O governo da Venezuela, do presidente Hugo Chávez,
foi obrigado a decretar intervenção no Banco Federal, presidido por Guillermo Zuloaga, também proprietário da Globovision. O banco sofreu a medida porque apresentava problemas de liquidez, mas nossa mídia dá títulos e abre as reportagens sobre o assunto dizendo que a intervenção é porque a rede de televisão de Zuloaga faz oposição ao presidente Chávez.
O mesmo comportamento editorial foi adotado pela mídia a partir de 6ª pp, quando Zuloaga e um filho tiveram prisão preventiva decretada pela justiça pelo crime de usura genérica e formação de quadrilha configurada pela ocultação de 24 veículos. Zuloaga e o filho estão foragidos. O empresário e sua rede de TV apoiaram o golpe que por algumas horas depôs o presidente Hugo Chávez em 2002.
Nossa mídia, comprometida com a mentira, a desinformação e o desrespeito aos seus leitores, vai ter que engolir - como diria Zagalo - agora noíicia veiculada pela rede Venesivion.net - registre-se, antichavista. A rede noticia que a superintendência de Bancos, outras Instituições Financeiras (SUDEBAN) e a Associação Nacional de Bancos da Venezuela anunciaram integral apoio e respaldam à decisão do governo central de intervir no Banco Federal.
As duas instituições dizem esperar os 60 dias que as autoridades econômico-monetárias da Venezuela têm para levantar as informações e decidir se o banco volta a operar ou se será liquidado. Elas tranquilizam a população garantindo que o sistema financeiro venezuelano está "sano y sólido".
A intervenção, então, mídia conservadora brasileira, não foi porque a TV da família Zuloaga faz oposição ao governo Chávez. Como aliás, meses atrás, Zuloaga não foi impedido de deixar o país por causa disso, mas sim porque foi proibido pela Justiça, uma vez que já está condenado em alguns dos vários processos a que responde, inclusive porque sua rede de TV desrespeita a legislação de comunicações vigente no país.
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