quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Eike se alia à múlti IBM para tirar mais recursos do BNDES



O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta segunda-feira (19) a injeção de dinheiro público para financiar a construção de uma fábrica de chips em sociedade com Eike Batista e a multinacional norte-americana IBM em Ribeirão das Neves (MG).
O banco público financiará a criação da Six Semicondutores, empresa subsidiária da Six Soluções Inteligentes, do Grupo EBX, de Eike Batista, para administrar a construção e operação da unidade. Cada um terá 33% do empreendimento, com valor investido de R$ 245 milhões cada um.
Além da participação no financiamento, o BNDES oferecerá outros R$ 267 milhões, dos quais R$ 202 milhões por repasse direto e R$ 65 milhões por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), que terá participação em 7,2% da fábrica.
A Finep, a agência brasileira de fomento à inovação, aportará R$ 202 milhões em financiamento.
A outra parte das ações ficará com a IBM, a Matec Investimentos e a WS Intecs – todos americanos.
A nova fábrica começará a ser construída neste ano e seu início de operações está previsto para 2014. Segundo o comunicado, a IBM foi escolhida como sócio tecnológico do projeto por sua condição de “líder mundial” no segmento de semicondutores.
PORTO DE AÇU

No dia 11 de novembro, a siderúrgica estatal chinesa Wuhan Iron ad Steel suspendeu sua participação na construção do complexo siderúrgico do Porto de Açu, em São João da Barra (RJ) com a LLX, empresa de Eike Batista, alegando que o lado brasileiro não ofereceu a infraestrutura necessária para o projeto.
“Ferrovias, terminais portuários... não construíram nada. O mercado também não está lá, então agora interrompemos as conversas e, no momento, não estamos pensando sobre isso”, disse o presidente do grupo Deng Qilin.
O projeto, orçado em R$ 5 bilhões, seria implantado no porto de São João da Barra, no Rio de Janeiro.
Alguns dias antes, Eike havia esnobado a desistência da siderúrgica Argentina Térnium, vista inicialmente por ele como a “âncora” do Porto de Açu, pois o interesse de produtores de petróleo na área era mais lucrativo.
“Dane-se a siderúrgica. Meu shopping mudou. Tenho agora uma clientela que me paga três vezes mais pelo metro quadrado. Só esse pessoal já paga R$ 100 milhões de aluguel, antes de o porto funcionar. Ficou um negócio mais nobre e isso ninguém fala”, disse Eike.
http://www.horadopovo.com.br/

Nenhum comentário: