domingo, 29 de maio de 2011

Defesa homenageia militares e civis que atuaram em Missões de Paz da ONU

Cerca de 400 militares e civis que participaram de mIssões de Paz da ONU foram homenageados pelo Ministério da Defesa. Foto:Elio Sales/Ministério da Defesa

Usando a tradicional boina azul, símbolo da atuação pacífica das forças da ONU, cerca de 400 militares brasileiros que já participaram como mantenedores da paz em missões das Nações Unidas, em áreas de conflito em todo o mundo, foram homenageados, nesta sexta-feira (27/5), no QG do Exército, em Brasília (DF), durante solenidade que comemora o Dia Internacional dos Peacekeepers.

Ordem do Dia do ministro da Defesa, Nelson Jobim, lida durante a cerimônia pelo comandante do Exército, general Enzo Peri, destacou a atuação do Brasil em missões de paz no exterior.

Em seguida, ocorreu deposição de flores em homenagem aos mantenedores de paz brasileiros que morreram em missão das Nações Unidas destinadas a monitorar ou supervisionar cessar-fogos, tréguas ou acordos armistícios e combater a violência em áreas conflituosas.

Durante a solenidade, os peacekeepers desfilaram juntamente com tropas da Marinha, Exército e Aeronáutica. Representantes diplomáticos de nações que contribuem com as ações de paz da ONU foram convidados para assistir ao desfile e participar das homenagens aos peacekeepers. A solenidade coordenada pelo Ministério da Defesa teve também a participação do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

No momento, existem 2249 peacekeepers brasileiros em missões da ONU em todo o mundo. A última missão em que peacekeepers brasileiros foram chamados a atuar foi a Força-Tarefa Marítima, aprovada pelo Ministério da Defesa, em janeiro deste ano, composta por 10 oficiais e praças da Marinha brasileira, unidade que integra a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil).

A maior missão de paz de que o Brasil participa é a Missão para a Estabilização do Haiti (Minustah), iniciada em 2004. Atuam no Haiti, hoje, 2166 militares brasileiros.
Comandante do Exército, general Enzo Martins Peri (Centro) -representando o ministro da Defesa, Nelson Jobim-; ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota; comandane da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito; chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General José Carlos de Nardi e, representando o comandante da Marinha o almirante Luiz Umberto de Mendonça (Chefe do Estado Miaor da Armada) procederam a deposição de flore. Foto: Elio Sales/Ministério da Defesa

Além de tropas militares no Haiti e da Força-Tarefa Marítima no Líbano, o Brasil possui no momento funcionários ou observadores militares em missões da ONU nas seguintes regiões do mundo: África Ocidental, 1 assessor militar; Sudão, 20 observadores militares e 2 funcionários; Libéria,1 oficial de ligação, 1 funcionário e 2 observadores militares; Costa do Marfim, 1 observador militar e 1 funcionário; Haiti, 23 funcionários; Timor-Leste, 3 observadores militares; Chipre, 1 funcionário; e Saara Ocidental, 11 observadores militares.

O Brasil tem um histórico relevante de participação em missões de paz da ONU. A primeira experiência foi o envio do Batalhão Suez, uma unidade de infantaria de cerca de 600 homens ao Egito, de janeiro de 1957 a julho de 1967. A finalidade da missão, denominada 1ª. Força de Emergência das Nações Unidas (Unef 1) era evitar conflitos entre forças egípcias e israelenses. Durante os 10 anos em que participou da tarefa, em Suez, o Brasil enviou cerca de 6300 homens ao local, tendo inclusive exercido o comando operacional da missão, de janeiro de 1965 a janeiro de 1966.

De acordo com o Ministério da Defesa, o Brasil também deu apoio à Força de Segurança das Nações Unidas na Nova Guiné Ocidental, que operou entre agosto de setembro de 1962, por meio do envio de dois observadores militares que atuavam no Batalhão Suez.

Nenhum comentário: