quinta-feira, 8 de setembro de 2011

No Dia da Pátria, Dilma promete manter investimentos

Em pronunciamento feito em cadeia nacional de radio e televisão na última terça-feira (6), em comemoração ao “Dia da Independência”, a presidenta Dilma Rousseff comemorou a queda dos juros e garantiu aos brasileiros que o governo não vai abrir mão de “investir no crescimento econômico” e na “defesa da indústria nacional”. Ela saudou “um país que luta, sem parar, para superar os seus problemas, para ser cada vez mais independente”.

“Vamos prosseguir, a todo vapor, com nossos investimentos em infraestrutura e com nossos programas sociais. Esta é uma decisão do governo e a vontade do povo brasileiro”, disse a presidenta, referindo-se às medidas que seu governo está tomando e pretende tomar para evitar que o Brasil sofra com o agravamento da crise internacional que começou em 2008.

“Os países ricos se preparam para um longo período de estagnação ou até de recessão”, apontou Dilma. Ela avaliou também que o Brasil “por ter sido, nos últimos anos, um país que se transformou, que soube fortalecer e ampliar as oportunidades de trabalho, seu mercado interno e o poder de consumo de sua gente, está plenamente preparado para enfrentar mais este desafio”. “Os juros voltaram a baixar e a estabilidade da economia está garantida”, comemorou. “Ou seja, por mérito exclusivo do povo brasileiro, o nosso país tem melhorado, enquanto boa parte do mundo desenvolvido, infelizmente, piora”, avaliou. “Mesmo assim, estaremos bem atentos para evitar qualquer efeito mais grave da crise internacional”, destacou.

“Estar atento”, prosseguiu Dilma, “não significa ficar com medo ou ficar paralisado. Ao contrário, vamos continuar trabalhando, consumindo, abrindo e ampliando empresas, plantando e colhendo os frutos da nossa agricultura”. “O Brasil tem muito espaço para crescer - e o povo brasileiro tem motivos de sobra para ter esperança em um futuro ainda melhor”, acrescentou.

A presidenta voltou a afirmar que “a principal arma para enfrentar a atual crise internacional é ampliar e defender nosso mercado interno”. “Por isso, quero deixar bem claro que o meu governo não irá permitir ataques às nossas indústrias e aos nossos empregos”. “Não vai permitir, jamais, que artigos estrangeiros venham concorrer, de forma desleal, com os nossos produtos”, salientou.

“Precisamos crescer não só em termos de economia e de mercado. Não só em consumo de bens, mas, igualmente, na melhoria da qualidade e do acesso aos serviços públicos”, frisou a presidenta. Ela prometeu “fortalecer a economia e, ao mesmo tempo, ampliar o acesso de todos os brasileiros a uma melhor educação, a uma melhor saúde e a uma melhor segurança”. “Essas são as armas mais decisivas contra qualquer tipo de crise”, disse.

“Por isso, estamos ampliando o grande esforço que o Brasil fez no governo Lula, e, até 2014, vamos criar mais quatro novas universidades; mais 47 extensões universitárias; e mais 208 novas escolas de educação profissional e tecnológica”, garantiu a presidenta.

Ela saudou os brasileiros lembrando que o Brasil é “um país abençoado de riquezas”. Referiu-se ao pré-sal como exemplo e disse que o país “é capaz de transformar estas riquezas em bem estar para o seu povo”. “Um país que tem rumo e sabe da grandeza do seu destino é um país que luta para ser cada vez mais independente”, completou.

No dia seguinte, Dilma participou das comemorações do seu primeiro Dia da Independência como presidenta acompanhada de 32 ministros no palanque oficial. Ela chegou no Rolls Royce da Presidência, subiu à tribuna de honra instalada na Esplanada dos Ministérios. Após o Hino Nacional, enquanto caças da Força Aérea Brasileira cruzaram o céu deixando um rastro de fumaça verde e amarela, a presidente autorizou o início do desfile, com apresentação de tanques e veículos militares e policiais. Cerca de 40 mil pessoas acompanharam os desfiles.

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