quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Depoimentos de artistas globais contra Belo Monte são um primor de ignorância, diz Bepe Damasco da CUT/RJ

“A campanha imperialista contra a construção da usina de Belo Monte ganha defensores no Brasil entre famosos e celebridades, sempre com o respaldo político dos que fazem oposição ao desenvolvimento do Brasil”, afirmou o assessor de comunicação da CUT-RJ, Bepe Damasco, em artigo intitulado “Belo Monte : hora de passar o rodo”, onde defende a construção da Usina.

O assessor da CUT lembra no artigo que, “o Brasil caminha para ser a quarta ou quinta maior economia do planeta em alguns anos. Isso só se sustenta com geração e distribuição de energia. E devemos levantar as mãos para o céu e agradecer a matriz enérgica que temos, a hidrelétrica, limpa por excelência.

Isso significa que o Brasil deve se concentrar exclusivamente na construção de hidrelétricas? Claro que não. A correta opção brasileira vem sendo o aproveitamento do seu gigantesco manancial de água para ampliar cada vez mais sua matriz hidrelétrica, ao mesmo tempo que mantém, para uso complementar, usinas a carvão e a óleo, além de investir valores crescentes em energia alternativa”.

Ele comenta também a entrevista realizada Marina Silva, publicada pelo jornal O Globo, no sábado (3).

A entrevista é sobre o vídeo de atores globais sobre a usina de Belo Monte que, segundo Damasco, “é um primor de ignorância e atinge o fundo do poço da apelação barata quando nega que a energia hidrelétrica seja oriunda de fonte limpa”.

Marina Silva, afirma Damasco, “se despe inteiramente diante dos interesses externos e defende, pasmem, ‘a paralisação da obra e uma auditoria internacional’”. A ex-ministra, após a publicação da entrevista, pediu uma retificação afirmando que não advogou por uma auditoria “internacional”, mas por uma “independente”.

Combatendo o argumento da ex-ministra de que o vídeo só está sendo criticado porque é contra a usina, Damasco afirmou que “vídeos contra ou a favor de qualquer coisa é um direito de quem faz. Um hipotético vídeo a favor por parte dos artistas também seria objeto de críticas se cometesse erros grosseiros e primários como dizer que energia hidrelétrica não é limpa”.

“Confrontada pelo repórter com a afirmação do presidente do consórcio responsável pela obra, segundo a qual parte da área ocupada é o próprio leito do rio e que o resto será compensado numa área de preservação permanente, a ex-ministra saiu pela tangente logo no início da resposta: “Não tenho os números aqui comigo”. Nem os números nem a compreensão adequada do que significa progresso, desenvolvimento, trabalho e renda. Nada disso é incompatível com as preocupações sociais e ambientais. É apenas uma questão de opção”, conclui Damasco.

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