sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Palestinos são ameaçados por Estados Unidos e Israel para recuar de pleito na ONU


No momento em que crescem as manifestações populares e governamentais em todo o mundo em apoio à decisão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de levar a solicitação de reconhecimento do Estado Palestino à Assembleia Geral da ONU, recrudescem as pressões e as ameaças aos dirigentes palestinos para que desistam de buscar o justo reconhecimento do seu direito internacional.
Basta citar as palavras do truculento ministro do Exterior de Israel, Avigdor Lieberman (o mesmo que sugeriu que se jogasse uma bomba atômica sobre Gaza): “As implicações serão duras e graves”.

Seu comparsa, o vice-ministro Danny Ayalon, foi mais específico: “A declaração unilateral de um Estado Palestino significará o cancelamento de todos os acordos”, afirmou referindo-se aos acordos assinados por Arafat e Rabin (ex-premiê israelense assassinado por haver implementado a paz com os palestinos) e que permitiram à ANP e ao Conselho Legislativo Palestino instalarem-se em áreas liberadas dos territórios palestinos.

A decisão dos palestinos de recorrerem à ONU de forma independente das negociações com Israel aconteceu após anos de sabotagem do governo da ocupação das negociações de paz propostas pelos palestinos para que se chegasse a um consenso pelo reconhecimento deste Estado.

Na terça-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que dois enviados do governo Obama retornarão ao Oriente Médio para tentar dissuadir os palestinos de apresentarem o projeto.

O presidente da NAP, Mahmud Abbas reafirmou a disposição palestina de levar o pleito à ONU.

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