quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Aécio sob pressão. Todo dia, um “não renuncia”. O jogo ficou entre Dilma e Marina



Fernando Brito, Tijolaço 

 'Ciente de que não há “empurrãozinho” de pesquisas que possa fazê-lo voltar, pra valer, à disputa da vaga do segundo turno, Aécio agora se preocupa em resistir às pressões para que abandone a disputa e dê apoio Marina, já.
Hoje, na entrevista a O Globo, teve de fugir de uma “quase proposta” de participação num Governo Marina.

Os seus defensores explicam que isso poderia fazer Marina vencer no primeiro turno e, com isso, reduzir a negociação pelo apoio do PSDB.

É o que diz hoje Merval Pereira, em O Globo, sobre uma eventual renúncia do tucano:

“Não parece ser, no entanto, um movimento estratégico inteligente por parte de Aécio, que tem atrás de si um partido que pode ganhar diversos governos estaduais e precisa fazer uma bancada no Congresso que o coloque no jogo partidário. Além do mais, o senador Aécio Neves precisa necessariamente vencer a eleição para o governo de Minas, elegendo seu candidato Pimenta da Veiga e passando à frente de Dilma e Marina na disputa presidencial.”

Convenhamos, algo difícil a esta altura, mesmo em Minas.

A adesão dos eleitores de Aécio a Marina, num segundo turno, tem menos a ver com a sua decisão de apoia-la que  com a perceptível rejeição ao projeto de direita da candidata neopessebista.

E a campanha de Dilma tem muito a ver com isso.

Assessores da Presidenta se preocupam em fazê-la avançar em São Paulo, o que certamente é importante.

Tanto quanto é difícil, porque São Paulo parece presa de uma irracionalidade que torna favorito o homem que a está levando a viver um colapso anunciado noabastecimento de água.

O resultado de Dilma, embora pior, não fica muito atrás do que se registrou no primeiro turno de 2010: ela teve pouco mais de 37% dos votos válidos  e agora anda na faixa dos 31-31% dos mesmos válidos.

O movimento de recuperação que ela registrou em Minas e no Rio de Janeiro com muito mais facilidade pode se registrar no Norte e Nordeste.

Lá, muito embora franca favorita, os índices de Dilma variam em torno de 10 a 20% menores que na eleição de 2010. Recuperar metade disso significaria crescer 2 pontos e tirar outros dois pontos nacionais de Marina Silva.
Uma coisa, porém, é certa.

A recente e pesada politização da campanha de Dilma, que passou a colocar, ao lado das obras e benefícios também a luta política.

E sem luta política a eleição fica num terreno onde a mídia faz e desfaz tudo, a seu bel prazer."

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