domingo, 9 de novembro de 2014

A Crítica Construtiva - O Rio de Janeiro ficou e esta de pé pelo Brasil!




Passado o calor do embate eleitoral, analiso o que foi a vitória do Governador Luiz Fernando Pezão, diante de três candidaturas, de dois senadores, um deputado federal e ex-governador.
Pezão era vice-governador do governo Sérgio Cabral, que se desgastou em função – em minha opinião – por não manter diálogo com a sociedade.

Nestes oito anos, o Rio de Janeiro viu grandes avanços na área econômica que acertadamente estabeleceu parceria republicana com o governo federal. Grandes obras ocorreram, como a ampliação do metrô, o Arco Metropolitano, a reativação da indústria naval, as dezenas de indústrias que se instalaram no estado. Houve política de parceria nas áreas de segurança pública, na saúde e na educação. Podemos dizer que o Rio de Janeiro voltou a progredir, depois de anos de discriminação, desde a época da ditadura. Mesmo no período do desgoverno de Marcelo Alencar, que era do mesmo partido do presidente da república, a economia do nosso estado foi sucateada.

O governo Garotinho foi ruim pelo seu personalismo e sua política de aliança de classe com o lupenzinato, com a aproximação cada vez maior com as “forças” políticas atrasadas de nosso estado (DEM) e nacionalmente (PSDB), rompendo com o PDT, quando ainda era vivo o governador Leonel Brizola.

Com o PMDB no governo, se construiu uma aliança política ampla que permitiu estes avanços econômicos. O Rio de Janeiro aproveitou bem a política de desenvolvimento implementada pelo governo do presidente Lula, não se isolando.

O ex-governador chegou a ter mais de 65% de aprovação dos cariocas e fluminenses na eleição para o segundo mandato, mas começou a despencar ao agir de forma truculenta e arrogante com a sociedade organizada, os servidores públicos, sejam professores, médicos, bombeiros, trabalhadores da CEDAE e etc. Começaram então a surgir denúncias de atitudes fora do país não recomendáveis para governantes, a meu ver como dizia os mais velhos a “perdeu a noção de perigo”. Isso deu argumento à oposição e aos setores aliados vacilantes para tentar alcançar o poder. O que ficou bem claro neste segundo turno, quando estes setores juntaram-se: PT e seus pupilos, Garotinho, Crivella, ainda pensando no desgaste do ex-governador – de um ano e meio atrás, mas a realidade hoje era completamente diferente e o candidato não era este.  



Iniciada a batalha eleitoral, o governador Pezão estava com 4% a 6% das intenções de votos nas pesquisas e os candidatos da oposição na frente, liderados por Garotinho. A oposição pensou que iria ganhar as eleições em função do desgaste, subestimou a sabedoria da maioria do povo do Rio de Janeiro, que soube distinguir, as conquistas do governo nas áreas econômicas e sociais, a aliança republicana com o governo federal e o governador que saiu.

Poucos meses antes, a maioria da oposição fazia parte do governo, que “ajudou” no projeto de desenvolvimento, na parceria republicana com o governo federal e não conseguiram fazer a crítica política ao governo. Não tinham argumentos, no máximo diziam que iriam melhorar as UPPs, UPAs e etc. Mas como confiar em uma oposição que tinha um ex-governador “garotinho”, que mostrou-se um infortúnio? Um ex-prefeito “lindinho” derrotado no município onde foi prefeito? E num pastor com cara de “bonzinho”? Sabemos como age sua igreja, com todo respeito aos seus fiéis. Então temos “garotinho”, “lindinho” e “bonzinho”. O povo do Rio de Janeiro, que teve Brizola como governador – revolucionário, grande, firme – não iria nesta conversinha de “inhos”.

 O governador Pezão com paciência e humildade assumiu verdadeiramente que era governo. Mostrou as conquistas que tivemos com a parceria com o governo federal. Não se intimidou com as críticas de parrela dos “inhos”. Foi em frente como um guerreiro que tem a verdade na consciência e na realidade. A verdade foi se impondo.  Tornou-se conhecido. Foi ganhando a consciência da maioria que viu que os “inhos” não passavam de uma farsa e que, na prática, sempre foram. Com essas características – firme e sincero – derrotou seus adversários.

Penso que é preciso avançar no diálogo com a sociedade organizada constantemente. Há muito que avançar neste terreno do diálogo social. O governo deve estar mais perto do povo, para que as “forças” do atraso – os “inhos” de hoje e amanhã – não iludam nosso povo. Certamente que não iremos acertar 100%, mas o diálogo, que sei que é uma característica pessoal do governador Pezão, buscará que se erre o menos possível.

Vamos à frente, a mudança já começou.

O Rio de Janeiro ficou e esta de pé pelo Brasil!

Aylton Mattos

                                                     


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