EUA deixa 260 mil de fora da força de trabalho e maquia taxa do desemprego amplo para 16,7%
A taxa ampla de desemprego dos EUA diminuiu ligeiramente de 17% em novembro para 16,7% em dezembro, segundo a tabela U-6 do Bureau de Estatística do Departamento de Trabalho (BLS), curiosamente chamada de “medida de subutilização da força de trabalho”. A variação se deveu à redução da força de trabalho civil, que encolheu no período em quase 260 mil postos de trabalho.
Essa batelada de gente simplesmente desistiu de procurar emprego, por não ver como obter um, ou ao se deparar com o esgotamento do limite federal de ajuda de 99 semanas para desempregados. Mesmo sendo dezembro, época privilegiada para obter ocupação.
A medida ampla do desemprego inclui os desempregados (Tabela U-3), mais os “trabalhadores marginalmente ligados à força de trabalho” e seu subconjunto, os “desencorajados”, além dos “temporários”. Na taxa restrita, a que mais é mostrada, a redução é de 9,8% (novembro) para 9,4% (dezembro), graças ao peso maior da diminuição da base na comparação. Nas contas do BLS, o saldo líquido de empregos em dezembro (informe das folhas de pagamento) foi de 103.000.
O número é duplamente interessante, já que, de acordo com o modelo nascimento-morte de pequenas empresas (com os critérios pré-crise), 100.000 empregos seriam criados ao mês por essa via. O modelo passará a ter revisão trimestral, mas enquanto isso, em plena depressão, as pequenas empresas estiveram gerando – nas estatísticas - postos de trabalho à fantástica razão de 100.000/mês.
Outros 100.000/125.000 empregos precisariam ser criados, mensalmente, apenas para atender aos jovens que ingressam no mercado de trabalho, só para manter inalterada a atual e – gigantesca - taxa de desemprego. Mas o Bureau vê luz no final do túnel: em dezembro os empregos encolheram 16.000 na construção, mas aumentaram 10.000 na manufatura e 5.000 na mineração. Lazer, saúde e serviços comerciais e profissionais: mais, respectivamente 47.000, 36.000 e 16.000.
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