principais dívidas bancárias são com a Caixa Econômica Federal, de R$ 1,1 bilhão, e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de R$ 400 milhões. Mesmo com a iminente derrocada da OSX, a Caixa renovou na semana passada um empréstimo de R$ 461,4 milhões por 12 meses, a partir do vencimento em 12 de outubro.
Em nota divulgada na sexta-feira (8), o BNDES informou que “o total desembolsado em financiamentos para a empresa [OSX] se refere a um empréstimo-ponte denominado em dólares, de US$ 227,96 milhões. O valor contratado, em reais, foi de R$ 400 milhões. O referido crédito possui garantia de fiança bancária, não havendo risco direto para o BNDES”. Esse empréstimo teve vencimento prorrogado em 15 de outubro, por 30 dias.
A recuperação da OSX foi aprovada pelo conselho de administração na sexta-feira, juntamente com a trocada de comando da empresa, assumindo a Angra Partners, que já mostrou a que veio: no mesmo dia colocou no olho da rua 200 trabalhadores.
A OSX é a segunda empresa de Eike que pede recuperação judicial, a antiga concordata, em menos de duas semanas. O que era inevitável, uma vez que criada para fornecer plataformas de produção à OGX, que já tinha ido para o vinagre. A petroleira entrou com pedido de recuperação judicial no último dia 30 de outubro. No total, apenas em bônus no mercado internacional, a OGX tem de pagar US$ 3,6 bilhões.
A petroleira OGX, também do Grupo EBX, entrou com pedido de recuperação judicial no último dia 30 de outubro. No total, apenas em bônus no mercado internacional, a OGX tem de pagar US$ 3,6 bilhões.
Há menos de um ano Eike era considerado o “padrão”, “expectativa e orgulho do Brasil”, empresário com “capacidade de trabalho”, entre outras estultices do gênero, tão somente por montar empresas chamadas de “pré-operacionais”, com alguns patos caindo na esparrela. O problema é que entre esses otários estavam dirigentes de gestores de recursos públicos, como do BNDES e da Caixa.

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