domingo, 10 de janeiro de 2010

O CONTO DO AQUECIMENTO GLOBAL


O professor Luiz Carlos Molion sustenta que “o

CO2 não controla o clima” e que “reduzir as emissões” não impediria um real “aquecimento global”. Mostra como a medição de temperaturas do IPCC é tendenciosa e afirma que países ricos querem é frear o crescimento dos países em desenvolvimento


De acordo com o professor Luis Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas e representante dos países da América Latina na Organização Meteorológica Mundial (OMM), “o gás carbônico não controla o clima” e “reduzir as emissões de CO2” “não impedirá “aquecimento global” algum. A afirmação foi feita em entrevista a Carolina Oms, do “Terra Magazine”.


Molion, que estuda o clima há quarenta anos, destacou que a quantidade de CO2 lançada pelo homem – “6 bilhões de toneladas/ano” – é “irrisória” diante dos “200 bilhões provenientes dos fluxos naturais – oceanos, solo, vegetação” anuais. Ele salientou que a incerteza sobre esses fluxos naturais é de “40 bilhões de toneladas para cima e para baixo”. Ou seja, existe “uma incerteza de 80 bilhões, que é oito vezes maior que o que o homem lança na atmosfera”. “Não há como controlar o clima, mas se controlar, se reduzir as emissões, não haverá impacto nenhum no clima”, acrescentou. A questão, ele assinalou, é que o clima hoje “deixou de ser um problema científico, é um problema político-econômico”.


E o cerne desse problema é que, numa situação de crescente escassez dos combustíveis fósseis e recursos naturais, os países ricos querem frear o crescimento dos países em desenvolvimento, “não querem perder a hegemonia”. Como Molion destacou, “hoje a matriz energética mundial, com exceção do Brasil, que é um país privilegiado, está baseada nos combustíveis fósseis (petróleo e carvão)”.


Quando se diz, ‘vamos reduzir as emissões’, o que se quer dizer é: “Vamos reduzir a geração de energia elétrica”. Ou seja, a produção (e a inclusão dos mais pobres). “Uma coisa é você estar com sua população em condições adequadas, como é no caso da Europa, dos EUA, do Canadá”; outra, a situação de “todos os países que ainda não têm” tal condição. “Então, precisaria desenvolver, não se consumindo como se consome nos EUA, mas com condições adequadas para viver, saúde, educação”, ressaltou.


DÉCADA DE 30



Voltando à discussão sobre o “aquecimento global”, Molion apontou que “todos os recordes de temperatura nos Estados Unidos, que têm uma série de dados bastante longa, ainda são da década de 1930”. Entre 1925 e 1946, “ocorreu forte aquecimento” e nessa época “o homem lançava na atmosfera menos de 10% do carbono que lança hoje”. Então, aquele aquecimento, “que é ainda maior que esse atual”, na realidade foi explicado “por fenômenos naturais”. O sol esteve mais ‘ativo’, praticamente não houve erupções vulcânicas, deixando a atmosfera mais limpa, e com entrada maior de radiação solar. “Depois, no pós-guerra, quando a atividade industrial aumentou, e o consumo de petróleo também, houve uma queda nas temperaturas. Ele também se referiu à época em que se doutorou nos EUA – anos 1970 – quando estava tão frio que o ‘consenso’ da época era de que se estava “entrando numa Era Glacial”.


Se não é o “CO2”, como insinuado no terrorismo climático vigente, “quem controla o clima?” A resposta em primeiro lugar é “o sol, que é a fonte principal de energia para todo o sistema climático”. Molion lembrou que “há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa da atividade máxima para a mínima”, e deverá estar em estado de atividade mínima nos próximos 22, 24 anos, segundo os registros desde a época de Galileu. Também os oceanos, “em particular o Pacífico, porque ele sozinho ocupa 35% da superfície terrestre. Então, quando ele se aquece, o clima também fica mais quente: a atmosfera, o ar, é aquecido por baixo, as temperaturas mais elevadas estão próximas da superfície”. Mas, conforme Molion, “desde 1999 o Oceano Pacífico esfria”, o que é constatado através de monitoramento e de mais de 3200 bóias que mergulham, se deslocam com a corrente marinha e nove dias depois sobem e passam os dados por satélite. “Esse sistema mostra que os oceanos, de maneira geral, estão esfriando nos últimos seis, sete anos. E, nos últimos 10 anos, a concentração de CO2 continua subindo”.


“CHUTES”


Há também o fato de os modelos de fenômenos climáticos atuais serem “uma representação ainda simples, grosseira, da complexa interação entre os processos físicos diretos e de realimentação”; que há “sérios problemas com as simulações e modelagens” – o que é resolvido através da “sintonia”, “intuição”, “parametrização” – ou, como diriam nos bancos escolares, “no chute”. E a questão de como são medidas as temperaturas que supostamente provariam o “aquecimento global”. O “Painel Intergovernamental” (IPCC), criado, por iniciativa dos países do G-7, para disseminar a tese, se recusa a aceitar as medidas feitas por satélites, através de sensor de microondas (MSU), existentes desde 1986, e mais apropriados para medir temperatura global pois fazem médias sobres grandes áreas, incluindo oceanos. Já os termômetros de superfície, os preferidos pelo IPCC , registram variações de seu micro ambiente, num raio de 150 metros e por estarem na grande maioria dentro das cidades, são afetados pelo efeito de ilha de calor, resultante da substituição da cobertura vegetal por asfalto e concreto.


Como Molion acrescentou, ainda com tudo isso precisam apelar para meios como os mostrados no chamado “Climategate” – os e-mails mostrados por hackers, em que há uma confissão de manipulação de uma série para, ao invés de um resfriamento, mostrar aquecimento. Em entrevistas anteriores, Molion havia expressado que a tese da contenção do desenvolvimento para evitar o aquecimento global é a “ressurreição da velha teoria” do malthusianismo, que dizia que a população dos países pobres, à medida que crescesse, iria concorrer pelos recursos naturais existentes. “Agora querem que reduzamos nosso consumo de petróleo, enquanto a sociedade americana, sozinha, consome um terço do que é produzido no mundo”.


O suposto “consenso científico” sobre o “aquecimento global” foi nocauteado por Molion. “Não existem consensos na ciência, ciência não é política, é experimentação. A ciência progride pelos contras que vão surgindo. Se você tem uma teoria e mostra que ela vale, e se surge um único experimento que diz o contrário, então você tem de repensar toda a teoria”. O professor também contestou as imposturas passadas aos alunos como “ciência”: “quando você olha para os livros didáticos das crianças, diz lá que o homem está destruindo a camada de ozônio, que a Terra está aquecendo, que o nível do mar vai... Isso está errado! O que nós estamos fazendo? Educação ou lavagem cerebral?”


ANTONIO PIMENTA



ENTREVISTA COMPLETA FEITA NO UOL ABAIXO:

11/12/2009 - 14h36
"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul
Por Carlos Madeiro
Especial para o UOL Ciência e Saúde
Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.


Segundo Luiz Carlos Molion, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU

Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O meteorologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.


UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?


Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.


UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?


Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.


UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?


Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.


UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.


Molion: Depende de como se mede.


UOL: Mede-se errado hoje?


Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.


UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?


Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.


UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?


Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.


UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?


Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.


UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?


Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.


UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?


Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões?Não vai mudar absolutamente nada no clima.


UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?


Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.


UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?


Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.


UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?


Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.


UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?


Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.


UOL: Mas o mar não está avançando?


Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.


UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?


Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.


UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?


Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.


UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?


Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.





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