sábado, 22 de janeiro de 2011

Justiça britânica investiga propinas da Alstom nos contratos com tucanos
 
A Justiça britânica suspeita que dois funcionários da multinacional francesa Alstom foram responsáveis por organizar o esquema de pagamento de propinas a funcionários do governo de São Paulo, em troca de contratos com o Metrô paulista. Segundo os britânicos, os funcionários da empresa teriam pago mais de US$ 120 milhões em propinas para garantir contratos públicos em todo o mundo.
 
Os envolvidos seriam o presidente da unidade inglesa da Alstom, Stephen Burgin, e o diretor financeiro, Robert Purcell, que tinham sido detidos em 2010 para averiguações. Agora, a documentação dos britânicos alega que eles fariam parte de uma célula que organizava o pagamento de comissões ilícitas.
 
Segundo as conclusões do Escritório contra Fraude no Reino Unido, a rota do pagamento de propinas passava por Paris, Londres e chegava a funcionários públicos brasileiros disfarçada na forma de pagamentos serviços de consultorias. De acordo com o documento, o pagamento era uma “estratégia global” da empresa.
 
No Reino Unido a suspeita é de que o pagamento de propinas continuou em todo o mundo após 2004 e mesmo até 2010.
Na Suíça, contas em nome de 19 pessoas físicas e jurídicas brasileiras estão bloqueados, entre elas uma conta que pertenceria ao conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Robson Marinho, chefe da Casa Civil no governo Mario Covas de 1995 e 1997, quando foi indicado pelo então governador para o tribunal. Ele teria recebido US$ 1 milhão da empresa pelo favorecimento em licitações.
HP

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