Em conferência organizada pelo Conselho Pontifício de Justiça e Paz sobre investimentos para combater a pobreza e as desigualdades sociais, o papa Francisco afirmou que é intolerável que “os mercados financeiros decidam a sorte dos povos em lugar de servir aos necessitados”.
No encontro, realizado segunda e terça-feira no Vaticano, o líder da Igreja Católica assinalou que é inadmissível que uma reduzida minoria prospere “com a especulação financeira”, enquanto a grande maioria da população “sofra as conseqüências” desta política.
Entre outros “escândalos”, o papa denunciou a “especulação dos preços dos alimentos”, sublinhando que isso acarreta em fome e exclusão. Segundo Francisco, a negação do acesso dos mais pobres ao seu próprio sustento é um atentado contra a “justiça social”.
Alertando para a desumanidade da “economia da exclusão e do desperdício”, o pontífice fez um chamamento aos governos de todo o mundo para que se comprometam “a desenvolver um marco internacional capaz de promover um mercado de investimento com alto impacto social”.
Em maio o sumo pontífice havia feito uma convocação “à redistribuição legítima dos benefícios econômicos”, argumentando que a Bíblia exige um sistema que se preocupe e ocupe dos “mais pobres e dos mais excluídos”.
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