sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"A AFRICA NÃO PODE MAIS ACEITAR AÇÕES COLONIZADORAS"


A África não quer mais colonização, e sim cooperação. E é isso que o Brasil está fazendo. “O Brasil tem uma intensa cooperação com o continente africano”, disse o presidente em entrevista à Reuters. E tem mesmo! Além das sedes da Fiocruz e da Embrapa já instaladas em território africano, já citadas aqui, temos muito mais vindo por aí. Projetos de cooperação multilateral para produção de biocombustíveis, centros de formação profissional do SENAI nos países lusófonos da África, uma fábrica de medicamentos anti-retrovirais que começará a funcionar até o final do ano em Maputo, e até mesmo uma universidade afro-brasileira que irá formar profissionais de gestão pública, engenharia agronômica e saúde.

Nesta mesma entrevista, quando questionado sobre sua relação com Muammar Al-Gaddafi, o presidente respondeu:


“Olhe, eu tenho uma boa relação com o Kadafi há muito tempo. Eu já vim muitas vezes à Líbia, e agora estou esperando que o Kadafi possa visitar o Brasil, já que vamos ter um encontro África-América do Sul na Venezuela, em setembro, é o momento do Kadafi visitar o Brasil.”

O presidente ressaltou também que os números do comércio entre Brasil e Líbia cresceram muito nos últimos anos. E são mesmo números impressionantes: em cinco anos os negócios entre os dois países foram de US$ 32 milhões de dólares para US$ 1 bilhão e 700 milhões.


Na mesma entrevista, o presidente falou sobre os desafios enfrentados pela ONU para se adequar à nova geopolítica mundial:

“no Brasil defendemos o fortalecimento das Nações Unidas, o aumento de membros permanentes no Conselho de Segurança, que envolva africanos, que envolva latino-americanos e que envolva outros países, porque do jeito que a ONU está hoje, ela está enfraquecida e ela tem pouco poder de intermediação nesses conflitos. [...] o Conselho de Segurança representa uma geopolítica superada e não representa a importância dos países hoje.


Como é que se pode imaginar o Conselho de Segurança da ONU, os membros permanentes, não ter uns dois países africanos? Como é que podemos imaginar a Índia de fora? Como é que pode imaginar o Brasil de fora?”

Nenhum comentário: