sábado, 9 de julho de 2011

UE corta 40% da verba do “Fome
Zero” da Europa

A Comissão Europeia aprovou corte de 77,4% dos recursos do programa europeu de ajuda alimentar, o que representa 40% do total aplicado no combate à fome, que inclui fundos de doações privadas. A parte pública foi reduzida de 500 milhões para 113 milhões de euros.
UE corta 387 milhões de euros do programa de combate à fome

A Comissão Europeia aprovou o corte de 77,4% dos recursos do programa europeu de ajuda alimentar aos pobres. Essa redução da verba pública representa 40% do montante total aplicado no combate à fome na Europa.

O Regulamento 562/2011, expedido no dia 10 de junho, vai reduzir os recursos públicos para combate à fome de 500 milhões de euros para apenas 113 milhões. No ano passado, os 500 milhões de euros da União Europeia bancou 51% do fornecimento de alimentos para a população mais pobre, o restante é complementado por doações empresas privadas e pessoas e chega às mãos de organizações de caridade e assistência europeias, a exemplo da Caritas Italiana, Comunidade Santo Egídio e outras.

Estas entidades estão reunidas numa organização europeia denominada Federação dos Bancos Alimentares (FEBA) que apelou ao Parlamento Europeu para que não realizasse o corte.
A FEBA alertou para a grave crise que ameaça a distribuição de alimentos aos mais carentes. Com a crise, segundo a entidade já são 43 milhões de pessoas no continente sob risco de pobreza alimentar, ou seja, que não podem arcar com refeição adequada a cada dois dias.

A medida está de acordo com o conjunto de medidas dos governos europeus em que verbas de programas sociais e investimentos públicos são desviados para atender a pagamento de dívidas a bancos.

 A crise econômica, exigiria movimento inverso, ou seja, mais investimento público e fortalecimento do mercado interno, para sua superação. Agora quando se assalta países inteiros e abre-se espaço para os bancos da Europa arrebanharem estatais portuguesas, irlandesas e gregas, nem mesmo o sopão, primeira medida a que os governos recorrem quando a crise faz a fome grassar, foi poupado.
HP

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