sexta-feira, 20 de abril de 2012

Chanceler da Rússia denuncia atos violentos de ‘amigos dos EUA’ na Síria como sabotagem ao plano de Annan



O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou na quarta-feira (18) que os mercenários armados na Síria promovem atos provocativos para trazer a violência de volta e fazer falhar o plano de Kofi Annan. A declaração foi feita durante conferência de imprensa junto com o chanceler de Marrocos, Saad Eddin Ottoman, em Moscou. “Condenamos os pré-julgamentos ao plano Annan e convocamos todas as potências que têm influência sobre a oposição síria, particularmente o setor armado, a porem em prática seu papel a fim de parar a violência”.

Ele assinalou relatos publicados pela imprensa turca de que combatentes do assim chamado “Exército Livre” estão manipulando os campos de refugiados na Turquia para preparar ataques às forças sírias a partir de terras turcas.
Lavrov acrescentou que Moscou conclama a resolver todas as questões por métodos pacíficos através do diálogo sem interferência estrangeira de acordo com a lei internacional e dentro do respeito à soberania e independência dos países. Ele registrou a “perda de foco” dos assim chamados (Muy) “Amigos da Síria”, assim que ficou patente que o governo sírio tinha aceitado o plano Annan.

Em Pequim, o chanceler chinês Yang Jiechi classificou de “grande importância” a visita do ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Al Moallem. O representante sírio agradeceu “à firme posição de princípios da China apoiando a Síria nos círculos internacionais, que restaurou a esperança e o equilíbrio na política internacional”. Por sua vez, o ministro chinês expressou o ponto de vista de Pequim sobre a necessidade de “respeitar a soberania, integridade territorial e segurança da Síria”. Al Moallem denunciou ainda a escalada de atos violentos perpetrados pelos grupos terroristas armados incluindo a quebra do seu comprometimento com o plano Annan.

Em entrevista coletiva após as conversações, Al Moallem respondeu às alegações do secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, de que 250 observadores seriam insuficientes, e de que seriam necessários “aviões e helicópteros” que a União Europeia já havia se prontificado a ceder. “Nós acreditamos que 250 observadores é um número razoável, mas não sabemos para que eles querem usar aviões... contudo, se houver uma necessidade para esse propósito, a Síria está pronta para por sua força aérea à disposição da ONU... Nós temos equipamento na força aérea capaz de assumir esta missão”.

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