quarta-feira, 31 de outubro de 2012

EUA defende na ONU terroristas que chacinaram civis na Síria

Proposta russa que condena aqueles que praticaram atentado durante feriado sagrado do Islã, violando cessar-fogo decretado pelo governo sírio, é rejeitada pelos Estados Unidos
 
EUA e Inglaterra capitanearam a rejeição no Conselho de Segurança da ONU (CS) à declaração proposta pela Rússia, condenando o atentado terrorista em um subúrbio de Damasco.

O ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, declarou que esta atitude só pode ser interpretada como apoio ao terrorismo. Lavrov ridicularizou o pretexto da delegação inglesa de que não condenaria o atentado (ocorrido no dia 29 e com fotos divulgadas por todo o mundo, inclusive citado na imprensa inglesa e norte-americana) "por falta de maiores esclarecimentos sobre o atentado". Lavrov declarou que rejeitar a condenação "estimula os terroristas a seguirem cometendo crimes contra o povo sírio".

A agressão ocorreu em pleno feriado do Eid El Adha (considerado o maior feriado islâmico e que dura quatro dias).

O governo sírio, atendendo ao pedido do mediador indicado pela ONU para o conflito sírio, Lakhdar Brahimi, decretara o cessar-fogo unilateral durante o feriado.
Segundo o New York Times, "a direção das oposições [que é como o jornal novaiorquino designa os bandos armados pela CIA] decidiu acatar mas, as brigadas armadas extremistas declararam que não o fariam".

O atentado foi no bairro Daf Al Shouk e, segundo informa o governo sírio, tirou a vida de 11 civis e deixou outros 50 feridos. Além de danos a lojas e prédios.

A declaração da Rússia ressalta que o bairro escolhido foi um em que "islâmicos e cristãos de diversas correntes religiosas convivem".

O Ministério do Exterior da Síria destacou que estes atentados "estão tirando a vida de mulheres, crianças e idosos" e condenou a atitude inglesa que puxou a rejeição à proposta russa, destacando que a cada incidente os EUA, a França, a Alemanha e Inglaterra se revezam para atacar qualquer resolução condenando os malfeitores sempre que cometem qualquer crime.

Para o governo sírio as desculpas esfarrapadas usadas para defender os terroristas "indicam claramente a existência de uma agenda que ataca o povo sírio, suas conquistas e civilização".

O Ministério do Exterior da Síria denunciou que o ato contra Daf al-Shouk não é uma ação isolada e lembrou ataques a igrejas, mesquitas e até a líderes religiosos.

O pastor Mar Elias, da Igreja Ortodoxa Grega; a mesquita histórica de Al Umayad em Alepo; a bomba contra a Igreja Siríaca, em Dir Ezzor, foram as agressões mais recentes dos bandos armados e financiados pela CIA.

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