domingo, 20 de setembro de 2009

A MIDIA OLIGÁRQUIA CONTRA AS REVOLUÇÕES

A mídia oligárquica contra as revoluções


Joaquín Rivery Tur


A estrela do Oriente não ilumina ninguém. Escurece o meio. Prepara um golpe cívico em Santa Cruz de la Sierra com os jornais também reacionários El Deber e El Mundo, que formam a poderosa trilogia dos jornais dessa cidade do leste boliviano nos infrutuosos empenhos da oligarquia para derrubar o governo de Evo Morales.


São guiados pelo egoísmo e ambições sem limites, e se ainda não conseguiram seus objetivos não é por falta de tentativas e manobras, mas Evo Morales e seu Movimento ao Socialismo (MAS) são um osso duro de roer e seus ricos inimigos estão se quebrando os dentes.

O grande aliado dos jornais é a televisão. Entre os quatro, os comícios não tão concorridos e o uso de grupos de assalto da União Juvenil Cruzenha, organização fascista, tentam vencer a grande massa que votou em Evo, ao passo que as bandas atacam aos partidários do MAS para colaborar com o terror.

O primeiro governo indígena da história de Bolívia está sob o ataque constante da mídia oligárquica, que publica mentiras abertas, semi-verdades manipuladas, enquanto oculta a grande tarefa que realiza o governo do MAS.


Nunca mencionam que, graças a esta administração humilde, a Bolívia se tornou o terceiro país alfabetizado da América Latina, que os recursos naturais agora são propriedade da nação, que foram modificados todos os contratos com as empresas petroleiras estrangeiras, que se entregaram milhões de hectares de terra a camponeses e indígenas, que se impulsionou a educação, que se fortalece a saúde para os pobres e é garantida aos idosos uma pensão mínima para sobreviverem em meio a uma crise internacional de terror.

Não só os bolivianos sofrem as consequências das campanhas midiáticas em defesa das grandes empresas nacionais e transnacionais. Antes que eles, também a padeceu a Revolução Bolivariana, liderada por Hugo Chávez.


Na Venezuela, a mídia, fundamentalmente um grupo de televisoras e jornais dos grandes empresários, apoiou abertamente o fugaz golpe de Estado de 2002 e, depois, nem sequer informou das barbaridades fascistas cometidas pelos que perpetraram o golpe, deturpou a realidade e atacou constantemente o governo bolivariano.

As grandes emissoras de televisão sempre estiveram à frente, amiúde, violando as leis. Mas os revolucionários não ficaram de braços cruzados. No ano passado, Radio Caracas Televisión (RCTV), uma das mais raivosas nos ataques contra Chávez, quem é chamado de ditador, como Evo Morales na Bolívia e Rafael Correa no Equador, teve que enfrentar a caducidade da licença de transmissão aberta, não renovada, pelo qual teve que passar à TV a cabo, com igual veneno, só que com menos alcance.


Globovisión emissora dedicada a transmitir notícias, a mais reaça contra Chávez, foi advertida há muito de que não pode divulgar notícias de fatos baseados em conjeturas, pois isso vai contra a lei.


Também seus diretivos acreditaram que continuar ativos lançando insultos contra o presidente e suas políticas sob a inútil "proteção" da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, entidade de proprietários de grandes jornais), das cruzadas internacionais sob falsas restrições e até da OEA, permitia-lhes cometer qualquer infração das leis vigentes, e foram pegos em delito tão graves como a sonegação de impostos, além de quatro processos judiciais contra eles, por diversas razões.

Os mesmos problemas e as mesmas acusações de querer eliminar a liberdade de imprensa, que ninguém pratica no capitalismo, são encarados no Equador pelo presidente Rafael Correa, que sofre os ataques da imprensa oligárquica por redistribuir um pouco mais a riqueza a favor dos pobres.

Atualmente, a emissora Teleamazonas é processada por incluir conteúdos impróprios em horários proibidos, por divulgar informação sem fundamento e instigar a manifestações populares com notícias falsas.


Desatou-se uma longa campanha de acusações contra o governo para tentar eliminar a liberdade de imprensa, como já fizeram na Venezuela e Bolívia, com qualquer medida adotada nesse respeito.

O presidente do Conselho Nacional de Radiodifusão e Televisão (Conartel), Antonio García, declarou que "não vamos ceder às pressões e vamos continuar aplicando de maneira responsável e legal a lei, como estabelece a Constituição com aqueles meios que merecem ser investigados ou processados".

Curiosamente, um comentário de um leitor publicado no jornal El Comércio, afirma: "No Equador, não esta plenamente vigente a liberdade de expressão, mas a liberdade de emprensa, já que os que controlam e têm acesso majoritário aos meios de comunicação são grupos de poder econômico, religioso e governos de turno".


As posições são firmes, mas o vice-presidente, Lenin Moreno, pediu tolerância, em declarações para a mesma Teleamazonas, e advogou por uma sanção não muito severa ao canal.

Mas antes, o presidente Correa havia exposto no seu programa semanal de rádio e televisão que, no caso da Teleamazonas, "estamos aplicando as leis frente à imprensa irresponsável que publica mentiras", e num comunicado oficial mais recente insistiu: "O velho poder derrubado entrincheirou-se nalgumas empresas de comunicação privadas para, a patir da ilegitimidade dos poderes fáticos, tentar prejudicar um governo e a verdadeira representação popular."

Mentiras: a arma preferida das oligarquias e dos Estados Unidos para aplicarem suas políticas injustificadas. Jornais e televisoras esconderam sempre os avanços dos países com governos progressistas, mas divulgarão as mais horrendas invenções contra eles.

Agora lançaram a campanha contra a Venezuela de que os pais perderão o pátrio poder.


A mesma atrocidade foi utilizada contra Cuba há décadas por meio da Operação Peter Pan, que afastou 14 mil crianças de seus pais, porque não podemos esquecer que a Revolução Cubana leva 50 anos lutando contra as macabras fantasias "anticomunistas" de Washington e contra seu grande sistema de meios de comunicação que abrange o mundo inteiro.


E sempre deu em nada. Portanto, não há razão para esperar que nesta ocasião consigam o seu objetivo. Vão perder outra vez em todos os países revolucionários, que cada vez são mais.

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