domingo, 15 de novembro de 2009

BRASIL E FRANÇA APRESENTAM AO MUNDO SUA " BIBLIA CLIMÁTICA"

Os presidentes Lula e Sarkozy apresentaram hoje em Paris a "Bíblia climática" de Brasil e França para a reunião da ONU sobre clima que acontece em dezembro em Copenhague. Foto: Ricardo Stuckert/PR



Brasil e França apresentaram neste sábado, em Paris, um documento conjunto em que se comprometem trabalhar para conseguir resultados ambiciosos na reunião da ONU sobre clima (COP 15) que acontece em dezembro, na capital dinamarquesa Copenhague. Além disso, os dois países vão pressionar Estados Unidos e China para que sejam mais ousados em suas propostas de redução de emissão de gases do efeito estufa.


Em declaração à imprensa feita hoje ao lado do presidente francês Nicolas Sarkozy, o presidente Lula afirmou que americanos e chineses não podem fazer um acordo bilateral – numa espécie de G2 – com base apenas nas realidades políticas e econômicas de seus países, “sem se importar com a responsabilidade que temos que ter com o conjunto da humanidade, pobres e ricos, norte e sul”.



O documento apresentado hoje em Paris foi chamado por Lula de “Bíblia climática” e, segundo o presidente brasileiro, pode servir de paradigma nas discussões climáticas em Copenhague nos próximos dias 16 e 17 de dezembro.


Lula reafirmou que o Brasil não está brincando com o assunto, lembrando que o compromisso brasileiro de reduzir em quase 40% suas emissões até 2020 é dos mais ousados – só a diminuição em 20% das emissões relativas ao desmatamento na Amazônia equivale, lembrou o presidente brasileiro, à proposta que o presidente Barack Obama está enviando ao Congresso americano.


É importante ver que o Brasil não está brincando na questão do clima, estamos assumindo compromissos factíveis, verdadeiros, e achamos que pelas caracteristicas do Brasil podemos ajudar que o mundo reflita com mais seriedade e serenidade sobre os riscos que nós mesmos estamos causando à humanidade.


O página da Presidência da França na internet também publicou nota sobre a divulgação do documento climático pelos presidentes Lula e Sarkozy – aqui em francês e aqui em inglês.


O presidente Lula falou também sobre o julgamento do ex-militante italiano Cesare Battisti no Supremo Tribunal Federal (STF). Perguntado sobre a possibilidade de Battisti fazer greve de fome em protesto contra sua extradição para a Itália, Lula disse:


Se eu fosse o Battisti, eu não faria greve de fome. Eu fiz greve de fome, é ruim. Eu fiz seis dias, não aconselho ninguém a fazer. Eu acho que o presidente da República do Brasil pouco pode fazer quando o processo está na mão da instância superior da Justiça brasileira. O processo do Battisti está no STF e eu tenho que esperar a decisão da Suprema Corte para saber se sobra alguma coisa para a Presidência da Repúlica fazer.


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