sexta-feira, 9 de setembro de 2011

 DUAS LÓGICAS IMISCÍVEIS


Os mercados não gostaram da agenda de empregos e obras de Obama.
Os mercados querem mais 'ajuda' do Fed, o banco central norte-americano que ontem, mais uma vez, adiou o anúncio da esperada fase três da injeção de liquidez na economia.
O único efeito dessa politica até agora foi alimentar a ciranda especulativa nas bolsas de commodities e empoçar recursos da ordem de US$ 3 trilhões no caixa de empresas e bancos. Obama está longe de ser um Roosevelt. Os US$ 450 bi do pacote de emprego anunciado ontem não fazem um New Deal. Mas não é o acanhamento do democrata que desgosta os mercados; é, sim,  a direção do esforço. 
A única direção que interessa hoje às finanças desreguladas é a do derrame monetário que lhes permita limpar as carteiras de títulos podres e zerar seus passivos. São duas lógicas imiscíveis que impedem uma solução para a crise: a prioridade para salvar o rentismo e a urgencia em reordenar a economia e o crescimento.
Nos EUA do Tea Party e do tíbio Obama, essa pendência terá que ser resolvida nas urnas de 2012. Segue a crise.

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