terça-feira, 24 de janeiro de 2012

SERVIDORES DEBATEM AGENDA DE MOBILIZAÇÕES CONTRA O ARROCHO


Serão realizados assembleias e atos nos estados e uma marcha a Brasília 

Entidades representativas dos servidores federais se reuniram na última sexta-feira para dar continuidade ao debate sobre o calendário de mobilizações referente à campanha salarial. O Conselho Deliberativo de Entidades (CDE), que reúne as entidades de base da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), irá apresentar uma proposta ao fórum nacional de entidade.

A mobilização da categoria responde à política aplicada pelo governo, que entra no seu segundo ano consecutivo sem conceder aumento ao funcionalismo. “A Confederação repudia fortemente a manutenção do discurso de arrocho que prejudica não só os trabalhadores públicos como à grande maioria da população que depende do atendimento de serviços essenciais que são obrigação do governo prestar”, afirma a entidade.

Entre as atividades aprovadas está a realização de uma jornada de manifestações nos estados entre os dias 8 e 16 de março. Conforme as entidades, a jornada será marcada por assembleias e atos unificados em todo o país, que irão culminar em uma grande marcha a Brasília no dia 28 de março.

A Campanha Nacional Unificada será lançada em fevereiro. A data exata será definida em reunião que ocorre nesta terça-feira. A expectativa é de que o lançamento ocorra no mesmo dia da retomada da frente em defesa dos servidores e serviços públicos na Câmara dos Deputados.

A Condsef debate também com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) uma ampla campanha de valorização dos servidores com o mote “Servidor público: Todos precisam. Precisamos de todos. Valorize”. E em abril, os servidores realizam uma assembleia para avaliar as propostas do governo. Se não houver proposta satisfatória, será votado indicativo de greve. 

Ainda como parte da campanha salarial, na próxima semana será protocolado documento com as reivindicações do funcionalismo junto ao Ministério do Planejamento, Secretaria Geral da República, Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Legislativo. “A implantação de uma política salarial com reposição inflacionária e valorização do salário base segue em destaque na luta dos servidores”, afirma a Condsef.

“Há consenso entre as entidades de que o cenário econômico segue apontando para uma sequência de recordes de arrecadação. O superávit primário tem superado as expectativas do próprio governo. O entendimento unânime é de que há condição para assegurar avanços importantes na administração pública. Para impedir que os trabalhadores sofram com políticas que querem restringir o necessário avanço do setor público, a unidade já está sendo construída”, destaca documento divulgado das entidades.

As negociações estão previstas para começar em fevereiro. Esta semana, o governo anunciou a criação da Secretaria de Relações de Trabalho no Serviço Público (SRT) “com o intuito de consolidar o relacionamento e o diálogo com o funcionalismo público”. A nova Secretaria substitui a atual Secretaria de Recursos Humanos.

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