quarta-feira, 21 de abril de 2010

EVO MORALES CONDENA O CAPITALISMO POR DESTRUIR O PLANETA

COCHABAMBA, Bolívia. — O presidente boliviano, Evo Morales, condenou o sistema capitalista, o qual qualificou de principal responsável pela destruição do planeta, noticiou a PL.

O presidente Evo Morales mostra aos assistentes um prato plástico, produto que considera contaminador do meio ambiente.

Na inauguração da Primeira Conferência Mundial dos Povos sobre Mudança Climática, Evo assinalou que esse sistema consumista é o inimigo principal da Mãe Terra, pois busca apenas lucros em detrimento da natureza.

"O capitalismo é ponte de assimetrias e da desigualdade neste mundo", reafirmou.

Perante mas de 15 mil representantes dos cinco continentes, reunidos no estádio ecológico Esteban Ramírez, da localidade de Tuquipaya, Morales leu uma carta às futuras gerações para alertar que o planeta está doente devido ao capitalismo, que tenta converter tudo em mercadoria.

Na missiva, o dignitário assinalou que essa Mãe Terra lastimada nos dá avisos com terremotos, maremotos, tsunamis, ciclones e períodos de seca, daí a necessidade de protegê-la.

No texto, Evo chamou a atenção sobre os emigrantes climáticos, aproximadamente 50 milhões de pessoas que em 2050 poderia elevar-se a 200 milhões de vítimas por causa dos impactos negativos do meio ambiente.

Também criticou a 15ª Conferência Cúpula das Partes sobre Mudança Climática das Nações Unidas, em Copenhague (Dinamarca) e o chamado entendimento dos países-membros, pois ali não foram escutadas as reivindicações das organizações sociais e dos povos originários.

No ato, oradores em representação dos cinco continentes e de uns 130 países participantes da Cúpula climática, respaldaram também a iniciativa da Bolívia de realizar em 12 de outubro próximo um referendo mundial sobre meio ambiente e constituir um Tribunal Internacional de Justiça Climática, onde sejam julgados governos e empresas que atentem contra a vida no planeta.

COLORIDA CERIMÔNIA

Uma colorida cerimônia religiosa com música boliviana deixaram inaugurada a Cúpula dos Povos sobre Mudança Climática e Direitos da Mãe Terra.

A Comissão de Amautas da Bolívia teve a seu cargo a celebração duma ancestral wajata, onde participaram sacerdotes andinos e representantes de povos indígenas dos cinco continentes.

Os amautas pediram licença ao "Pai Cosmos" e à "Mãe Terra" para advogar por posições de consenso em defesa da natureza e da humanidade ao som dos pututus, quenas e zampoñas, instrumentos típicos andinos.

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