sábado, 24 de outubro de 2009

O SUPREMO FALASTRÃO E A SEGURANÇA PUBLICA

Nassif:

Impressionante o senhor GM, pois sendo ele o presidente do STF, chama atenção a sua desmedida atração pelos holofotes; demonstra capacidade para opinar sobre qualquer assunto – é capaz de dar palpite sobre o resultado do jogo do bicho, a meteorologia ou mesmo interpelar Dunga sobre a escalação da seleção, enfim, não tem qualquer limite; não me recordo de semelhante a partir de um membro do STF, não necessariamente o seu presidente. [...]

Hoje, seu palpite (poderia ser o meu) foi sobre o grau de responsabilidade das instâncias federal e estadual pela chegada de armamentos estrangeiros às grandes capitais, notadamente Rio e São Paulo, aproveitando então para “arremessar a bola” para o governo federal.

Como GM é personagem de indiscutível importância, em função da cadeira que ocupa na mais alta corte do país, pressupõe-se que seja pessoa bastante esclarecida e amante da sequencia correta dos fatos, logo, ao invés de apenas reclamar sobre as efetivas responsabilidades do governo federal quanto ao controle das fronteiras do país, tem por obrigação não esquecer que, para a existência do tráfico de armas e drogas é imprescindível muito dinheiro, em quantidade suficiente para não ser possível movimentação física do mesmo (são milhões e milhões de dólares que vão prá cá e prá lá), ou seja, o primeiríssimo passo para o combate à entrada de armas e drogas no país é a busca pela identificação do caminho do numerário, pois sem dinheiro não existe negócio, não existe tráfico de nada – não me recordo, nunca ouvi falar de malas de dinheiro subindo e descendo das favelas cariocas ou paulistas, nunca ouvi falar de apreensão de significativa quantidade de dinheiro nas centenas de batidas policiais aos pontos de tráfico.

Por isto, entendo que as preocupações do presidente do STF, na próxima entrevista televisiva sobre o assunto deveriam começar pelo começo, isto é, pelo rastro deixado pelo dinheiro (investigações de serviço de inteligência poderiam levar a inúmeras quebras de sigilo bancário), algo que, estranhamente, nunca foi levado em consideração por aqueles que demonstram preocupação com a questão.

Senhor GM, SIGA O DINHEIRO.

Reblogado do Luis Nassif

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