segunda-feira, 9 de julho de 2012

Professor Lauro Vereador 12.123

 A realidade do abandono

Nos últimos dez anos, em todos os lugares, escolas, igrejas, bares, mercados, só se fala em histórias de corrupção, de enriquecimento ilícito, de desrespeito ao dinheiro do contribuinte. A arrecadação municipal mais que dobrou, mas os serviços públicos pioraram bastante. Faz-se muita festa, mas falta atendimento médico nos postos de saúde. Fala-se em projetos mirabolantes para o futuro, mas proliferam construções de casas em áreas de risco. Apesar de a paisagem continuar a mesma, a degradação nos envolve cada vez mais.
Fico indignado que ninguém faça nada, enquanto os nossos rios estão virando valões sujos e fedorentos. No mar, eles nem pensam nos graves riscos que toda essa nossa beleza natural corre, se um desses navios transitando na baía derramar óleo em nossas águas.
Fico apreensivo com o futuro do nosso turismo, cada vez mais invadido por pessoas que pensam que aqui é “terra sem lei” e que podem fazer de tudo, do xixi na rua aos tiros em praça pública, sem esquecer os carros de som “de mala aberta” azucrinando os moradores.
Não posso concordar com o descaso com que têm sido tratadas nossas festas tradicionais que, a cada ano, visivelmente deixam de ser espaços familiares para se tornarem ambiente de drogas, brigas, tiroteios e assassinatos.
Meu propósito, e minha principal promessa é a vontade de trabalhar, fiscalizar com seriedade, buscar novas formas para que nosso município evolua. Precisamos cobrar contrapartidas reais das empresas que estão se instalando no porto de Itaguaí e que nem se importam com os impactos ambientais na nossa baía, nem com a sobrecarga dos serviços públicos decorrentes da vinda de seus empregados para morar aqui.
Acredito que não é admissível estarmos a cem quilômetros da segunda maior cidade do país e ainda vivermos como uma cidadezinha do interior, dominada por grupos políticos, paralisada pelo monopólio de uma única empresa de transporte público, com dificuldades no abastecimento de água, telefonia e de energia elétrica, sem nenhum horizonte para os nossos jovens, além de ir “estudar fora” e sem nenhuma perspectiva de evolução, para comerciantes e empresários que não esteja vinculada à temporada de verão.
A verdade é que vivemos em um município picotado em distritos que mal se comunicam e mais parecem ilhas isoladas, sem agências bancárias, nem lotéricas, com problemas na recepção de televisão e fraquíssima internet, sem meios de transporte depois das dez da noite.
A decadência e o descaso não aconteceram só em Itacuruçá. Em Muriqui, os moradores ficam presos em casa, nos dias em que a cidade enche de turistas. Na Praia Grande, demoliram a sede da Associação de Moradores sem quê nem porquê. Na região do Apara, cobras estão descendo da mata e entrando nas residências. Na sede do município, no primeiro distrito, faltou água inúmeras vezes: no Santo Antônio, no Morro do Cristo, na Rua da Palha, em Nova Mangaratiba. Em Conceição, o riacho que desce da cachoeira que é lixo puro. As orlas de Itacuruçá, de Muriqui e da Praia do Saco ficaram às escuras vários meses. Para coroar, tivemos neste ano o maior problema de saúde e saneamento, que foi o surto de hepatite.
E que dizer do transporte público? Pra ir daqui a Itaguaí, paga-se mais caro do que pra ir de Santa Cruz a Madureira. Pra ir a qualquer lugar dentro do município é mais caro ainda. De Itacuruçá a Muriqui a passagem custa R$ 3,60. Sem esquecer que os ônibus são velhos, mal cuidados, inseguros.
Os problemas não terminam aí. O turista que atualmente mais nos procura quase não gasta. Traz de casa comida e bebida e vai embora no fim do dia deixando a cidade cheia de lixo. Isso sem falar naquela absurda invasão de praia do início do ano, ou na outra invasão, a do carnaval, que nos tornou prisioneiros em nossas próprias casas.
E na saúde? No ano passado, quem procurou um posto de saúde para fazer um simples curativo teve de levar de casa seu esparadrapo e gaze, porque no PS não tinha. E não era só nos postos. Os diabéticos, que dependem de insulina, precisaram sair de suas casas, fosse lá de Jaguanum ou da Serra do Piloto, para ir buscar o medicamento em Ibicuí, pagando duas passagens de ida e volta. Isso, para os mais pobres, significa deixar de comprar dois quilos de feijão.
Na questão da educação, implantaram um novo Plano de Cargos e Salários para os servidores municipais, mas os professores ficaram de fora. Falaram em “inclusão digital”, com acesso à internet para que os estudantes pudessem acompanhar o tempo das novas tecnologias, mas os teleinfos continuam fechados. O transporte dos alunos está entregue a uma empresa que nem cuida de seus veículos. Em resumo, vivemos tempos de decadência em todos os setores é por tudo isso, e muito mais, que MANGARATIBA PRECISA MUDAR.
Ao colocar meu nome à disposição dos eleitores, quero trazer minha experiência de vida e no serviço público para ajudar a promover o nosso desenvolvimento. Ao mesmo tempo, desejo dar minha contribuição à moralização da administração pública municipal. Tenho certeza que as coisas podem ser diferentes, só é preciso acreditar.
http://proflauro.yolasite.com/a-realidade-do-município.php

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