
16 de outubro de 2013 | 12:34
Chegamos ao último dia para a solução do impasse sobre a elevação do teto de endividamento público dos Estados Unidos.
Na verdade, ainda tem por lá uma “raspa de tacho” que, como o tacho é grande, ainda permite empurrar o calote por mais uma semana.
Um parêntesis: O impasse por lá é bom para que alguns ingênuos – ou que apenas fingem que são – vejam como. mesmo no país símbolo do presidencialismo, um governante pode ficar prisioneiro do Legislativo, quando lhe falta base parlamentar. É muito “bancaninha” dizer, como fez Marina, que vai “sepultar a velha república”. Eleita presidente vai governar com quem? Vai compor uma base com atendimento de interesses locais, fisiológicos e outros “velhos republicacionismos” ou governará com os bagres?

O gráfico mostra o quanto temos parado por lá, até porque grande reservas em Euro, com a Europa na situação em que está, não é a coisa mais prudente a fazer.
Numa era onde o dólar é o padrão monetário universal e os controles cambiais tornaram-se piores que heresias, estes colchões cambiais são, praticamente, as únicas defesas contra as vazantes provocadas pelo fluxo vazante da maré de dólares com que os paìses desenvolvidos, com os EUA à frente, inundaram o mundo.

“Cria-se” dinheiro, atavés destes títulos, que vem parar por aqui e e em outros emergentes, empurrando o câmbio para baixo. E a qualquer sinal de que as coisas possam se reequlibrar, ameaçam voltar, e nos obrigam a desaguar nossas reservas no mercado para conter o câmbio e subir os juros para “pagar” por sua permanência.
É provável que os republicanos e democratas cheguem a um acordo nos EUA antes do calote. Mas o mundo parece cada vez mais inclinado a buscar mecanismos de equalização de moedas que terminem com a ditadura cambial do dólar.
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