sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Deputado repudia parecer de Tasso contra a entrada da Venezuela no Mercosul




Deputado(BrizolaNeto foto) repudia parecer de Tasso contra a entrada da Venezuela no Mercosul


O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) condenou o parecer do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) na Comissão de Relações Exteriores do Senado contrário à entrada da Venezuela no Mercosul.


“Inacreditável o comportamento do empresário e senador Tasso Jereissati. Como tucano de alto coturno, cansa de afirmar que o mundo é globalizado, que as empresas não devem ser discriminadas por serem nacionais ou estrangeiras, que a presença do Estado na economia é um retrocesso, etc, etc…Mas está encaminhando hoje [quarta-feira, 30] um relatório à Comissão de Relações Exteriores do Senado dando parecer contrário à entrada da Venezuela, a terceira maior economia do nosso continente, no Mercosul!”, disse Brizola Neto em texto postado no seu blog “Tijolaço”.


“Senhor Jereissati, não deixe os seus preconceitos ideológicos cometerem este crime contra os interesses nacionais. Se não pode respeitar um Governo eleito, que atravessou, em geral vitorioso, 14 processos eleitorais em 10 anos, respeite ao menos os interesses comerciais do Brasil. O senhor mesmo admite que o empresariado pediu a aprovação do acordo comercial. Se isso não é discriminação ideológica, o que é?”.


“O seu argumento é o ‘processo acelerado de desmonte das liberdades democráticas’ que estaria em curso hoje na Venezuela, com objetivo de garantir ‘a perpetuação do presidente Hugo Chávez no poder’. Engraçado, lá a reeleição teve de ser aprovada em plebiscito; aqui, com o apoio de Jereissati, a reeleição de FHC foi aprovada apenas no Congresso e sabe lá Deus com que ‘incentivos’ a parlamentares”, continua.


“Mas, independentemente destas questões, o que isso tem a ver com relações comerciais? O Brasil tem uma balança comercial fortemente superavitária com a Venezuela. Nosso saldo comercial com aquele país chega, dependendo do mês, a representar um terço do saldo total obtido no nosso comércio exterior. Melhor, exportamos para lá não produtos primários, mas industrializados, de alto valor agregado. Nossas exportações para lá, em 10 anos, cresceram 859% e o saldo, em 2008, foi de US$ 4,6 bilhões, o dobro do obtido com os EUA!”, questionou o deputado.







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