Os gastos com juros nos últimos 12 meses terminados em maio somaram R$ 230,821 bilhões (5,41% do PIB), dos quais R$ 94,908 bilhões (5,36% do PIB) nos cinco primeiros meses deste ano, segundo os números do Banco Central divulgados na sexta-feira, 29 de junho.
Todo esse desperdício de dinheiro público ocorreu mesmo com a redução da taxa Selic a partir de agosto do ano passado – um pouco abaixo do resultado de todo o ano 2011, de R$ 236 bilhões -, o que mostra o absurdo da política monetária. Basta ver que os investimentos em Saúde (R$ 77 bilhões) e Educação (R$ 63 bilhões) em 2011, ficaram bem aquém da dinheirama destinada aos gastos com juros.
No acumulado de 12 meses, o superávit primário – desvio de recursos orçamentários para o pagamento de juros – atingiu R$ 126,8 bilhões (2,97% do PIB), gerando, portanto, um déficit nominal de R$ 104,066 bilhões. Já no acumulado de janeiro a maio de 2012 o superávit primário alcançou R$ 62,865 bilhões, resultando em um déficit nominal de R$ 32 bilhões, que será incorporado à divida pública.
Segundo o BC, a dívida mobiliária federal, títulos em poder do público, totalizou R$ 1,833 trilhão (43% do PIB) em maio.
A porcentagem dos títulos indexados a câmbio alcançou 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic atingiu 21,2%; a dos títulos prefixados somou 31,6%; e a dos títulos vinculados a índices de preços, 26,7%.
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