segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Movimentos sociais criticam governo por corte de R$ 55 bilhões no orçamento

 


São Paulo – Representantes da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) reuniram-se na capital paulista na última quinta-feira (16) e divulgaram uma nota contra o corte de R$ 55 bilhões no orçamento do governo federal, anunciado no dia anterior pelo ministro Guido Mantega (Fazenda).

Com a tesourada, o governo, que avaliava como otimista demais o cálculo de arrecadação para 2012 feito pelo Congresso, tenta garantir R$ 140 bilhões para pagamento de juros ao mercado. O corte poupou o programa de combate à miséria e investimentos em obras de infra-estrutura e construção de moradias populares. E tenta preservar saúde e educação.

“Compromissos de campanha, setores estratégicos e altamente sensíveis como saúde, educação e desenvolvimento agrário foram guilhotinados para alimentar a agiotagem, num claro desserviço ao país e ao povo brasileiro”, diz a nota da CMS, divulgada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O texto lembra que o lucro do setor bancário atingiu novos níveis recordes em 2011. “Em vez de estimular a produção nacional e reduzir os juros, estão colocando o Orçamento nacional na bandeja para servir a ganância sem fim do sistema financeiro”, aponta.

A CMS lembrou ainda o discurso da presidenta Dilma Rousseff no Fórum Social Temático de Porto Alegre e cobrou que o governo não se sujeite aos interesses do capital financeiro.

“Em vez de o governo fortalecer o papel do Estado como força protagonista do desenvolvimento e da justiça social, está limitando a sua capacidade de fomentar o crescimento, tornando o país mais vulnerável aos impactos da crise internacional”, diz a nota.

De acordo com a CUT, participaram do encontro Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação da entidade, Carlos Rogério, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Maria José, da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Edson França, da Unegro, Rubens Diniz, do Cebrapaz, e Benedito Barbosa, da Central de Movimentos Populares.

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