quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Xiaobao propõe 300 anos de colonização estrangeira na China a fim de civilizá-la

Após o Nobel da Paz para Barack Obama do ano passado – recentemente apontado pelo chefe do Comitê de indicação como “um presidente com duas guerras para resolver” -, nem chega propriamente a ser surpresa que, o de 2010, tenha sido concedido a um certo Liu Xiaobo, sem qualquer expressão na China, conhecido apenas por círculos estrangeiros, e cuja única “credencial” é exatamente apoiar o império contra sua pátria.

No momento em que um alvo central da guerra cambial dos EUA contra o planeta é exatamente a China, e são feitas manobras de guerra em seu litoral a pretexto da península coreana, nada como uma provocação tipo o Nobel a esse Xiaobo para dar combustível às campanhas de mídia anti-Pequim.

Pelo jeito, de aqui em diante, para ganhar um “Nobel da Paz”, só sendo a favor de invasões e ocupações. Assim, Liu Xiaobo declarou em público apoio total às guerras do Afeganistão, Iraque, Vietnã e Coreia. Segundo ele, Bush “teve razão” em ir à guerra contra o Iraque e as críticas do senador John Kerry (o candidato democrata em 2004) eram pura difamação. Já as guerras do Vietnã e Coreia eram “guerras contra o totalitarismo” e serviram para dar “credibilidade moral” aos EUA.

Sobre seu próprio país, disse que a tragédia da China foi não ter sido colonizada por uma potência ocidental ou o Japão há ao menos 300 anos – o que a teria “civilizado para sempre”.
Isso, em um país de cultura milenar, e que precisou de lutar durante quase um século contra a ocupação estrangeira – duas guerras do Ópio movidas pelos ingleses, a partição do país em zonas de influência estrangeira, e a feroz invasão do país pelos fascistas japoneses. Foi exatamente a luta contra a “ação civilizatória” de todos esses predadores que permitiu à China se reerguer e ser hoje a segunda economia do planeta. O povo chinês se lembra muito bem do que faziam. Agora, a encenação da “cadeira vazia” em Oslo possibilitou mais uns dias à campanha de mídia contra a China.  
HP               

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